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Tivemos que acordar às 7:30 e foi um saco acordar o Pedri, parece uma criança dizendo que tava com sono e que não queria ir mais. E mais um saco ainda ver ele nu na minha frente, e não poder fazer nada.

Tínhamos que sair daqui no máximo às 8:30, mas tínhamos que comer ainda. Eu vestir uma calça pantalona preta, que tinha fendas que subiam até minha coxas e um cropped verde curtinho. Coloquei uma rasteirinha qualquer e uma bolsa verde.

O Pedri vestiu um conjunto de moletom marrom e tava com a barba grande, que deixava ele mais gostoso que o normal. Eu tava fazendo uma maquiagem básica, enquanto conversava com ele, sobre como ser homem é fácil, você só coloca uma roupa besta, penteia o cabelo e acabou já tá pronto. E ele só conseguia rir da minha indignação.

Saímos do quarto e Ana e Fer já estavam na cozinha, fazendo o café da manhã.

— bom dia casal — ana fala e respondemos ela — a noite ontem foi boa né.

Sinto minhas bochechas esquentarem e olho pro Pedri que também tava com elas vermelhas.

— olha pra eles — Fer aponta — os dois com vergonha, mas ontem ninguém tava com vergonha né?

Os dois ficam rindo e eu fico calada, querendo que eles parem de falar o mais rápido possível. Ana fez panqueca pra gente e jogamos mel e um monte de frutas vermelhas em cima e tava uma delícia. Fer e Ana desceram antes pro carro, porque eu tinha que pegar algumas coisas ainda.

— olha — pedro fala quando chegamos lá embaixo — eu vou deixar você sentar aí, porque você já tá aí, mas na próxima já saiba que é ela — fala se referindo ao banco do carona e Fer revira os olhos e eu e Ana ficamos dando risada da situação.

Chegamos no hospital em uma hora, e o trânsito tava até que de boa, quero nem imaginar o quanto vai demorar a volta.

— você tá com quanto tempo? — pergunto pra Ana, enquanto andamos em direção a clínica e Fer vai falar com a recepcionista pra falar que tínhamos horário marcado.

— olha... eu não faço a mínima ideia, minha menstruação tava a dois meses atrasada, então deve ter mais ou menos isso

— DOIS MESES? — falo um pouco alto e Pedri rir olhando pra minha cara — e você só foi desconfiar nessa sexta?

— em minha defesa minha menstruação não tem data — ela tenta se defender.

— dependendo então pode ser que a gente já consiga ver o sexo do bebê? — Pedri pergunta

— olha, pode ser que sim, mas eu acho que pelas contas, no máximo em duas semanas é de certeza.

— que alívio — ele suspira — pelo menos vou tá aqui pra descobrir na mesma hora que você — ele me mostra a língua e eu faço o mesmo, logo em seguida faz cócegas em mim e eu fujo dele.

— vocês dois parecem duas crianças— Ana diz simples.

Tomamos um chá de cadeira esperando a moça chamar a Ana.

— Ana Hidalgo — seu nome é chamado e a moça se assusta quando nós quatro se levantamos — você todos vão entrar? — falamos que sim mas mostramos quem era a Ana.

— bom dia — uma médica fala ao entramos na sala — qual das duas é a gravidinha e qual dos dois é o pai? — ela fala rindo.

— eles — aponto e todos estávamos sorrindo, parecíamos uns idiotas.

— pelo jeito essa criança vai ser amada por muita gente — ela fala pelas nossas caras e manda a Ana sentar.

Ela conta, que já estava a dois meses atrasada, que ela fez o teste e deu positivo, falou também que tava enjoada, mas que a barriga dela não cresceu nada. E sei que isso tudo era normal porque a Ana era bem magrinha então até o copo dela mostrar a mudança pode ser que demore um pouco. A médica explica tudo a ela, e pede pra que ela se troque no banheiro.

Tenerife - minha segunda casa Onde histórias criam vida. Descubra agora