capítulo 12

8 0 0
                                    

- Não fala isso nem brincando, se você não tivesse feito aquilo, seria você no lugar dele.

- Eu sei. Se põe no lugar da mãe dele por um momento. Agora eu entendo que deve doer nela mas isso não justifica o que ela fez e isso já é passado.

- Espero que ela mantenha distância de você.

- Eu também espero isso mãe. Agora eu vou subir pra tomar um banho e venho pra gente ir se organizando para o natal e jantarmos.

A noite com a nossa família foi bastante agradável e com muitas novidades. Desde que eu abri a loja, quando tem alguma data comemorativa, faço questão de preparar algo, nem que seja uma coisinha simples, mas faço e no natal não poderia ser diferente.

Iremos decorar a loja com enfeites natalinos e deixar bem aconchegantes com alguns puffs e sofás, teremos 5 cafeteiras, doces e salgados até o natal.
E no dia 24 iremos abrir e fecharemos apenas dia 25, teremos uma pequena festinha para comemorar a véspera.

Fui dormir animada com coisas novas e criativas para preparar.

Sabe quando você dorme tão bem que sente todas as energias recarregadas para o outro dia? pois bem, foi eu essa noite. Fazia um tempinho que não dormia tão bem assim e sem precisar de remédios.

Ontem mesmo depois de ver alguém do passado e que me assombra, não deixei aquilo refletir na minha vida agora no presente e tentei ignorar e deu certo, me senti tão bem que não vi a necessidade de tomar medicamento para dormir, mas sei que preciso seguir o tratamento à risca.

Fiz minha rotina de toda manhã, tomar os medicamentos, banho, arrumar a cama, descer para tomar café da manhã, depois mais medicamentos e ir trabalhar.
Abro a loja, tiro a poeira, limpo o chão, organizo os livros, coloco algumas plantas no sol e outras rego, com tudo em ordem me sento na cadeira do balcão e começo a ler meu livro.

- Oi gatinha, bom diaaaa! não vai mais para a aula de natação? - Nic chega toda animada.

- Eu tô ocupada com a loja e não se esqueça que é dezembro e temos um natal quase próximo, quero uma coisa bem feita.

- Tá bem, chefe. - Fala batendo continência.

- Palhaça. - Dei língua pra ela que devolve. Passei na casa dos tios e me contaram a novidade da mãe do falecido. - Reviro os olhos.

- Sério mesmo, só falei aquilo pra alertar que aquela mulher está por aí. Mas, não quero que fiquem tocando nesse assunto. Não me machuca, mas me faz relembrar de cada coisinha que acontecia.

- Desculpa, não vou mais tocar no assunto.

- Eu estou pensando em fazer panfletos reutilizáveis, que possam plantar, cada panfleto com sementes diferentes.

- Eu tenho tanto orgulho de você e da sua genialidade.

- Verdade, não tem como negar. De fato sou incrível. Que tal você ficar responsável pelos doces e salgados?

- Pode deixar comigo, os melhores doces e salgados serão feitos pela Deusa aqui.

- Obrigada, sou grata por ter as melhores pessoas comigo.

Nic nunca me abandonou, é a irmã que nunca tive e que é muito boa na cozinha, então vou aproveitar os dotes culinários dela. Por mais doida que minha amiga pareça, ela é a melhor professora de física que existe. Todas as manhãs Nic vem me ver aqui na loja, toda manhã e mesmo horário, já virou rotina.

- Vou trabalhar e depois natação.

- Tenho que trabalhar também e não estou enlouquecendo com adolescentes cheio de testosterona, essa é a melhor parte.

- No início eu odiava isso, mas agora. - Ela para de falar e sorri. - continuo odiando só que com um intuito, preparando para eles serem, futuros médicos, empresários, advogados, professores, isso me anima.

- Tenho orgulho de você, tia Nic.

- Eu amo você, pote de mel. Agora tenho que ir, qualquer coisa ligue.

QUASE CASANDO (DOIDO PARA CASAR 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora