capítulo 11

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Se fosse em outro tempo, com toda certeza já teria pedido o número dele, até porque Otávio é um super gato. Mas meus traumas não me deixam ir em frente, e isso me assusta muito e fico me perguntando até quando vai ser assim? Eu sempre vou correr de pessoas?

- Nic, eu preciso trabalhar.

- Você estava lendo um livro. - Ela levanta o livro e sorri. - “Vou te foder em todos os lugares dessa sala, minha Jasmine", como eu desconfiava, lendo putaria.

- Faz parte do meu trabalho, estar por dentro das obras. - Digo muito convencida e segurando o riso.

- Bem dentro da Jasmine é onde Frederico quer estar. E Otávio da sua bucet…- Nic para de falar quando entra cliente e rimos.

- Vai embora sua mente poluída e me deixe trabalhar.

- Vou mesmo, pode ficar ai no seu “trabalho” - Ela faz aspas com os dedos e me da língua indo embora.

- Eu também te amo minha Jasmine. - Só escuto sua risada escandalosa quando passa pela porta.

Volto para minha leitura e a senhorinha passou pelas prateleiras incansavelmente, acredito que está em busca de um livro, deve ser um em especifico.

- Eu posso te ajudar, senhora?

- Oh, sim minha querida! Estou procurando o clássico. O morro dos ventos uivantes.

- Tá bem, vou dar uma olhada no sistema. Olha só vou ficar te devendo essa, eu posso fazer o pedido se quiser.

- Vou querer. É pra minha neta, presente de natal.

- A senhora pode vir semana que vem?

- Tá certo, obrigado.

Quando a senhora vai embora eu me dou conta que natal está se aproximando e nem me toquei, preciso colocar a decoração da loja.

Passei a tarde trabalhando e perto das 18h, fecho a loja pra ir embora. Atravesso a rua e entro no meu carro, coloco minha bolsa no banco do passageiro e olho para frente e vejo a mãe do Asloan.

Tudo o que acontecia comigo eu compartilhava com ela na esperança de que houvesse uma conversa de mãe para filho e que ele mudasse, mas acontecia o contrário, segundo minha ex sogra tudo o que acontecia era culpa minha, porque não fazia o que o filho pedia, por isso ele agia daquela forma, que eu tinha que obedecer ele porque esse era o meu papel enquanto parceira dele. Ouvi coisas horrendas vindo dessa mulher.

Liguei o carro e fui embora.

Meus pais já estavam em casa e o cheiro gostoso de comida invade todos os cômodos, meu pai é incrível cozinhando, e minha mãe bem princesa acomodada no sofá, com uma taça de vinho e um livro. Era isso que eu queria, um amor calmo e tranquilo, igual o deles.

- Oi family! Tenho duas novidades para contar.

Meu pai fica olhando pra gente de lá da cozinha que é ligada na sala, uma coisa que eu particularmente acho muito bom, porque inclui todos e quem cozinha não fica sozinho isolado.

- Não me deixa nervosa filha, me conta logo. - Minha mãe se ajeita no sofá e fica me olhando com cara de pidona.

- Então, a primeira é que estamos em dezembro, e todos terão que colaborar e o cachê para quem ajudar será muito amor e carinho.

Esse é o mês da loucura e que a loja fica aberta até mais tarde e o lucro é maior. Muitos preferem livros como presente de natal, flores, outros não tem lugar para passar o natal, então aparecem na loja e ficam por lá mesmo.

Flores, livros, biscoitos, cafés e um lugar super aconchegante é a minha loja. Na verdade é mais como uma casa acolhedora.
E a segunda coisa. - Meu pai fala com uma cenoura na mão.

- Eu vi a jararaca da mãe do Asloan.

- Onde aquela safada está? - Minha mãe ficou vermelha de raiva, digamos que o vinho ajudou um pouco.

- Mãe para, já teve violência demais e por mais escápula que o filho dela foi, ela é mãe. Imagina se você me perdesse?

QUASE CASANDO (DOIDO PARA CASAR 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora