Após ser capturada protegendo Timotthe e Diana, Aisha está sendo feita prisioneira pela Baronesa Pinoua, enquanto seus amigos estão lutando para que a terrível mulher não domine Asteria para sempre.
Do lado inimigo, Aisha vai ter que lidar com as ve...
Pinoua estava bebendo calmamente seu vinho quando os gritos começaram.
Eles vinham de todo lugar, mas estavam distantes o suficiente para que não fossem compreensíveis. A Baronesa levantou de sua mesa e saiu correndo pelos corredores, até interceptar uma criada.
- O que está acontecendo? - perguntou ela, apertando o braço da mulher forte o suficiente para deixar uma marca.
- Fogo, milady! Fogo! - exclamou a criada, com os olhos arregalados e os cabelos despenteados.
Pinoua arregalou os olhos. O quê? Como isso acontecera?
A Baronesa correu pelos corredores, levantando a barra do vestido para que pudesse se locomover melhor. Conforme se aproximava dos caos, mais pessoas vinham ao seu encontro correndo e o brilho das chamas já iluminava as sombras. Porém, nada a preparou para o que encontraria.
O fogo consumia todo o salão de baile, queimando cortinas e a madeira que formava os móveis. As labaredas pareciam sem fim e homens e mulheres podiam ser vistos correndo, com suas roupas em chamas. O que causara aquilo?
Pinoua desceu as escadas correndo, evitando as pessoas que saíam desesperadas. Das alcovas, saíam homens grogues pelo ópio e não dava para ver mais nada por trás das cortinas em chamas.
Um guarda jogava água numa enorme mesa quando a Baronesa se aproximou.
- O que aconteceu? - ela perguntou, gritando para ser ouvida.
O homem respondeu sem olhá-la:
- Parece que derrubaram uma vela, milady. E o fogo se alastrou. - ele esvaziou seu balde e pegou outro que uma criada oferecia. - Precisamos tirar as pessoas daqui antes que ocorram mais baixas.
- Vou convocar meus homens. - ela falou, se afastando antes mesmo de notar o assentir do guarda.
Pinoua saiu com passos rápidos, chamando todos que estivessem parados para ajudar. Aquilo era um problema sério, se o caos se alastrasse, ela perderia o apoio fraco que mantinha com as festas e a bebida. Isso não era bom... Porém, o que marcou o franzir na testa da Baronesa não foi o fogo ou os gritos, e sim o tal acidente que acontecera.
Aquilo não fora um mero acidente e ela sabia muito bem. Alguém o provocara e ela descobriria quem fora.
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Karina se curvou e jogou todo seu jantar para fora.
Os espasmos tomaram conta de seu corpo, conforme ela vomitava seus entranhas na moita do lado de fora do palácio. Kamillo estava ao seu lado, ofegante. Eles haviam saído correndo do salão assim que o fogo queimara com mais força, se misturando na multidão e nos gritos.
Karina imaginou que estaria tudo bem apenas provocar o suposto "acidente", mas não imaginou que veria tudo o que acontecia por debaixo dos panos no salão.
