Parte 4

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A humana não entende. Por que os monstros não a jogam fora se ela tá estragada? Será que a comida dela é tão boa assim? Será que é porque ela obedece direito? Que é porque ela nunca fez nada de errado? Afinal já faziam alguns meses que (S/N) estava lá e o único erro dela foi desmaiar. No dia que ela saiu do hospital, Nightmare deixou ela na quarto pra dormir. E no próximo dia, Horror foi buscá-la, como sempre. Ele a acorda

"(S/N)... (S/N)... acorde"

"Mmmmm.... Que?"

"Hora de levantar"

Ela sente que não dormiu o tanto que sempre dorme.

"Que horas são?"

"Oito horas"

"Tá muito cedo pra começar a fazer o almoço"

"Não é pra você fazer o almoço. Levante logo"

(S/N) resmunga mas faz o que ele manda. Horror anda com ela pelos corredores e passam pela porta da cozinha

"Mas a cozinha é ali"

"Você não vai cozinhar hoje"

(S/N) para no lugar. Isso que ele disse... só pode significar uma coisa.

"Por que parou aí? Venha"

"Vocês... vão me matar"

(S/N) começa a criar lágrimas no canto dos olhos. Por mais que a vida dela esteja sendo horrível, ela não queria morrer. Horror se vira para a moça e segura os ombros dela de forma gentil.

"E-ei tenha calma, não é isso que você tá pensando. Não vamos te matar"

"Que mentira"

"Sério, só vamos até a sala de jantar ficar com os outros"

"Hmm..."

(S/N) desvia o olhar e continua sem se mexer. Horror decide tentar acalmá-la de alguma forma. Ele não consegue pensar em nada, então ele só a abraça. Imóvel, ela acaba parando de chorar depois de dois minutos. Horror a solta, pega a barra da manga comprida dela e a puxa para segui-lo. Ele queria muito ter pego a mão dela, mas não teve coragem. E também, os outros iam ver e iam ficar azucrinando depois. Os dois chegam na sala, todo o resto do pessoal estava lá.

Nightmare "finalmente apareceram. Sentem-se"

(S/N) "péra... o que?"

Horror "você vai fazer as refeições com a gente agora. Todas elas. Café da manhã, almoço, café da tarde e jantar."

"Não tô crendo"

Horror a faz sentar na cadeira do lado de Cross e depois senta-se do outro lado. Ele pega um pedacinho de bolo num pires e coloca na frente da humana, que ainda está tentando processar o que está acontecendo.

Horror "coma"

Ela sentiu o tom autoritário na voz dele e engole seco. Ela tenta. Come praticamente migalha por migalha. Todos já tinham terminado e ido embora, menos Horror, que a esperava pacientemente, segurando com uma mão por dentro do buraco de um dos olhos e batendo os dedos da outra mão na mesa de forma rítmica, ele sempre fazia isso. (S/N) engole o último pedacinho

"Pronto"

"Viu só, você conseguiu! Não foi tão difícil assim"

"Foi difícil sim! Agora dá licença que eu tenho que ir fazer o almoço"

"Eu já te disse, você não vai cozinhar hoje"

"Mas assim eu sou uma inútil!"

"Não é não. E não fique triste, você volta a cozinhar quando estiver melhor, então espero que comece a comer direito logo"

Uma pitada de paixão [Horror x (S/N)]Onde histórias criam vida. Descubra agora