Semanas depois
- Aí meu Deus, eu vou ser tia!- Carla diz pegando o teste da minha mão.
Me sentei na cama e pondo a mão nos olhos comecei a chorar desesperada. Se a Simone não queria me ver nem pintada de ouro, imagina quando souber que eu tô grávida de outro!
Foi um deslize eu juro, em uma noite a gente bebeu de mais, ele pediu para transar e como eu vivia negando acabei sedendo e pelo visto a gente fez sem camisinha, só que eu não lembrava disso!
- Ixi amiga e a Tebet?
- Esquece essa mulher Pedro - Carla pede - Ela foi uma estúpida quando tudo oque a Sn queria era proteje-la, agora que ela superou você não tem que lembrar dela!
- Que superou oque, criança! Ela tá chorando, não tá vendo que a gravidez não foi desejada!
- Ele tá falando a verdade, S/a?
Só chorei ainda mais e ela me abraçou forte.
- Abortar é ilegal, mas a gente pode dar um jeitinho...- Pedro tenta.
- Que abortar, Pedro!- Carla olha pra ele chocada - Você quer abortar amiga?
- Na-não...- digo tentando controlar o choro.
- Pelo menos o Luiz sabe que é tudo fachada, a Simone também sabe então talvez ela entenda...
- Ela não vai entender, Pedro! Ela me odeia, e agora, vai me odiar ainda mais, eu não sei por quê diabos eu fui abrir as pernas pra ele!
- Mais já abriu né, amiga, agora levanta daí e vai tomar um banho agora.
Me levanto com dificuldade e vou pro banheiro.
Durante o banho me permito chorar tudo oque eu tinha que chorar. Eu era presidente de um país, tinha alguém crescendo dentro de mim, o amor da minha vida me odeia e o cara com quem eu "namoro" não sabe que é pai! Ótimo!
Saio do banho e me enrolo em uma toalha de algodão branca.No closet visto uma roupa confortável e penteio meus cabelos, passo uma loção e volto pro quarto.
***
- Eu nem sei como te dizer isso...- riu fraco.
Eu tinha chamado o Luís aqui em casa e disse que a gente tinha que conversar. Agora ele tá sentado do meu lado do sofá apreensivo.
- Eu... Tô grávida...- o silêncio se instalou e não dava para saber oque ele sentia porque sua expressão era neutra. Logo um sorriso nasce no rosto dele e um peso sai das minhas costas.
- E-eu vou ser pai?- afirmo que sim - Ai meu Deus! E-eu posso pôr a mão na sua barriga?
- Claro, pode sim...
Ele põe a mão sobre meu ventre com os olhos cheios de lágrimas, permito-me me emocionar também.
- Olha...- ele começa - Eu sei que você não quer que esse relacionamento vá adiante, mas saiba que eu vou ser o melhor pai que essa criança pode ter, eu te prometo, mesmo que a gente não esteja junto, mesmo assim eu vou ser presente.
Ele me abraça e eu retribuo. Ele seria um ótimo pai.
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Candidate - Simone Tebet & S/N S/S
FanfictionEm um debate elas percebem que a rivalidade não deveria existir.