Capítulo 32

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MARTIM HÉRNANDEZ

— Não, não vou fazer isso.

— É necessário! Aproxime-se dela, precisamos ficar atentos aos Martínez – os olhos de Iago diz que não tenho mais o que dizer. Sua expressão é dura e decisiva, penso que nem sua esposa poderia contesta-lo nesse momento.

— Já que não há outra opção. – deixo meu corpo cair mais no sofá, do escritório dele  – Sabe que ela irá querer um anuncio público, não sabe?

— Que faça o maldito anúncio. Até o fim desse mês, eu quero você próximo à eles. – Iago foca seu olhar em Asier, que brinca com Isabel e as babás no jardim. – Preciso garantir que meus filhos cresçam em segurança, e os seus também, Martim.

— Meus filhos? – não consigo evitar uma careta – Você deveria pensar em Adrian, ele sim acabou de se casar.

— Não pense que irá fugir do matrimônio pra sempre. Pode até não se casar com a Martínez, mas um dia terá que aliar-se alguém e ter herdeiros. – a sua atenção volta ao filho – Asier precisa de aliados, e você sabe disso.

— Adrian se casou por isso, não é? Logo virá um herdeiro, e poderá ser o subchefe de Asier. – abro um sorriso malicioso – E se ele for esperto, consegue fazer mais alguns pra reserva.

Mierda! – ele acaba rindo, colocando as mãos no rosto e abafando o sorriso – Vá, preciso fazer uma ligação.

— Sei bem, que tipo de ligação

— Você não ia para a Noruega, visitar Isaac? – pergunta, quando já estou indo até a porta

— Ele está aproveitando a esposa. Sara está alguns dias na casa da tia Emilie, o safado colocou o pau pra torar. – ouvindo a gargalhada de Iago, saio do escritório fechando a porta em seguida.

Esse negócio de máfia é complicado. As vezes você tem que sacrificar-se para que tudo saia nos conformes, e na maioria das vezes, isso acontece em casamento. Mas espero que Iago entenda que só estou me aproximando da Martínez porque desejo acabar com a raça do irmão dela. Jamais me casaria com aquela mulher. O ego dela é muito grande, isso seria um grande problema pra mim.

Acabo colidindo com um pequeno corpo, quando ia virar o corredor para chegar na aérea da piscina. Sem pensar, trago o corpo da pessoa ao meu e sinto algo me umedecer. Quando não há mais risco de queta, solto a pessoa dando de cara com Tasha que me olha surpresa e vergonhosa. As grande bochechas dela estão rosadas e isso me deixa intrigado e com vontade de descubri o porquê disso.

— Senhor..– ela desvia o olhar, e encara o chão nervosa – Me desculpe eu..eu estava distraída.

— Anda muito distraída por aí, Tasha?

Sem desejar, meu olhar cai em seu corpo e quase tenho um ataque. Seu corpo abraça o maiô, que deixa suas cinturas e pernas amostra. Sua cintura é bem larga e isso parece um problema ao maiô. Suas pernas são bem torneadas, e me sentiria sortudo de entrar ali. Quando meu olhar começa a subir, vejo que os peitos dela lutam para ser libertos e isso me deixa com água na boca. Pura tortura.

— Senhor.. – ouço a me chamar e ergo meu olhar, a encontrando mordendo o lábio.

— O que disse? – pergunto, sem desviar meu olhar dos seus lábios.

— Se o senhor precisa de alguma coisa. – da dois passos para trás e isso me faz olhá-la curioso, será que ela está com medo.

— Sim, eu preciso. – dou um passo na sua direção e ela ergue uma sobrancelha, esperando que eu diga.

Não tenho palavras. Rodeo meu braço em sua cintura, fazendo seu pequeno corpo colidir com o meu. Seu olhar parece surpreso, mas posso ver que ela não irá se afastar e eu agradeço por isso. Com a outra mão, retiro o fio negro de cabelo que estava em seu rosto, colocando atrás da orelha. Seus olhos negros não desviam do meu por nenhum segundo.

Sem aguentar mais essa tortura, colo nossos lábios em um beijo casto e logo roço os mesmos. De leve, dou uma chupada em seu lábio inferior, quando ela me dá passagem aprofundo o beijo. É nítido sua inexperiência, e isso me deixa ainda mais louco por ela. Suas mãos pequenas e trêmulas adentram no meu terno e sobem até minhas costas e vem pela frente.

Quando ela ia descer a mão para o meu pau, que já se encontrava mais que duro, ouvimos passos de saltos vindo em nossa direção. Tasha se afasta ofegante e vermelha pela nossa ceninha. No instante seguinte Giordana entra no corredor e me olha avaliativa, e quando retorno meu olhar para frente não encontro Tasha.

— Martim, o que faz aqui sozinho?

— Eu.. – olho para os lados tentando achá-la, mas a menina sumiu. – Estava observando a bela escolha de papel de parede, pequena cobra.

— Você não me engana.

— Desconfiando de mim? – me aproximo dela, rodeando meus braços em seu pescoço – Sabe que você é a mulher da minha vida, não sabe?

— Corta essa

Linda Tentação - Os Hérnandez 01Onde histórias criam vida. Descubra agora