capítulo 13

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Concordei balançando a cabeça e sorri para ela. Passei a tarde toda aqui na loja, não fecho para almoço porque faço isso aqui mesmo.

E então chega cliente na loja, e por essa pessoa eu não estava esperando.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto assustada.

- Eu preciso da sua ajuda numa coisa. - Ele fala receoso, nem parece aquele mesmo homem posturado que sempre vi.

- Se estiver ao meu alcance te ajuda, até porque estou te devendo uma.

- Que isso, Eleonor. Você não me deve nada. Então, essa semana é o aniversário da minha irmã e a sua loja tem a combinação que ela gosta. Flores, lugar arejado bem iluminado pelo sol, calmo, livros, aconchegante e eu queria saber se você pode ceder o lugar para fazermos a festa dela aqui.

- Por mim tudo bem, só que tem um porém. - E antes que eu fale algo, Otávio me atropela.

- Verdade, esses detalhes de pagamento do espaço minha secretária vai entrar em contato com você.

Eu me senti insultada pela frase dele. Por que eu deveria resolver essa coisa de dinheiro com a secretária e não com ele? e por que ele acha que eu vou cobrar uma coisa dessa? 

Sempre vou ficar com essa impressão de que tenho que ajudar, porque quando foi na minha vez ele esteve comigo e não exitou de ir embora e sou grata pelo o que fez. Nem todo mundo agiria daquela forma e pra falar a verdade poucos se importam com o outro, apenas com aquilo que lhe convém ou se vai ganhar algo em troca, Otávio fez sem pestanejar.

- Olha calma, você já fez algo por mim e que tem uma tamanha importância e seria muito injusto da minha parte querer te cobrar algo, principalmente o aniversário de alguém, é celebração da vida e isso dinheiro nenhum compra.

- Desculpa. - Ele faz uma pausa e se dá conta da burrice que cometeu. - É que tudo na minha vida se resume a dinheiro. E não estou falando de uma maneira arrogante, é que as pessoas ao meu redor só pensam em sugar o que é meu, então eu falei como sempre falo.

- Tá tudo bem. Eu só ia te falar que não iria limpar o local depois da comemoração e que não pode ser muita gente e ter cuidado com os livros para não molhar, derrubar.. enfim, essas coisas apenas.

- Vai ser só a família, algo bem simples. - Comenta se sentando na cadeira que é de frente para o balcão.

- Tem algo em mente para a decoração?

- Na verdade não, estava pensando se você poderia me ajudar nisso, vocês duas são bastante parecidas, ela é mais doidinha, mas tem os mesmos gostos que você.

- Você sabe meus gostos? - pergunto curiosa e ansiando pela resposta.

- Bom, pelo pouco que vi de você eu tenho uma base.

- Então você anda me analisando? - pergunto descontraída.

- Pode apostar que sim e estou gostando do que estou descobrindo.

Me assusto com a resposta dessa pergunta, porque não esperei uma dessa e nem sei como reagir, estou agindo igual uma virgem que nunca viu um homem na vida, tento falar algo e começo balbuciar e nada sai.

Droga.

Ele percebeu que causa efeitos em mim e que não passa despercebido, porque tenho que agir igual uma tonta? Engoli em seco e foquei em não me perder mais naqueles olhos e nas vezes em que umedece os lábios.

QUASE CASANDO (DOIDO PARA CASAR 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora