Capítulo 21

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ADRIAN HÉRNANDEZ

— Ele está lá dentro.

— Não podemos simplesmente colocar fogo lá dentro? – Martim resmunga.

— Não?! – rolo com tédio pra ele. Jane e Mathias estão com as pistolas apontadas para a porta de madeira. Martim está com a bomba em mãos.

— Bom. Então vamos lá. – ele resmunga.

Jane sorri ficando ao lado da porta. Martim se abaixa e joga a bomba de ar por baixo da porta. Colocamos as máscaras e ficamos atentos. Não demorou mais de cinco minutos e ela explodiu, contaminando o ar. Os resmungos e xingamentos começaram e nesse momento, Mathias chuta a porta e ela se arrebenta, por ser uma madeira velha. A imaginei do Rafael segurando um pano branco no rosto, me faz sorri.

Os olhos idênticos aos da minha noiva, me encaram fixamente. Começamos a entrar e vimos os homens caídos no chão pelo cheiro tóxico. Com a mão livre, ele aponta a arma para nós.

— Como é bom revê-lo, sogro. – sorrio, indo em sua direção e tendo sua total atenção.

— Por acaso cansou de defender minha filha, Hérnandez? – falou de uma forma abafada, por conta do pano.

— Oh! Não. A minha linda novia, está segura e me esperando voltar pra casa. – sorrio – Não precisa de preocupar, quando você morrer eu cuidarei bem dela.

— Você é ingênuo, moleque. – esbranja. – Acha mesmo que esse casamento acontecerá? Se você me matar, os mexicanos consideraram Nádia como uma traidora.

— Do que está falando?

— Isso mesmo, o meu contrato com ele envolve minha linda filha. Quando eu aceitei ser informantes dos Mexicanos, prometi minha filha à casamento ao líder deles. – gargalha – E sabe o que ele quer? Ter a novia dele em seus braços, para fazê-la sua mulher.

— Cala sua maldita boca – aponto minha snipper em sua cabeça, fazendo ele cambalear para atrás – Não importa o que diga, eu te matarei e depois acabarei com o território mexicano.

— Não temos muito tempo – Jane me alerta.

Quando me viro para olhá-la, sinto pressão no meu ombro. Rafael voltou a atirar mais algumas vezes, mas o idiota é tão burro que a bala pegou de raspão. Consegui me concentrar e vi seu corpo caído no chão. Possesso pelo ódio, marcho até ele deixando minha bengala de lado. Ele está com três tiros no peito, certamente agonizará até a morte.

— Acha mesmo que pode deter, Wos? Você é um inútil, um mero associado dos Espanhóis e um péssimo informantes dos mexicanos. – me aproximo mais – Foi tão fácil entrar aqui, que até considerei que os Mexicanos facilitaram minha chegada pra acabar logo com a sua maldita raça.

— Você.. – pingarreia – Você não sabe de nada.. infeliz!

— Oh! Eu sei sim. – abro um sorriso irônico – Atrevo-me à dizer que não conseguiu nenhuma informação importante para os Mexicanos, não é? Abra os olhos, Wos, olha onde eles te deixaram. Até os meus presidiários são tratados melhor que você.

— Vá para o inferno!

— Wow, eu vou sim. – aponto minha pistola em sua cabeça – Me espere lá, Wos. Tenho certeza que o demônio irá aproveitar muito a sua companhia.

Dito isso, disparo cinco vezes em seu maldito crânio. Sangue, cérebro e olhos voaram para todos os lados. Vê-lo assim, todos perfurado me da uma sensação maravilhosa de alívio. Mas sou surpreendido novamente com um barulho de tiro, mas dessa vez eu acabei caindo por cima do corpo. Meu pé machucado, lateja de dor e de canto posso ver um dos soldados mexicanos com a arma apontada pra mim, antes de Jane disparar vários tiros em sua cabeça.

Desgraçado!

Desgraçado!

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Linda Tentação - Os Hérnandez 01Onde histórias criam vida. Descubra agora