Doce Tortura - Os Hérnandez 02

Capítulo 11

TASHA SLOAN

— Ele está tão lindo. – encaro o pequeno menino, brincando com os carrinhos na varanda da casa.

Aaron é o mais charmoso. Os olhos azuis dão um ar de superioridade à ele, de complemento com os fios negros e cílios grande e grossos. Fisicamente ele é todo o pai, mas é o jeitinho da mãe. Não se engane pela cara de mal, ele é um doce de criança e pode fazer muitas meninas se apaixonarem no futuro.

Nádia se aproxima com um grande sorriso no rosto, enquanto segura uma bandeja de mini sanduíches. Ela é mais tranquila em relação o que Aaron pode comer, claro, tendo a orientação do médico em prevalência. Logo atrás dela vem Miguel, que parece estar maior do que da última vez que o vi.

O pequeno homem, ou aprendiz, como Martim gosta de chamá-lo, está usando somente uma sunga de banho. Os cabelos negros estão mas aparados atrás e na frente um pouco maior, podendo cair alguns fios na fase dele. Fiquei sabendo que ele já está lutando, e treinado com Adrian e Martim.

— E aí, Tasha – Miguel me comprimenta, e dá um sorrisinho de canto. Esse charme com certeza deve funcionar com as meninas da escola dele.

— Olá, Miguel. Vai nadar?

— Vou sim, quer vim comigo? – pergunta, pegando um mini sanduíche.

— Não, obrigada. Deixe pra próxima.

— Vou cobrar, viu. – me surpreendo, quando o mesmo deposita um beijo na minha bochecha e sai calmamente até a área da piscina.

Retorno minha atenção ao pequeno menino, que brinca atentamente com os carrinhos. Ouço um suspiro de Nádia, que chama a minha atenção e abre um sorriso ao ver que olho pra ela. A mesma está muito bonita, usando um vestido soltinho na cor branca contendo alguns corações pelo tecido.

— Como está sua tia, Tasha?

— Muito bem. Aliás, ela disse que sente sua falta – o sorriso de Nádia me faz ver, como ela e minha tia realmente se dão muito bem.

— Claro, quando a Gio retornar irei lá. – se levanta, indo até a grama e pegando uma flor que havia ali, levando até o nariz e exalando o aroma. – Amo essas flores.

— São bem cheirosas.

Antes que Nádia pudesse dizer algo, ou expressar qualquer opinião, um som agudo e alto soou perto de onde estamos. Em choque, Nádia corre até onde estou e pega Aaron nos braços. Tudo começou a acontecer muito rápido, soldados correndo pela casa e um som forte de sirene tocando. Eu reconheço isso! Significa para anunciar possíveis invasores na mansão.

Só sinto alguém tocar me meu braço, e reconheço como um dos soldados de Adrian. Quando olho para o lado não acho mais Nádia, e só consigo ver muitos homens de preto irem até a parte frontal da casa. Meu corpo é puxado para dentro da casa, não consigo pensar e nem dizer nada. Estou em choque.

Tiros. Sons altos de tiros começam, e isso me faz querer correr para o mais longe possível. Não sei se é algum trauma de criança ou somente medo, mas esses sons perturbam a minha mente de uma forma anormal. Desejo correr daqui, sair e poder me ver livre desse tormento. Outro homem, agora usando uma máscara toda preta deixando os olhos e a boca à mostra, aparece ao meu lado.

— Vamos! – é a única coisa que ele diz, logo em seguida me pega em seu colo e começa a sair pela lateral da casa.

Não sei pra onde ele está me levando, mas começo a entrar em desespero quando vejo ele sair por uma passagem no enorme muro. O tiroteio está acontecendo na frontal da casa, e estamos saindo pela lateral. Quando me dou conta de que isso não é uma ajuda, entro em desespero.

— Me solte! Ordeno que me solte, agora. – socos e chutes são feitos por mim, mas não causam efeito nenhum no enorme homem que me leva como um saco de batatas em suas costas. – Ayuda!

Grito em espanhol e todas as línguas que sei. Quando chegamos no lado de fora, há um carro preto com mais três atrás. É nesse momento que me vejo perdida, todos os soldados estão ocupados com a possível invasão na parte da frente. Nádia foi levada para um lugar seguro com Aaron e certamente Miguel. E eu, fui pega de uma forma covarde.

Acabou.

— Solte à garota e levante suas malditas mãos!

Martim..