Após ser capturada protegendo Timotthe e Diana, Aisha está sendo feita prisioneira pela Baronesa Pinoua, enquanto seus amigos estão lutando para que a terrível mulher não domine Asteria para sempre.
Do lado inimigo, Aisha vai ter que lidar com as ve...
Timotthe olhou para o horizonte, vendo as muralhas da capital se assomarem até o céu. Elas estavam silenciosas com o cair da noite, tão diferentes do que costumavam ser.
Sempre haviam guardas a protegendo, mas agora era como se a capital houvesse se tornado uma cidade fantasma. Até mesmo as bandeiras balançavam ao vento de forma preguiçosa, a muito sem serem trocadas.
- Você está bem? - perguntou Lira, ao se aproximar. Timotthe piscou ao notar que seus cabelos estavam presos numa trança.
Lira só prendia os cabelos quando tinha medo.
- Sim, e você?
- Melhor impossível.
Timotthe sorriu. Ele sabia que estava colocando um peso enorme sobre ela, mas era necessário. Na noite em que recebera a carta de Kroll, ele havia se decidido. O Carniceiro desejava uma troca, ele por Aisha. Porém Timotthe necessitava de alguém para garantir que o acordo fosse cumprido e era onde Lira entrava.
A jovem garota havia protestado ao pedido dele, dizendo que não o ajudaria numa missão suicida. Mas ver o desespero e a dor em seus olhos foi o suficiente para que aceitasse. Porém, Lira tinha seus próprios planos.
- Asterope está pronto? - Timotthe perguntou.
- Sim, eles já separaram os esquadrões. Estamos apenas esperando dar o horário.
Timotthe assentiu. O sol estava se pondo em tons de vermelho naquela tarde, como se sentisse a premonição do banho de sangue que chegaria.
Timotthe já havia lutado em inúmeras batalhas naquele ponto, mas seu coração batia tão rápido que ele pensou que pudesse saltar de seu peito. Talvez fosse porque pela primeira vez, ele estava lutando por algo que amava mais do que tudo. E isso o deixava tremendo de medo. Lira notou o leve tremor em suas mãos, mas não comentou nada.
Os dois ficaram observando o horizonte, esperando quando a noite caísse. O sol desceu e desceu, como se estivesse prolongando sua ida para aumentar a tensão. Era quase uma piada. Quando por fim o sol desapareceu, Timotthe sentiu seu peito apertar.
- Vamos. - ele disse. - Vamos salvar Aisha.
E como um único corpo, todo o exército se moveu, espalhados por todos os pontos de entrada da capital, apenas esperando pela momento da batalha.
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Etian estava bebericando de seu cantil quando um mal pressentimento percorreu sua pele. O que estava acontecendo?
Ele ergueu o corpo de parapeito que encontrara para descansar, olhando o resquício de luz que vinha do horizonte. A cidade estava silenciosa demais, quieta demais. Etian observou as ruas, procurando sinais de algo que estivesse fora do lugar, e para sua surpresa, encontrou os mercenários caídos, desmaiados nas sombras.
O que estava acontecendo?
Seus olhos escuros desviaram para um vulto na rua seguinte e ele viu um trio de pessoas se esconder na escuridão. Eles se moviam com rapidez, apagando os mercenários que patrulhavam as ruas. A cada esquina, alguém era nocauteado e um dos três se movia para escondê-lo nos becos, sob panos e lixo, de forma que não fosse visível o que estava realmente acontecendo.
