QUASE CASANDO (DOIDO PARA CASAR 1)

capitulo 16

As horas parecem não passar, me sinto um adolescente pela primeira vez conhecendo os pais da namorada. Por mais que seja um jantar amigável, preciso estar apresentável para todos me receberem, não quero deixar uma má impressão. Comprei algumas coisas para cada um, na verdade minha secretária, mas a intenção foi minha e a escolha de cada presente também, quero que se lembrem de mim quando for embora do jantar, o meu foco agora não é os preparativos do aniversário da Úrsula, e sim conquistar Ona e os pais.

Essa se tornou a minha obsessão e missão de vida.

Como fazer isso? Não faço ideia. Uma coisa é impressionar investidores ou algumas mulheres para transar uma única vez e nada mais. Mas conquistar uma mulher e os pais dela é um nível superior e muito alto que eu ainda não passei e me pego surpreso em pensar onde estou entrando por uma mulher que não conheço direito.

Segundo platão:

" TODO HOMEM É POETA QUANDO ESTÁ APAIXONADO"

E hoje estou eu tentando uma forma de agradar ela e as pessoas que ama, pensando em embrulho, e qual cor faz sentido para cada uma delas e o tipo de laço que seria mais bonito. Isso é de uma certa estranheza vindo de mim, mas de uma boa maneira e que me dá tranquilidade e ansiedade para ver o rosto de felicidade por receber um presente que tenho certeza que irá amar.

Meu dia foi corrido, reuniões na maior parte do tempo ou avaliando possíveis investidores para um projeto novo que estou querendo levar a frente, preciso tirar do papel as ideias que tive durante meu processo para presidência.

Parando para analisar é um ano sem sexo ou qualquer tipo de situção libidinosa, Deus deve estar orgulhoso de mim. A presidência me tirou um dos melhores prazeres da vida mas consegui focar no que precisava, às vezes me pego pensando se toda essa coisa de disputar e ganhar não ser somente no fundo para agradar meu pai, para que sinta orgulho de mim, do filho dele.

Não quero ir para o jantar muito formal mas não quero ir desengonçado ou desleixado, ser apresentável e causar boa impressão é o que desejo. Pareço um idiota preocupado em passar boa impressão e me vestir bem. O que está acontecendo comigo?

Vesti uma calça jeans de lavagem clara e uma polo preta, isso que dá ter irmã mais nova, Úrsula fica me enchendo com essas bobagens de roupa e estilo. Vou no básico e confiar na beleza. Faço todo trajeto até a casa da Ona tenso, só preciso ser eu mesmo e tudo vai dar certo. Estaciono na frente, pego as sacolas com os presentes e toco a campainha, arrumo minha postura e alguns segundos depois a porta se abre e aquele sorriso me traz tranquilidade, se eu estava inseguro por qualquer motivo, agora já não estou mais.

Só queria tomar a boca dela nesse momento e não soltar mais, mas contenho meus pensamentos para que o meu amiguinho não se alegre demais e comece a chamar atenção. Ona me enfeitiça apenas com um belo sorriso e a porra do pefume de chocolate que tem um toque de café, confesso que não sou fã de café, mas o cheiro que exala nela me enfeitiça, impregnou e a única coisa que penso é quando que esse cheiro vai estar nos lençois e travesseiros da minha cama, espero que logo, porque estou viciado no perfume dessa mulher.

Eleonora

Quem estou querendo enganar? A única coisa que consigo pensar é nesse jantar e de como desejo ter o Otávio por perto. Apresentar ele para meus pais mesmo que seja apenas como amigo, a companhia dele é incrível e sinto que posso confiar ou relaxar porque me sinto segura quando está por perto. A maior loucura é que a muito tempo não sinto todas essas coisas, o calor, vontade, segurança e o principal ficar excitada só de ouvir a voz ou sentir o cheiro do perfume dele. Como esse homem pode ser tão gostoso de qualquer jeito? Esse sorrisinho safado me deixa molhada e o pior é que ele nem imagina o quanto mexe comigo, em todos os sentidos.

- Você veio, fico feliz por isso. - O abraço de maneira rápida, não quero que ele sinta e escute meu coração que parece uma escola de bateria de samba.

- É só você me chamar que estarei aqui. - Sorri de maneira maliciosa.

Paraliso sem saber responder e Otávio percebe. INFERNO. Estou parecendo aquelas virgens timidas loucas para transar.

- Pode entrar e fique a vontade. Eu só preciso que você faça uma coisa. - Ele me olha e logo consigo ver todos os pensamentos impuros passando naquela cabeça. - Não é isso. - Fecho a porta.

- O que você quer dizer com "não é isso"? - Ele se aproxima de mim. Mãe eu preciso de ajuda aqui estou encurralada e na verdade estou adorando isso.

- Aqui em casa tem a regra de tirar os sapatos para não trazer coisas ruins e impurezas da rua para dentro. - Sorri de maneira leve e sinto que ficou desapontado, não pelo fato de ter que tirar os sapatos e sim porque não respondi a pergunta.

Não sei se ele está querendo ou estou vendo coisa onde não existe. Dá nisso ficar tanto tempo solteira e se fechar para todos que chegam perto. Não serei atrevida em perguntar ou ficar dando mole para ele.