Capítulo 10: Sub

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SELENA NARRANDO

Eu juro que estou em choque até agora, não entendi nada. Estava na minha mesa terminando algumas anotações pra ir embora, quando o meu chefe chega perto de mim e fala bem baixinho:

"Adorei a nossa conversa, Sub"

Eu não sei se ele tem demência ou se me confundiu, por que primeiro, o que diabos é Sub? E segundo, que porra de conversa foi essa? Eu fiquei olhando ele ir embora mas a minha cara de confusa ficou, sacudi a cabeça pra parar de pensar nisso e fui terminar o que estava fazendo pra sair dali logo.

Fui pra casa e meus pais me lotaram de perguntas. Eu até tentei fugir mas não conseguir. Falei que foi de boa.

— Fez amizades? — perguntou minha mãe animada.

— Não mãe — o que ela estava esperando — amanhã eu faço — dei um sorriso forçado e fui pro meu quarto.

A semana correu bastante rápido igual eu corri do meu chefe maluco que não parava de ficar sorrindo pra mim. Mais um dia chegou ao fim. Uma bela sexta feira e eu só pensava no meu quarto. Tenho ficado muito cansada indo pra escola de manhã e indo direto pro trabalho. Fico bem meu canto nos dois lugares.

Chegou segunda feira (que merda) e fui da escola pro meu trabalho. Espero não encontrar aquele cara esquisito de novo viu e nem me depare com ele..

Quando entrei no prédio olhei ao meu redor com muita cautela pra ver se não encontrava aquele troço mas ufa, nenhum sinal.

Andei tranquilamente em direção a cozinha para esquentar rapidamente minha marmita e olha pra trás e tomo um susto:

— Oi, Sub!... Como você está? — isso é um verdadeiro castigo do monstro, ele voltou — percebi que estava se desviando de mim a semana toda. Não seja tímida meu bem. — pegou minha mão acariciando e só fiquei atônica olhando fixamente para minha mão sendo pega por um sem noção.

— Olha, Andrei...

— É André.

— Enfim, André, meu chefe... Não sei se alguém te contou, mas isso aqui é um ambiente de trabalho — tiro minha mão em súbito de cima da dele e dou um sorrisinho forçado sem graça.

— Agora está se fazendo de difícil né,
adoro esses joguinhos!... — disse ele tentando fazer um olhar e um sorriso sedutor e pondo as mãos no queixo e mal sabia ele que estava achando toda essa cena ridículo.

— Se estou evitando o senhor é porque certamente não estou afim nem um pouco, isso é lógica não?! E é o óbvio... — falei o mais brando possível e sem querer ofender pra não perder o emprego logo de cara. Ele ficou me olhando meio confuso e saiu. Resolvi não pensar nisso. Até porque sou paga pra trabalhar e estou fugindo de tudo e de todos.

     ANDRÉ  NARRANDO

Que menina maluca do caralho! Meu Deus, uma hora só falta pedir pra mim socar fundo dentro dela e na outra me quer bem longe! Ih, chega de maluca, já basta a minha mulher!

Volto pros meus afazeres que não são poucos. Acabo o meu expediente e eu já estava indo pra casa. Peguei meu carro, olhei meu celular, respondi algumas pessoas e dei partida. No meio do caminho, vi Selena na rua. Eu poderia passar direto? Poderia, mas por algum motivo eu parei do lado dela:

— Quer carona? — perguntei sorridente.

— Só se você me levar pro motel — ela mordeu os lábios e meu amigo acordou na hora, ficando tão duro que apertou as minhas calças!

Abri a porta e fiz sinal pra ela entrar. Entrou delicadamente, nem parecia a mesma pessoa de mais cedo. Não conseguia tirar os olhos dela.

— Selena você está me deixando maluco sabia? — meu olhar estava cheio de obsessão.

Cinco Versões de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora