Capítulo 61

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Fernando
Sem revisão

A água do chuveiro caia em minha pele me fazendo desejar  que  levasse junto de si toda a confusão e raiva que estavam entranhado em mim mas, infelizmente isso não aconteceria. Teria que usar tudo o que podia a meu favor só assim conseguiria ter êxito no que almejava, destruir Carlos Diniz o verme que queria colocar as mãos em Luísa. Fechei os olhos e a imagem dela veio nítido a minha mente. Me fazendo lembrar da sua última façanha. Sabia que aquela diabinha iria aprontar algo só não fazia ideia que o Alexandre daria brechas a ela. Não sei o que se passa na cabeça dela nesse momento e talvez ela esteja tão atordoada quanto eu.
Sai do banho e vesti um moletom qualquer no armário me retirando do quarto e só então me toquei que nos últimos meses não havia um só dia que ao chegar em casa ela não estivesse aqui e agora a única coisa que restava era o vazio. E sem ela tudo parecia sem vida. Sorri fraco constatando o que neguei por muito tempo, ela tem o meu coração.
O interfone tocou e eu já sabia quem era e alguns segundos depois Munhoz adentrou o ambiente com um semblante aparentemente cansado.

- Diz pra mim que aqui tem álcool? Perguntou se jogando no sofá.
- Eu que sofro um acidente e é você que está um bagaço.
-Você é seus rolos um dia vão me matar. Passei as últimas horas cobrindo qualquer brecha que pudessem usar para chegar na sua mulher.
- Agradeço por isso. Respondi enqunto se levantava  indo até algumas garrafas de whisky que ficavam em um canto remoto na sala e servindo-se  - Pensa em fazer o que agora ?
- Não posso cruzar os braços e ficar esperando o infeliz tentar pega-la de novo. Pelo que eu li contar com a polícia é um mero erro.
- Ninguém leva inquéritos dele até o fim. O desgraçado tem muita gente comprada.
- Então tem que haver um jeito de faze-lo cair.
- Um ponto fraco talvez? Comentou.
-Talvez.
- Temos que aprofundar mais nas investigações.
- O capanga talvez seja um meio. Disse me lembrando de algumas informação que haviam nos documentos que Munhoz havia me entregue.
-Não consegui identifica-lo ainda mas, estou trabalhando nisso.
- Logo que descobrir me avise.
-Pretende dizer a garota o que está acontecendo? Franzi a testa.
- Isso ficou martelando na minha mente o dia todo. Por agora não. Bon pelo menos até ela se recuperar totalmente.
- Entendo. Vai voltar para o hospital ? Perguntou me encarando.
- Agora mesmo
-Vejo você e o Alex amanhã para darmos sequência na investigação até la trouxe o que me pediu. 
Pegou a maleta que não havia reparado que estava com ele eme entregou. - Vê se toma cuidado. Entreguei a do Alex mais cedo então agora pelo menos não estão despreparados.
Abri a maleta analisando as duas nove milímetros pretas que estavam dentro. Agradeci e me despedir de Munhoz pois, tinha que retornar ao hospital.
Quando me aproximei do quarto de Luísa e olhei para dentro ela dormia tranquilamente enquanto Alex a observava. Já havia o pegado fazendo isso outras vezes o afeto e o carinho de seu olhar para ela era perceptível a qualquer um. Sabia que no fundo Alex não deixava de se perguntar como teria sido se tivesse descoberto antes que ele tinha uma irmã e que era a Luísa e isso o abalava mesmo ele não admitindo. Quando percebeu minha presença depositou um na testa dela e veio em minha direção, dei passagem para que saísse do quarto.
- Ela demorou dormir. Disse a observando. - Os outros saíram daqui a pouco mais de meia hora.
- Felipe me disse. E você como está?
-Ainda atordoado com tudo isso. Não sei nem como falar para ela.
- Não é algo fácil.
- E você pretende contar pra ela o que está acontecendo? Ainda a onservava e vi o quanto parecia estar em paz dormindo.
- Por agora não, depois do que aconteceu hoje talvez seja melhor assim. O psicológico dela ainda está abalado e tenho receio que piore sabendo que ele a achou.
- Me destruiu ve- lá daquela forma.
- Sei como se sente. Disse voltando meu olhar a ele. - Tambem me sinto assim imaginar tudo que ela passou tem me destruido aos poucos mas, agora garantiremos o bem estar dela.
- Com todo certeza. Vou pra casa amanhã temos um longo dia. Fica bem e vê se cuida também sua csrs esta destruída. Sorri.
- Deveria se olhar no espelho.
- Eu sou lindo até exauto querido. Agora me deixe ir pois, tem uma ruiva me esperando em casa. Disse dando um tapinha em minhas costas.
- Vê se descansa e se cuida.
Assim que ele sumiu no corredor voltei minha atenção a Luísa que agora se movimentava na cama se forma agitada. Entrei no quarto né sentei ao seu lado e peguei sua mão de uma forma que ela não se assusta se aos poucos seus movimentos se tornaram mais calmas e um lindo par de olhos azuis forma abertos me fitando.
- Oi linda! Disse baixo e ela apertou minha mão sorrindo de forma singela.
- Oi! Achei que só te viria de manhã. Respondeu com a voz manhosa.
- Prefiro estar aqui.
- E eu preferia estar em casa, hospitais me dão calafrios.
- Logo logo vai receber alta daqui mas, até lá tente não fugir senhorita. Me encarando sorriu amarelo. - Eu entendo seus motivos Luísa só que há motivos maiores pra você ficar.
- Eu sei! Respondeu desviando o olhar para o teto. Senti sua mão acarinhar a minha e permanecemos assim por alguns minutos. Não conseguia desviar o olhar dela que parecia distante e pensativa.
- Fernando? Quebrou o silêncio. - posso te pedir algo? Seus olhos agora estamos presos a mim.
- Tudo que quiser.
- Deita aqui comigo? Suas bochechas agora tinham um tom rosado evidenciando sua timidez.
- Não quero te machucar. Respondi lembrando de suas cirurgias.
- Aqui tem espaço de sobra e eu estou bem não sinto mais dores e não vai me machucar.
- Tudo que quiser meu anjo. Tirei os sapatos e me deitei do seu lado. Ela se virou estiquei o braço e ficamos en uma espécie de conchinha. Passei meu braço livre sobre ela tomando cuidado e ouvi sua resposta.
- Eu não sou de porcelana sabia ?!
- Muito engraçado espertinha, mas, passou por uma cirurgia a poucas horas.
-Eu sei. Disse passando seu braço sobre o meu e entrelaçando nossos dedos e puxando minha mão ate a altura de seus seios. - Satisfeito agora, sua mão está em um ponto seguro de se tocar. Dessa vez não contive a risada.
- Você literalmente acabou de colocar minha mão no seu seio, acha mesmo que é um ponto seguro. Comentei sugestivo e vi ela guiar rapidamente minha mão para um pouco mais abaixo me fazendo ri ainda mais.
- Você é ridículo. Disse risonha.
- Me sinto ofendido. Ironizei. Ela se mexeu virando-se de barriga para cima, continuei na mesma posição e minha mão agora estava em sua barriga abaixo um pouco de onde estava seus curativos.
- Alex me disse que o carro que nos seguia eram assaltantes.
Lembrei que essa era a mesma história que Munhoz havia dito a polícia.
- Infelizmente é bem comum nessa região. Respondi o que não era bem uma mentira.
-Entendi, demos sorte entre aspas.
-Em partes digamos que sim.
- Me disseram que eu cheguei aqui sem sinais vitais. Suspirei me recordando.
-Quase me enlouqueceu. Disse a fitando e seus olhos que antes estavam no teto voltaram-se para os meus.
- Não me lembro de nada contudo, seus olhos no meio do caus é tudo que recordo. Sua mão livre foi até meu rosto e senti seus dedos em minha barba que estava por fazer. Sua boca se tornou convidativa e me aproximei a tomando em um beijo sem pressa. Nos separamos por falta de ar e depositei um beijo casto em seus lábios.
- Estou me tornado viciado em você.
Disse baixo olhando em seus olhos e a vi morder os lábios. Ela era o meu fim!
- Você que me viciou. Sorriu e notei como suas bochechas tinha um tom rosado assim como seu busto aproveitei e passei levemente a ponto dos dedos por sua parte descorta.
- Adoro como seu corpo me conta como eu te afeto. Disse assim que finalizei o gesto Colocando minha mão no lugar que estava anteriormente. Vi seu sorriso timido surgir outra vez e ela se ajeitou escondendo sua cabeça na curva do meu pescoço.
- Gosto quando está por perto.  Senti seus labios encostarem em meu pescoço causando uma reação em todo meu corpo.
- Cuidado onde beija linda, não sou de ferro principalmente quando se trata de você. Ouvi uma risada baixa. - Diabinha!
- Foi mal grandão.
- Vai descansar antes que me faça perder o juízo.
- Você que está precisando de descanso, achei que tínhamos combinado que ia para casa  dormir. Acariciava seu braço enquanto mantinha os olhos fechados.
- Eu até fiz isso por um tempo mas então alguém tentou fugir e me fez ficar em alerta. Ela ficou em silêncio por um tempo.
- Não quis fugir de você só achei que assim eu os protegeria.
- Tem que confiar quando digo que farei de tudo pra te manter segura anjo.
- Eu sei, o problema é que isso coloca vocês em perigo e eu não suportaria perdê-los.Não sabe do que ele é capaz! Disse baixinho mas ainda audível.
- Então me conta linda, deixa eu te ajudar. Ouvi um suspiro.
- Não é algo que eu possa contar aqui quando voltar pra casa prometo dizer tudo.
- Tudo bem! Agora esqueça isso por hora sei que esse assunto te deixa mal.
- Acha que um dia vou conseguir viver sem ter medo ?
- Você é a mulher mais corajosa que eu conheço e tenho certeza da sua capacidade de se reconstruir e não deixar que isso te afete. Não vai ser fácil mas, estou aqui por você.
- Eu deveria ter batido antes na sua cabeça. Não contive o riso.

Adormecemos assim, entre carícias e  confissões de afeto.
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Depois de chorar de desespero por não conseguir publicar nada sem dar problema ou erro no wattpad finalmente mais um capítulo.
Se nada der errado ainda hoje tem mais.

Bjs da Ray

Traços do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora