Zombies and Lovers- LARRY

Capítulo 1- Pé na estrada

A caminhonete camuflada corria veloz pelas estradas, dentro dela cada soldado pensava em algo importante para si. Era sempre assim, poucos antes de missões, por mais simples que sejam, os soldados pensam em algum motivo importante para voltar para casa. Esse esquadrão foi escolhido a dedo por isso, eles não tinham em mente alguém. Zayn pensava em seu alfa, mas não tinha nenhum laço sanguíneo com alguém em Southlake, nem em outro lugar do mundo, logo, se morresse, apenas Capitão Styles, ou talvez Niall se importariam com flores e um lugar bom debaixo do chão. Camilla foi adotada por um adorável casal de betas, não podiam gerar, mas amava a ideia de um bebê, com quatorze anos morreram num incêndio, deixando para ela uma pequena propriedade que ela declinou para ir para o exército, viveu o luto com armas e granadas. Niall veio com a família da Irlanda, viveram anos felizes até um agiota cobrar um dinheiro de jogo que seu pai devia, Senhor Horan não tinha esse dinheiro.

– A quatrocentos e cinquenta metros a noroeste tem uma pequena lanchonete, permissão para parada senhor– Camilla pediu baixo, olhando rapidamente para o ômega de expressão fechada ao seu lado.

– Permissão concedida.

Alguns minutos depois estacionaram a caminhonete em frente a um estabelecimento pequeno, de cores descascadas mas cheio de caminhoneiros, Louis gostava de parar em lugares assim, os motoristas de caminhão sabiam dos melhores lugares. Todos entraram e como de costume estudaram o ambiente, saídas, possíveis ameaças, montaram um pequeno perfil psicológico das pessoas sentadas, só então, se entreolharam e assentiram.

– Bom dia– saudou uma senhora, ela limpava o balcão com um pano sujo enquanto seu marido enchia um copo com café– Gostariam do cardápio?

– Não, iremos querer quatro pães com queijo, e quatro cafés, para comer aqui.

Nenhum soldado gostou de ter sua comida determinada pelo líder, mas não podiam fazer nada, Louis sempre pedia pouca comida, pois sabia que haveriam dias de racionamento, e preparava o estômago para dias assim, seu tempo de rua o ensinou que se houvesse muita comida um dia, tal alimento deveria ser fracionado para no mínimo três dias, nenhum dia de fartura, mas em compensação não morreria de fome.

– Perdão, não perguntei se algum de vocês era alérgico a lacticínios– Encarou o grupo meio envergonhado pelo erro, assentiu a que todos negavam– Vão ao banheiro, bebam água, todos na mesa 5 em dez minutos.

Dez minutos depois, como cronometrado pelo ômega, todos comiam seu lanche vagarosamente como instruído pelo líder. Louis não era rigoroso quando líder, a realidade é que nesse tipo de missão era apenas fornecido ração militar, então ele estava pagando a refeição de todos do próprio bolso, junto com algumas garrafas d'água e pacotes de biscoito.

– Uau, esse café 'tá muito bom- Zayn disse de boca cheia, engolindo em seco ao ver o olhar severo do líder- Desculpe senhor.

– Sem problemas.

A conversa não fluiu entre a equipe depois disso, até a soldado Cabello abrir a boca em choque e apontar para uma pequena teve suspensa em um pilar onde passava o noticiário.

– "... Isso aconteceu na pequena cidade de Derbshire, não temos notícias a respeito das vítimas de canibalismo, entretanto os policiais pedem tranquilidade e garantem ser um caso isolado..."

Todos os clientes da lanchonete ficaram meio tensos, nas letras miúdas que passavam em baixo tinham outras três notícias parecidas, " Mortos por canibalismo" "Será uma seita?" O esquadrão se levantou rapidamente seguindo seu líder, que foi para o balcão pagar pelos alimentos e maços de cigarro.

– Deu quarenta libras senhor- mexeu na calculadora mais um pouco- Temos desconto para militares, fica trinta e duas para o senhor.

– Cartão, por favor‐ O ômega inseriu o objeto e digitou a senha, pegando todas as sacolas e distribuindo uma para cada, três pacotes de biscoito, um maço de cigarros, e três garrafas d'água.