Doce Tortura - Os Hérnandez 02

Capítulo 21

MARTIM HÉRNANDEZ

- Então é esse babaca que está nos roubando? - Iago não aguenta a cara de ódio, jogando as coisas na parede.

- Acalme-se, Iago! Não iremos conseguir resolver com você assim. - Isaac alerta nosso primo, enquanto o mesmo está sentado já sua cadeira de couro bebendo algo em sua xícara.

- García é traiçoeiro, devemos ficar de olho nele. - meu irmão indaga, e vejo ele na biblioteca da sua casa, sentado em uma das mesas. - Ainda acho que Paolo está envolvido em algo também.

- Martim está noivo de Pilar! - Iago lembra sorrindo - Você pode descobrir algo.

- Se fosse tão fácil assim, eu já teria descoberto das últimas vezes que fui lá e teria matado aquele encosto. – deixo meu corpo cansado se esticar na proltona, e acabo fechando meus olhos.

— Vou chamar o García para conversar, enquanto isso, fique de olho em Paolo. – Iago manda.

— Acho que a idade está afetando seu cérebro, meu primo. – abro um olho, encarando a tela – Eu estou em Madrid.

— Adrian, faça uma visita a Paolo, arranque informações até do cu dele. Martim, fique de olho em Tasha, até a segunda ordem. Isaac, nos deixe informado de qualquer movimentação ou algo estranho. – Iago dita as ordens, todos concordam e logo desligam.

Ligação off

— Dia longo? – meu corpo tensifica, quando a voz de Tasha soa atrás de mim, fazendo eu rodar a cadeira e achá-la encostada na porta usando um conjunto de calça e cropped branco.

Não consigo desviar minha atenção dela, é como se um imã me prendesse à ela. Tasha está acabando comigo, com minha sanidade e principalmente trazendo sensações que eu jamais imaginei sentir. Não sei nomear o que está acontecendo comigo, mas eu irei pesquisar no Google e descobrir.

— Nada que eu já não esteja acostumado – me levanto, esticando meus músculos em seguida e ela segue meus movimentos – E você, minha senhorita?

— Fiquei com Kath pela manhã, à tarde eu dormi um pouco e fiz biscoitos. – estende um pote que só percebi que segurava agora. – São de nozes com chocolate branco.

— Envenenados? – brinco, pegando um.

— Terá que comer, pra saber. – ela sorri maliciosa, e isso faz meu pau formigar. Levo o biscoito até minha boca, dando uma leve mordida e sentindo o gosto adocicado tomar lugar.

— Está uma delícia, espero que não me matem. – abro um sorriso e dou outra mordida mais generosa. – Estão realmente muito bons. Você tem um dom.

— Oh! Obrigado. – ela fica sem jeito e dá um passo já minha direção – Por que demorou tanto?

— Perdão?

— Pra chegar. Você saiu bem cedo e chegou bem tarde. – ela engole seco, dando outro passo – Está fugindo de mim?

Não consigo evitar o sorriso se formar em meu rosto. Tasha está nitidamente envergonhada ou confusa. Ontem eu chupei ela no banheiro e a fiz gozar em minha língua, é compreensível o medo e confusão em sua cabeça. Já passou pela minha cabeça, que ela tenha pensado que foi uma alucinação.

— Fugindo por que, Tasha?

— Eu..eu não sei. – ela engole seco, passando a mão pelos cabelos. – Me desculpe, eu ando confusa.

— Não há problema. – abro um sorriso de canto – Tenho um convite a fazer.

— Faça – ela ergue o olhar

— Eu e você – colo nossos corpos em um único passo, levo minha mão até sua bochecha acariciando com o dedo – Em um jantar, o que me diz?

— Somente nós dois?

— Isso mesmo, minha senhorita. – seguro na sua nuca, Tasha fecha os olhos e suspira. Me encaixo na curva do pescoço dela e deposito um beijo, vindo de uma lambida. – Aceita?

— N-não sei, será que se expor é uma boa ideia? – sussura, mantendo os olhos fechados e minha outra mão agarra sua cintura, fazendo ela suspirar

— Você estará comigo, mi amor. Vamos, minha senhorita, prometo que você irá gostar.

— Restaurante, em? – se afasta, abrindo os olhos e sorrindo de canto. – Pode ser legal.

— Eu estarei lá, minha senhorita, com certeza será maravilhoso