Capítulo 19

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MARTIM HÉRNANDEZ

— Acordou cedo – avalio Tasha caminhar até a mesa, onde está o café da manhã. A mesma não me olha nos olhos, e isso me deixa intrigado.

— Perdi o sono – se senta ao meu lado, colocando um pouco de suco de maracujá no copo e bebendo em seguida – Com..como passou à noite?

Levo meu olhar até o pequeno corpo ao meu lado. Ela está com as mãos trêmulas e posso ver seu peito subir e descer em um ritmo rápido. Tasha está ansiosa e com certeza com vergonha. Eu poderia fingir que não chupei ela ontem e tudo ficaria por isso mesmo, mas jamais poderia esquecer dela gemendo enquanto eu lhe dava prazer com minha língua.

— Muito bem – coloco uma uva verde na boca, sorrindo de lado na direção de Tasha que roboriza. – E você, dormiu bem?

— Sim – bebe mais um pouco do suco, e nesse momento a governanta com mais duas cozinheiras, entra no local e começa a repor a mesa.

— Deseja algo à mais, senhor Hérnandez? – minha governanta pergunta, direcionando a pergunta é o foco à mim. Isso me incomodou, a forma que ela fingiu insistência da Tasha me deixa irado.

Movo minha cabeça na direção de Tasha, que tem sua cabeça baixa comendo a sua torrada com geleia. Toco em sua mão, chamando sua atenção e fazendo ela erguer a cabeça. Os olhos negros encontram os meus, e estranhamente, me senti nervoso com isso. Tasha trás emoções desconhecidas por mim, e não sei se isso é bom ou muito ruim.

— Você quer algo além do que está aqui, Tasha? – vejo a surpresa no olhar dela.

— E..eu. – gaguejo, fechos os olhos em seguida. Em forma de apoio, aperto um pouco a mão que segurava e ela volta a abrir os olhos parecendo mais tranquila e confiante – Um salada de frutas, por favor.

— Okay – Lucy responde entre os dentes e logo sai, me fazendo encará-la pelas costas.

— Acho que ela não foi muito com a minha cara – Tasha resmunga, quando volto a olhá-la, a mesma está segurando o riso

— Está achando engraçado?

— Desculpa! A cara de bruxa dela é hilaria – tive que morder meu lábio, para não rir também.

— Bom, eu tenho que ir. – tiro o guardanapo do meu colo e deixo em cima da mesa, quando ia me levar Tasha segura em meu braço.

— Vai me deixar sozinha aqui?

Os negros que antes mostravam alegria e diversão, agora se mostram amedrontados. Na tentativa de acalma, volto a me ajeitar na cadeira e levo minha mão até o rosto dela. A pele quente e macia entra em contato com minha mão, me trazendo uma sensação única. Meu coração parece não entender meu comando de se acalmar, e fica ainda mais agitado.

Acaricio a bochecha dela, desço calmamente até o início dos lábios e passo o dedão ali. Tasha mantém os olhos fechados, curvando a cabeça na direção da minha mão, para sentir mais o meu toque nela. Quando retirar meu dedão dos seus lábios, a mesma abre os olhos e entreabre os lábios passando a língua na ponta do meu dedo.

Essa ação repentina causou um arrepio na minha nuca, e um formigamento na cabeça do meu pau. Me levanto, sem retirar o dedo da sua boca fico a encarando de cima. Sem pudor algum, ela fica de frente pra mim ainda sentada, e começa a chupar o meu dedo calmamente. Meus olhos não conseguem desviar dos dela, e ver aqueles lábios carnudos e avermelhados engolindo meu dedo me enlouquece.

Meu pau começa a ganhar vida rapidamente nas minhas calças. Nesse momento, eu só queria pegá-la e levá-la para o primeiro quarto que visse e não sair mais de lá, iria fodê-la a noite toda. Sentir esse delicioso corpo em cima de mim, rebolando e sentando gostoso. Dou pulo para trás, quando ouço passos e logo minha governanta entra com a salada de frutas.

— Já vou indo. – anuncio, sem dizer mais nada saio o mais rápido possível. Meu pau está latejando, meu corpo pegando fogo e eu só queria voltar lá e pegar aquela safada.

[...]

— Hérnandez! É bom te ver. – o Capô de Madrid vem até mim, dando um abraço lateral e logo apontando para a proltona ao seu lado.

Lourenço Levy é o Capô de Madrid, e um dos únicos que ainda não passou o cargo para o filho mais velho ou parente próximo. Ele é bem amigo do meu pai e do meu tio Fred, já que ambos trabalham juntos anos atrás. É um homem que podemos confiar, ele fica responsável pelo investimento do nosso dinheiro e contabilidade dos Capô entrando para o chefe, que é o meu primo, Iago.

— Digo o mesmo, Lourenço. – me ajeito na proltona de couro – O qua anda acontecendo?

— Por que desconfia que algo está acontecendo? Sempre lhe chamei para uma conversa de homens antes. – ele sorri.

— Nunca na sua casa. Eu te conheço desde que eu era menino, você jamais levaria assuntos da Máfia ou homens para dentro da sua casa, principalmente por ter sete meninas.

— Está certo, Hérnandez. – suspira, bebendo o uísque de uma vez e repondo. – De alguns meses pra cá, percebo uma alteração na contabilidade dos Capô.

— Alteração?

— Sim. Como se estivessem entrando no sistema e alterando fatos. Eu já comuniquei ao seu primo, que as contas não estão batendo, está faltando dinheiro e toda vez que entro no sistema, consta como correto a porcentagem. – ele me olha de forma ilegível, ele sabe quem é, e talvez não saiba como dizer.

— Diga, agora mesmo. Irei na casa do Capô e ele vai pagar com à vida.

— O Capô García. E não é só isso, na região de Munique foram cinco container nossos roubados e duas boates incendiadas.

— E o infeliz não disse por quê?

— Disse que iria resolver por conta própria, até agora, não tenho novidades.

— Espero que o García tenha pedido perdão pelos pecados, porque é hoje que ele conhece o verdadeiro demônio.

Oi, anjos! Desculpa pelo sumiço, eu acabei ficando com a garganta inflamada e minha sinusite atacou. Agora estou melhor e consegui finalizar esse cap pra vocês. Ainda não tenho certeza se conseguirei publicar outro ainda hoje, mas fiquem atentos! Beijos.

Doce Tortura - Os Hérnandez 02Onde histórias criam vida. Descubra agora