Selvagens

Capítulo 02: Problema com ruivas.

Topaz:

"- Você acha que pode sair fazendo o que quiser Antoinette? Parece que não sabe o peso de suas ações!- fala meu pai segurando um cinto.

- Mas papai..... Ele ia....- parei de falar, eu não sabia como explicar

- Que deixasse! Ele é homem e Alfa! Sabe o que faz!- Falou ele, eu me desmanchava em lágrimas, eu iria mesmo apanhar por ter me defendido?

- Thomas!!!- Chegou minha mãe e tirou o sinto da mão de meu pai.

- Você não irá fazer isso!- Minha mãe era uma simples loba, mas mandava em meu pai muito mais que ele mandava na Alcateia.

- Eu irei conversar com a Antoniette, mas se eu ver você com esse sinto novamente, eu não vou deixar mais você entrar nessa casa- Ela falou brava e meu pai que ficou quieto apenas assentiu e saiu.

- Pequena....- Minha mãe se ajoelhou e me puxou para um abraço apertado enquanto eu soluçava.

- O que aconteceu? Quer me contar agora ou depois?- Perguntou me pegando no colo e fazendo um carinho em minha nuca.

- Pode ser depois?- falei com a voz falha, ela assentiu com um "u-hum" e fez eu parar de chorar.

- Eu vi uma menina hoje, ela parecia ser muito rica- Falei e minha mãe deu um risinho

- Como ela era pequena?- perguntou e se sentou comigo ainda em seu colo

- ela vestia um vestido vermelho ela era ruiva e pálida, seus olhos eram na cor de um grão de café- Falei e ela sorriu

- Mas ela tinha algo diferente- Falei tentando pensar o que era.

- O que meu amor?- ela falou calma

- Eu não sei explicar, acho que era seu cheiro, ela cheirava a cerejas e tinha um cheiro diferente junto, era como fala aquilo quando a gente ta muito concentrado?- Perguntei esquecendo da palavra

- Uhm..... Focado? Concentrado? como você disse, Hipnótico?- interrompi minha mãe acenando freneticamente com a cabeça.

- Isso! Hipnótico, era como se ela me puxasse, eu não sei, era estranha- falei por final, minha mãe ficou pensativa por muito tempo, mas logo depois sorriu

- Deve ser o efeito do perfume- minha mãe falou com seu tom calmo e baixo me passando tranquilidade."

Sempre lembro desse dia, mas não porque eu queria guardar em minha memória, acredite, se eu pudesse eu teria esquecido ou nem teria acontecido.

Porém é como se eu lembrasse no automático, as vezes eu estou pensando e do nada lembro, é estranho mas eu não ligo.

Levantei rápido e animada, tomei uma banho vesti minhas roupas que eu particularmente amo, escovei os dentes peguei uma maçã verde e saí com minha moto, estava atrasada? Sim, mas e daí?

Assim que estacionei a moto meu irmão apareceu num passe de Mágicas

- Você saiu ontem? O cheiro da bebida esta em seus poros- falo fazendo cara de nojo, óbvio que eu saio as vezes mas não em pleno domingo para no outro dia eu estar indo para a escola.

- E você esta atrasada, dormiu demais?- Perguntou no mesmo tom, mas não causou o mesmo efeito que eu.

- Não é da sua conta, agora deixa eu ir- Falei me afastando indo pro meu armário pegando os livros de História e indo pra sala passando no mesmo corrodor que vi aquela garotinha e dessa vez por incrível que pareça tinha uma ruiva lá parecia estar atrasada mas eu estava ainda mais então passei reto, e quase cai dura no chão quando senti o cheiro do seu perfume era doce e marcante, autamente hipnótico.