Capítulo 8

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A pequena Eleonor estava ali na minha frente. Ver ela nessa situação doeu dentro de mim, ela disfarça dando um sorriso tímido.

 – Tá tudo bem. – Sua voz sai fraca.

 – Não está tudo bem. Filho quero processar essa mulher agora! Úrsula, liga pra o advogado. – Minha mãe estava vermelha de raiva, só não entendo de ficar assim só por conta de umas flores.

 – Úrsula fica aí, cala a porra da boca mãe.  –  Falo olhando para Eleonor, eu não consigo desviar meu olhar, só quero abraçar ela.

A pequena a minha frente fecha os olhos, respira fundo e levanta a cabeça empinando aquele lindo nariz afiladinho.

 – Me desculpe o transtorno Senhora Cecília, mas seu marido me pediu para que fossem essas as flores de hoje, se quer resolver algo será com ele e não comigo.

Tinha que ser o maldito do meu pai, eu tô enfurecido demais, minha mãe pisou na bola humilhando sem necessidade alguma e tudo por culpa do meu pai.

 – Onde está o papai? – Minha mãe permanece ali calada. Desvio meu olhar pra minha mãe e a encaro. – ONDE ESTÁ A PORRA DO MEU PAI?

Talvez eu tenha pegado pesado, mas me sinto na obrigação de resolver isso de proteger Eleonor.

 – No escritório. – Úrsula fala.

 – Ursa fica aqui com a Eleonor e não deixa minha mãe falar nada com ela. – Beijo a testa de Eleonor. –  Eu venho já, fica calma, tá?

Eu sei que sou um filho da puta impulsivo, mas não sei controlar apenas reagir. Saiu disparado atrás do meu pai.

Não bato na porta, apenas entro e lá está Anna conversando obviamente sobre negócios com meu pai.

 – A mamãe tá lá nos fundos, gritando, brigando e humilhando a moça por conta de você.

 –  O que eu fiz agora? – Fala debochando.

- O que fez? pediu merda de Orquídea e estava a maior confusão por culpa tua.

- Você já resolveu então está tudo bem.

- Não, levanta e vai pedir desculpa a Eleonor.

- Eleonor? - Ele se levanta enfurecido e vai até os fundos, e o sigo.

- Está tudo bem? - Meu pai entra e fala indo em direção a Eleonor e tocando em seu braço.

- Não precisa se preocupar, Otávio já resolveu. - Ela fala calma com aquele sorriso lindo no rosto.

Perai, como assim ele se importa com Eleonor? Eles se conhecem. Essa história está mal contada.

- Tira as mãos dela. - Todos se viram e olham pra mim assustados com minha atitude.

- Eu conheço ela e nunca a machucaria.

- Eu não sei se posso confiar em você. - O encaro indo até ela e afastando meu pai. - Vamos eu te deixo em casa.

- Vocês se conhecem? - Ursa pergunta.

- Somos amigos. - Eleonor fala e eu sorri com aquilo.

- Eu te deixo em casa. - Pego em sua mão e saímos daquele lugar.

Passo por todos na festa que nos olham espantados por estarmos juntos e pra falar a verdade estou gostando disso.
Vejo Anna comentando algo com a moça ao seu lado e tenho certeza que não são coisas boas.

- Que vergonha.

Saímos de dentro da mansão e vou até meu carro.

- Não precisa disso . Eu que estou com vergonha do que minha mãe fez. - Declaro, porque o que minha mãe fez foi coisa de criança mimadinha.

Entramos no carro e fomos embora.

- Tá tudo bem, se fosse minha festa e trocassem as flores também ficaria puta.

- Não imagino você gritando coisas feias daquela forma pra alguém.

- É, de fato não faria isso.

Rimos.

- De onde você conhece meu pai?

- Ele sempre que pode vai lá na floricultura, ler e descansar um pouco.

- Entendi.

- Ele é um bom homem. - Ela fala com a voz aliviada e dar um sorriso.

- Acho que não estamos falando da mesma pessoa.

- Não fazia idéia de que você fosse o Otávio de quem ele tanto fala.

- O que ele tanto fala de mim?

- Coisas boas. - Fala tímida.

- Impossível meu pai me odeia.

- Não, ele não te odeia.

- Se o que ele fez comigo significa amor, não sei descrever o que é ódio então.

- Nem sempre o que as pessoas fazem no passado remete elas agora. Talvez, o ódio ainda permanece em você e não nele.

- Eu não sinto ódio.

- Ah, não? Você percebeu a forma como falou com sua mãe ou tratou seu pai?

Permaneço calado, eu não tenho o que falar ou o que responder, apenas pensar.

QUASE CASANDO (DOIDO PARA CASAR 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora