Me certifiquei duas vezes de que a câmera estava desligada. A luz vermelha que antes piscava, não pisca mais e a lente estava fitando o chão. É, estava absolutamente desligada. Mas agora a questão é, por que e como isso acontecia?
Quando ia ne levantando, vi uma sombra de uma pessoa parada na porta. Meu sangue gelou e meu coração foi a 100 por hora. Logan Swan. Não que eu tinha medo dele, porque eu não tenho nenhum, mas naquele momento eu estava sem nada para poder atacar ele, estava indefesa e com certeza aquele cara acabaria comigo em uma luta, quer dizer, ele é enorme comparado a mim.
-- Kate?
Era Isaac. Minha respiração voltou ao normal e sai da sala como se nada tivesse acontecido.
-- Por que você ainda estava deitada? - perguntou me fitando.
-- Temos pouco tempo, se você não se lembra. - disse Michele dando uma olhada ao redor, em vão, aquele lugar estava todo escuro.
-- Como vamos saber para onde estamos indo e onde estamos? Será que aqui tem ratos? - perguntou Stacey dando mais um daqueles seus ataques de pânico. Ainda bem que essa garota é boa de briga, porque se dependessemos de sua coragem para ganhar de alguma coisa, provavelmente já estaríamos mortos.
-- Calma, Stacey. - disse Isaac. - Com certeza aqui não tem ratos, qual é, isso aqui é um brilho.
-- Nunca se sabe, pode ser que apareça algum do nada e caia na sua cabeça. - disse Michele a provocando, fazendo Stacey gritar e agarrar seu irmão.
-- Pare com isso, Michele. - falei, mas Michele continuava a sorrir da cara da Stacey. - Preciso saber o que tem por trás daquela porta.
-- Ah, sei não Kate, lá com certeza tem ratos. - falou Stacey.
-- Foda-se os ratos, meu pai pode estar lá. - falei me irritando com Stacey. Eu queria bater nela.
-- Kate. - disse Isaac com a sua voz que sempre fazia quando queria acalmar alguém. - Nós vamos encontrar seu pai. Eu prometo.
-- Você não pode prometer isso. - falei. - Você nem sabe se ele está mesmo vivo.
Todos abaixaram a cabeça ao me ouvir falar isso, pois de algum modo eles sabiam que eu estava certa. Eu sabia que eu estava certa. Qual é a lógica de Logan deixar meu pai vivo em algum lugar depois de ter todos nós em suas mãos? E qual a razão dele desligar a energia sempre nesse horário?
-- Gente, não sei se vocês se lembram, mas temos apenas 30 minutos para descobrir tudo desse lugar se conseguirmos. - disse Stephen nos levando para a realidade.
-- Isaac e Michele venham comigo. - disse. - Stacey e Stephen vão por aquele lado e mamãe, Larissa e Tyler vão por aquele. Nos encontramos aqui quando estiver perto de acabar o tempo.
-- Mas como vamos saber se o tempo está acabando? - perguntou Larissa.
-- Vocês vão escutar um barulho. - disse Stephen. - Um gerador sendo ligado.
-- Pronto, estamos combinados. - disse. - Tomem cuidado. Todos.
Olharam para mim, balançaram a cabeça em concordância sérios e seguiram seus caminhos. Eu, Isaac e Michele seguimos nosso caminho até aquela porta.
Descemos várias escadas que chegavamos a acreditar que não tinham fim, mas era impossível essas escadas não terem fim.
-- Onde elas param? No inferno? - disse Michele.
-- Talvez seja lá que o Logan mora. - disse Isaac, o que fez Michele sorrir. Algo muito raro de se ver.
-- Olha só... O senhor certinho fazendo piadinhas. Gostei. - falou.
Então escutei vozes vindo de um pouco mais abaixo de nós e logo deduzi que estavamos chegando ao nosso lugar. Mandei eles dois ficarem em silêncio e descemos as escadas lentamente para não fazer nenhum tipo de barulho. Não conseguia entender o que estavam falando, mas com certeza era a voz de Logan, Sabrina e Britanny. Olhei para Michele que pareceu bem abalada ao reconhece a voz de sua amiga. Descemos mais um pouco para tentarmos escutar o que eles falavam.
-- Vamos simplesmente acabar com isso. - disse Britanny. - Pra que prendê-los aqui? Faça logo o que você quer fazer de uma vez e acabe logo com isso.
-- Oh, Britanny. Doce e inocente Britanny. - disse Logan. - Nós vamos acabar com isso logo, logo. Ele já está entre a vida e a morte mesmo.
Meu sangue congelou novamente e perdi minha respiração. Eles estavam falando do meu pai? O que ele tinha feito com meu pai? Será que aquela enfermeira estava mesmo me contando a verdade? Se meu pai está mal assim, eu preciso encontrá-lo imediatamente.
-- Então vamos deixá-lo morrer lentamente assim mesmo? - perguntou Britanny. Sentia o olhar de Isaac em mim, mas evitei olhá-lo pois sempre acabava me rendendo e chorando em seu ombro. Dessa vez ia ser diferente, eu iria permanecer forte e iria salvar meu pai.
-- Lentamente é melhor, querida Britanny. - escutei claramente a voz da vadia da Sabrina. - Assim ele paga por todos os seus pecados.
-- Vocês são loucos. - disse Britanny.
-- Obrigada, docinho. - falou Logan com a voz de psicopata de sempre. - Mas elogios não vão livrar você dessa, sabe o que deve saber.
-- Matar todos enquanto estiverem dormindo. - disse Britanny como se já tivesse dito aquela mesma frase várias vezes.
Nos entre olhamos assustados. Britanny iria nos matar enquanto dormiamos. Não era uma novidade bem reconfortante, mas com certeza não deixariamos aquilo acontecer. Escutamos os passos deles se afastando até ficarem longes o sufiente para não escutarmos mais. Descemos e demos de cara com uma sala com todas as nossas armas e mais algumas adicionais. Não sei se o Logan é burro ou se isso estava em seus planos. Só sei que alguma coisa aqui não está certa.
-- Não toquem em nada. - disse quando vi Isaac indo pegar sua amada flecha. - Tem alguma coisa errada.
-- Sim, tem mesmo alguma coisa errada. - disse Michele irritada. - E eu te digo o que está errado. Estamos presos nessa merda de hospital, hospício, seja lá o que essa droga for, e estamos completamente desarmados e em ameaça de sermos mortos enquanto dormimos. Se você acha mesmo que eu vou entrar em uma sala cheia de armas sem sair com ao menos um revólver, está muito enganada. Não quero ter pesadelos de noite com a minha morte. Obrigada.
Pegou uma arma em cima de uma estante e o alarme soou novamente. O mesmo alarme agoniante que escutei quando tentei abrir a porta.
-- Não entendo, a energia não estava desligada? - gritou Michele tampando os ouvidos.
-- Talvez ela tenha voltado e nem tenhamos visto. - gritou Isaac de volta, também tampando os ouvidos.
Escutamos algum gerador ser desligado novamente.
-- Acho que agora parou. - disse Michele.
-- Eu não teria tanta certeza. - escutamos a voz de Logan logo atrás de nós. Nos viramos e demos de cara com Sabrina e Britanny com armas apontada para nós. Os olhos de Michele ficaram marejados.
-- Britanny, por favor. - disse.
-- Sinto muito, Michele. Você sabe o quanto eu sou capaz de fazer para salvar minha mãe. - respondeu sem falhar em momento algum, prosseguiu dura e fria. - Lembra quando eu matei Kayle? Minha mãe está viva e bem alimentada por causa disso.
-- Eu fiquei sem olhar para a sua cara por anos, não sei porque ainda me preocupo com você. - disse, dava para sentir o ódio em sua fala. - Kayle significava muito para mim, e você sabia disso.
-- Espera, Kayle não era o nome da sua irmã? - me envolvi.
-- Sim, - respondeu tristemente - era.
-- Esse momento está muito lindo, mas tenho que interrompê-lo. - disse Logan. Tinha até me esquecido da sua presença naquele local.
-- Tenho algumas perguntas para você. - disse me dirigindo à ele.
-- Amaria as responder. - disse com seu sorriso sínico.
-- Onde está meu pai? - perguntei.
-- Ah, isso... - disse. - Minha queria destemida, ele está em algum lugar desse prédio na qual eu não me recordo.
Mentira!
-- Você sabe muito bem onde ele está. - digo. - Por isso você desliga toda a energia nesse horário, não é? Para ir visitá-lo.
-- E desligar as máquinas que o ajudam a respirar.
-- Seu... - dei um passo ameaçador para a frente, pretendendo atacá-lo, mas fui impedida pela puxada do gatilho de Sabrina.
-- han-han querida, pode indo para trás. - disse Logan. - Aqui, vocês são só meus, estão sob meus comandos e meus poderes.
-- Eu não teria tanta certeza. - disse Isaac apontando uma arma na cabeça de Sabrina. Logan sorriu.
-- Eu superestimei você, garoto. Estou realmente impressionado. - disse Logan. - Vá em frente, atire. - Sabrina o fitou aterrorizada. Como Logan o deixaria matar sua própria filha?
-- Você o deixará me matar, papai? - disse com lágrimas nos olhos. - Pensei que você me amasse.
-- Pense novamente. - respondeu com frieza. - Vamos! - o pressionou. - Atire se for homem de verdade! - Então Isaac puxou o gatilho e apertou. Estourando os miolos da cabeça de Sabrina, derrubando sangue em Logan, que sorria.
-- Acione o alarme. - falou para Britanny. - Entramos em outra luta.
Logan e Britanny saíram correndo. Isaac ainda tentou atirar nele, mas ele foi mais rápido que imaginávamos que seria e conseguiu escapar.
-- Droga. - reclamou.
-- Ele é doente. - falei.
-- Vamos. - disse Michele jogando minha arma para mim. - Como ele disse, estamos entrando em outra luta, e dessa vez a guerra vai acabar com Logan morto.
Carregamos armas e munições o suficientes para todos. Chegamos nos quarto saímos jogando armas em cima deles.
-- O que está acontecendo? - perguntou minha mãe quando joguei a arma em cima dela.
-- A luta começou. - respondi. - Tente não morrer.
Sai do quarto as pressas, com alarmes tocando e todos nós nos encontramos no mesmo local que antes.
-- Vamos vencer. - foram as únicas palavras de Isaac antes de outros espiões aparecerem.
Isaac acertou na cabeça de um assim que ele apareceu, sem ao menos olhar para ele direito.
-- Se espalhem, temos que encontrar Robert.
Fizemos o que Isaac falou e saímos em luta. Eu vou te achar papai, eu vou te salvar.
Michele matava todos sem piedade, assim como eu. Stacey sempre acertava no coração, muitas vezes na cabeça. Vi Michele arrancar a garganta de um e ela parecia apreciar aquilo. Eu apreciava aquilo. Estava apreciando ver todos os espiões de Logan caírem duros e frios no chão. Eu esperava apreciar ver Logan caindo duro e frio no chão, tão duro e frio quanto a sua alma.
Saí correndo e entrei em uma sala, onde dei de cara com John McCall e o pequeno.
-- Olá docinho. - disse John. - Sentiu minha falta?
-- Não tanto quanto você sentou a minha. - apontei minha arma para sua cabeça, mas senti outra atrás de mim.
-- Não tão fácil, Katherine. - falou o pequeno.
-- Apenas minha mãe me chama de Katherine. - chutei seu pé, agarrei sua mão, tirando a arma dele e quebrei seu braço. Rapidamente apontei a arma para John, que também apontava para mim.
-- Acho que estamos num impasse aqui. - disse. Então uma flecha atravessou seu crânio, tirando todo o brilho dos seus olhos e o fazendo cair no chão.
-- Não gosto de impasses. - disse Isaac. - São sempre muito tediosos. - sorri para ele.
-- Meu herói. - falei com ironia.
-- Não há de quê. - retrucou.
Saimos correndo, atrás da sala de Logan. Pegamos um dos espiões e o trouxemos para a sala que antes estávamos. Jogamos ele no chão e Isaac chutou seu estômago.
-- Onde está Logan? - perguntei firmemente. Ele sorriu e cuspiu sangue.
-- Acha mesmo que eu lhe diria, assim, fácil? - disse. - A propósito, meu nome é George.
-- Não foi essa pergunta que ela lhe fez. - falou Isaac e esmurrou 5 vezes sua cara. - George.
Ele cuspiu mais sangue, mas não sorria desta vez.
-- Ele está no segundo andar. - disse, tossindo e com dificuldades em respirar.
-- E onde fica as escadas? - perguntei novamente, e ele não respondeu. Então Isaac cortou sua mão, o fazendo urrar de dor.
-- No refeitório! - exclamou. - No refeitório.
-- Obrigada, George. Você foi de tamanha necessidade. - disse Isaac apontando uma flecha em sua cabeça.
-- Espera, vocês não me deixaram sobreviver? - perguntou em desespero. Meu coração voltou a falhar novamente.
-- Você não nos fez prometer nada. - disse Isaac esticando mais a corda do arco.
-- Por favor, eu tenho mulher e filhos. - implorou. - Eles estão esperando por mim.
-- Deveria ter pensado melhor antes de se meter na gangue de Logan. - disse friamente.
-- Eu não sabia que entraria em uma guerra, só queria mais grana para poder sustentar meus filhos. Minha princesinha irá completar 1 ano depois de amanhã.
Suas palavras não pareciam fazer Isaac ceder, ele estava bem determinado em matá-lo pelo simples fato dele ser do time de Logan, ou gangue, como ele chama.
-- Isaac! - o repreendi, então ele foi soltando a corda aos poucos. Tirei minha jaqueta e envolvi em sua mão.
-- Fique aqui até tudo isso acabar, então vá para casa. - falei, ele olhou para mim e balbuciou um obrigado, e se isolou em um canto daquele local.
Saímos em direção ao refeitório. Tivemos muita dificuldade para entrar lá, pois quanto mais perto chegávamos, mais espiões pareciam ter. Em meio a luta, eu levei um corte de faca na minha barriga, e Isaac teve uma bala raspada em seu braço. Mesmo assim conseguimos entrar e correr até as escadas, com a ajuda de Stephen e Stacey distraindo os espiões enquando subíamos. Chegamos ao segundo andar e demos de cara com uma sala que parecia pequena do lado de fora. Ao entrarmos, vimos o quanto ela era enorme e cheia de computadores. Vimos as telas nas quais filmavam nossos quarto e vi minha mãe lutando em seu quarto. Torci para que ela ficasse bem.
-- Ora, ora... - escutamos a voz de Logan no local e logo nos viramos, apontando nossas armas para ele. Ele levantou os braços mostrando que estava desarmado e não nos atacaria. - Então vocês descobririam meu esconderijo. O que acharam do local?
Permanecemos calados e com armas estendidas para Logan, seguiamos cada movimento seu. Ele andou até o seu computador e observou o quarto onde minha mãe estava.
-- Ela sempre foi destemida, como você, querida Kate. - disse, ainda observando a tela. - Vocês podem atirar em mim agora, - se virou e me encarou. - mas saiba que seu pai está logo atrás daquela porta. - apontou para a porta e meu coração acelerou.
-- Não vá, Kate! É uma armadilha! - exclamou Isaac, mas eu não o dei ouvidos e continuei andando até a porta.
Entrei e vi várias enfermeiras ao redor de uma cama. Escutava máquinas apitando e elas falavam ao mesmo tempo em que andavam agitadas. Estavam todas agitadas. Entrei lentamente até ver que quem estava naquela cama era meu pai. Corri para mais perto para vê-lo.
-- Papai! - exclamei, como se ele fosse esperar por mim, ele me observou e disse "Eu te amo." enquanto eu corria até ele, mas assim que puxei as cortinas, as máquinas pararam de apitar, para ficar um som só, um som agoniante e que nunca significava algo bom.
-- Hora da morte? - perguntou uma enfermeira. Meu olhos se encheram de lágrimas.
-- 16:20 do dia 4 de Junho. - respondeu outra.
Não aguentei e comecei a chorar. A senhora enfermeira que apareceu em meu quarto mais cedo chegou perto de mim e colocou sua mão em meu ombro. Como quem me desse força. Ela ainda parecia machucada e tinha hematomas em suas pernas e braços. Mas nada mais me importava naquele momento. Agora que meu pai se fora, a primeira coisa que estava em minha cabeça e em minha lista era matar Logan. E desta vez ele não ia me escapar.
Sai daquele local mais acabada do que antes, não só fisicamente, como psicologicamente. Olhei para Isaac que ainda mantinha Logan em sua mira. Logan estava sentado e o fitava sorrindo. Virou sua cara e olhou para mim.
-- E então, como está seu pai? - perguntou.
-- Ele está como você, - respondi e vi a dúvida em sua expressão. Peguei rapidamente minha arma e puxei o gatilho apontando para ele. - morto. - então atirei e sua cabeça estourou.
Não senti nenhuma diferença em mim. Na verdade, eu não sentia nada. Isaac continuava perguntando como eu estava enquanto deixava eu arrastar o corpo de Logan sozinho. Eu não respondia nada, nem reclamava, muito menos olhava para ele. Joguei Logan da escada e desci logo em seguida, recebendo o olhar de todos.
-- Eu matei Logan Swan! - exclamei. - Agora todos vocês são meus!
E o inesperado aconteceu, todos gritavam e comemoravam, outros ainda estavam pasmos pela morte de Logan e se ajoelharam, se sentindo perdidos e submissos a mim. Outros choravam a sua morte, e outros simplesmente continuaram com a mesma cara e não fizeram nada, a não ser observar e me dedicar lealdade com o olhar.
-- Katherine! - escutei a voz de minha mãe a me chamar em meio a multidão, e toda minha frieza passou. Queria abraçá-la e chorar em seus ombros. Pelo menos tudo isso já está acabado. - Katherine! - chegou mais perto, e assim pude a ver. Estava machucada, seu braço sangrava, mas mesmo assim permanecia forte. - Onde está Robert? Filha, onde está seu pai? - perguntava em desespero. Olhei para multidão que também esperava uma resposta para isso. Todos queriam saber sobre meu pai, e eu tinha que dar a má notícia.
Fitei a todos que esperavam preocupados e ansiosos. Antes que eu pudesse responder algo, abaixei a cabeça e deixei as lágrimas escorrerem. Senti os braços de Isaac ao meu redor, e me senti parcialmente melhor.
-- Eu cheguei tarde demais. - todos já haviam percebido e abaixaram a cabeça. - Eu sinto muito, só cheguei a tempo de vê-lo fechar os olhos e entrar em um sono profundo.Saímos daquele local, arrumando nossas coisas, alguns vinham com carros e vans. Vi vários corpos no chão, vi que tinha também alguns espiões da 'Super'. Abaixei a cabeça em sinal de respeito a todos os mortos, mesmo aos inimigos.
-- Você foi uma guerreira. - disse Isaac me abraçando de lado. - Eu não poderia estar mais orgulhosos de você, e tenho certeza que seu pai também ficaria.
Olhei para a paisagem e sorri. Me lembrei do quanto meu pai amava ver o sol nascer, ele dizia que acordava cedo apenas para ver o sol nascer, as vezes chegava a não dormir. Mal eu sabia que ele prezava pela nossa segurança e o nascer do sol era a única coisa bonita que ele via enquanto vigiava nossa casa e matava desordeiros.
-- É... - respondi, e olhei para ele. - ficaria.
Nos beijamos ao nascer do sol, e por alguns segundos eu me senti bem, como se algum dia eu fosse conseguir superar tudo isso, e principalmente a morte do meu pai.
-- Vai ficar tudo bem. - disse Larissa, se aproximando juntamente com Michele. - Está tudo acabado agora.
-- Onde estão Stacey e Stephen? - perguntei.
-- Estão sendo cuidados, tiveram ferimentos graves, assim como outras pessoas. - respondeu.
-- Acho que você também deveria cuidar desse seu corte. - disse Michele nos observando. - Todos os dois.
-- Estou bem. - respondi, mas senti meu corpo fraco e quase cai.
-- Vamos, eles vão cuidar de vocês.
Fomos até o local onde alguns espiões cuidavam de outros. Aquele local estava cheio, mas era bonito ver todos cuidando um do outro. Espiões que antes serviam a Logan cuidando de espiões que antes serviam a Robert, e assim então. Vi George, tendo o braço enrolado em algo. Ele me avistou e sorriu para mim, fazendo um sinal de gratidão. Sorri de volta para ele, esperava vê-lo novamente, e esperava que ele tenha perdoado Isaac por quase o matar.
Voltamos as agências, alguns voltaram para casa, mas o mais importante é que todos voltaram as suas famílias.
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Serial Killer
ActionKate foi mandada para sua primeira missão, mas nada saiu como ela esperava, na verdade, foi tudo totalmente ao contrário.