Após ser capturada protegendo Timotthe e Diana, Aisha está sendo feita prisioneira pela Baronesa Pinoua, enquanto seus amigos estão lutando para que a terrível mulher não domine Asteria para sempre.
Do lado inimigo, Aisha vai ter que lidar com as ve...
Thomas acordou com um facho de luz refletido em seu rosto.
Ele ergueu o corpo, sonolento. Sua cabeça estava entorpecida do sono, mas lúcida o suficiente para reconhecer o corpo de Elliot deitado ao seu lado. William havia emprestado um quarto para que eles tivessem um pouco de privacidade, mesmo que dormir com outros dois homens não fosse exatamente privacidade.
Damon estava ressonando num canto, com os cabelos tampando os olhos. Ele parecia cansado, mas eles precisavam seguir viagem.
Thomas esticou a mão, planejando acordar Elliot.
- Estou acordado. - disse o guerreiro, sem abrir os olhos.
Thomas recolheu a mão.
- Então por que continua deitado?
- Acordei no momento que se levantou. - Elliot respondeu, erguendo o corpo também. - Temos que ir embora.
Thomas assentiu, desviando os olhos para Damon. Não conseguia encarar o guerreiro depois de ontem. A conversa que tiveram foi vergonhosa o suficiente para uma semana.
- Acorde Damon, vou arrumar nossas coisas. - disse ele, terminando de se levantar e saindo porta a fora.
Thomas sentiu o olhar de Elliot em suas costas, mas se recusou a virar. Talvez ele estivesse sendo imaturo, mas suas bochechas queimavam demais.
- Bom dia. - disse William, na cozinha, assim que Thomas entrou. - Preparei algumas comidas para levarem.
- Ah, obrigado. - disse o jovem herdeiro, sorrindo. - Vamos sair daqui a pouco, aproveitar que ainda está cedo.
William assentiu, colocando algumas comidas embrulhadas numa bolsa. Estava usando uma regata hoje, que deixava exposto o pequeno pedaço que sobrara do seu braço. Era apenas um monte de pele retorcida.
- Eu sei, não é bonito de se ver. - William disse, sem parar o que estava fazendo. - Mas é a prova de que estou vivo.
Thomas assentiu, meio envergonhado de ter encarado. Apesar de que o dono da casa não parecia muito incomodado. Naquele momento, Elliot entrou pela porta, com Damon em seu percalço.
- Está tudo pronto? - ele perguntou, com a voz firme. Parecia um pouco irritado.
- Está sim, já podem pegar suas coisas. - respondeu William, entregando a bolsa com comidas para Elliot.
O guerreiro e Damon saíram da cozinha, indo em direção a porta dos fundos e Thomas ia acompanhá-los, mas William o chamou.
- Thomas. - um sorriso estava estampado em seu rosto. - Não tenha medo de viver.
O jovem herdeiro piscou, surpreso. Não esperava que ele fosse dizer algo assim.
- Obrigado. - ele disse, abraçando William, de repente.
O ex-guerreiro sorriu como se compreendesse a necessidade daquele abraço e assentiu, dizendo:
- Agora vá, eles devem estar te esperando.
Thomas assentiu e se afastou, sentindo um calor no peito. William era uma alma ferida, mas que se recusava a se apagar. E isso era o que tornava-o tão incrível.
Quando Thomas saiu porta a fora, Elliot estava esperando-o com uma bolsa nas mãos. Dessa vez, ele não evitou o olhar do guerreiro, porém não conseguiu identificar o que estava escrito em seu olhar.
- Vamos. - disse Elliot, se virando e começando a andar.
O que acontecera?
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