Capítulo 20_ Noite de natal

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Há mais ou menos 60 dias, fui atropelada por um carro ao mexer no celular enquanto andava na rua, hoje vou tirar um dos gessos que ganhei, porém, ainda vou precisar de muletas para andar.

Não vou mentir, vou amar tirar isso do meu braço e para de sentir essa coceira incontrolável e a vontade insuportável de arrancá-lo com os dentes.

Ainda não voltei para Busan e desde lá venho morando com a Lalisa.

...

Quando chegamos no hospital não demorou muito para me atenderem, uma enfermeira me guiou até um dos quartos e quando percebi estava pensando no dia em que acordei aqui.

Só queria ver seu filho, porém acabei em uma cama de hospital.

....

— Estou aliviada que você acordou — Lisa falou assim que acordei.

Ao tentar sentar senti a perna e braço pesados e doloridos.

Do seu pé até perto do joelho e do pulso até em cima do cotovelo estava com um gesso branco.

— Como está se sentido? — sai do meu transe quando uma médica entrou no quarto.

— Como se um carro tivesse me atropelado — sorri, conseguindo tirar um sorriso das duas mulheres à minha frente.

— Vejo que está de bom humor.

....

Enquanto o motor da mini serra fazia um barulho alto, pensei quando tive uma conversa sincera com o Baekhyun e com o Hoseok.

....

— Não sei ao certo, sinto uma atração física enorme pelo Byun, mas não sei se é correto dizer que o amo, —olhei o movimento do hospital à minha volta — mas o Hoseok, bem eu tenho sentimentos por ele desde a minha adolescência, porém eu não quero sentir isso.

— Então por que você não corta os laços com o Jhope?

— Simplesmente porque ele é meu irmão, o pai do meu filho, não tem como me afastar dele.

...

Passei aquela manhã inteira pensando nas palavras dela.

Perto das 08 horas, Baekhyun chegou com copos de café, uma bolsa em seu ombro e acompanhado de alguém que não imaginava estar em Seul.

Jhope está com olheiras profundas, cabelo todo bagunçado e suas roupas amassadas, um completo caos, o que me causou uma pequena preocupação, em seus braços Yan dormia tranquilo bem diferente do pai.

— Deus, pensei que quem tinha sido atropelado era eu — ri e estiquei o braço pedindo o meu filho. — Lisa, você deveria ir comer um pouco, você nem saiu depois que acordei o Jhope poderia te levar.

Eles concordaram e saíram.

— Como você está se sentindo? — Byun perguntou.

— Bem — respondi entretida brincando com as mãos do meu pequeno — porém, precisamos conversar.

— Claro.

— Eu venho pensando nisso a um bom tempo, mas hoje tomei a decisão, você já me falou sobre seus sentimentos, porém acho que a resposta que te dei não foi, como posso dizer, certa, mas eu preciso pensar e colocar minha cabeça no lugar e poder te responder de uma forma mais adequada, mas atualmente está tudo tão confuso e por isso devo me afastar de tudo para poder pensar.

— E, isso que dizer?

— Que eu preciso de um tempo, mesmo que não tenhamos nada, eu precisava falar isso com você, não quero que você me espere.

O pai do meu filho ou meu chefe?Onde histórias criam vida. Descubra agora