Capítulo 23: O Último Cálice de Chá: Fatality

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Vários dias chorando, soluçando e com o corpo completamente todo dolorido por todas as formas de surra que levei do meu pai...

Meu tio soube o que aconteceu e foi conversar comigo no quarto. Ele disse que não era para eu ter contado ao meu pai sobre a doença que tinha e falou que desde o princípio era para eu ter mantido isso em segredo. Perguntava pra ele o que eu tinha e por que minha mãe afirmava que estava "grávida" o tempo todo, o que isso significava? Ele disse que minha doença só piorou e formou um "vírus" na minha barriga e me detalhou que tinha uma solução para eu ser curada nesse caso específico logo.

Ele me explicou que eu precisaria tomar várias pílulas como misoprostol para que eu fique melhor e pare com a "gravidez", e disse que o mesmo iria na farmácia pessoalmente comprar mas sem meus pais saberem.

...

— Tome minha princesa, você ficará bem melhor. — tomei o mais rápido possível só para aquele "vírus" saí da minha barriga.

Era 01:00 da manhã. Minha crise de ansiedade e de pânico por causa dessa experiência que estava vivenciando de não saber como meu estado estaria depois de alguns dias, só me deixava mais depressiva, cabisbaixa, anêmica e sem ter consolo algum!...

Até que, vi uma sombra debaixo da minha porta entrando. A figura deteriorada estava se formando levantando-se  de pé, me encarando com um olhar compassivo, mas ao mesmo tempo bem demoníaco. Estava vendo o próprio Diabo na minha frente mas é como se só ele, o ser mais "perverso" de todo o mundo era o que mais estava presente nesse meu momento sombrio. Decidir ouvi-lo pois era o que estava lá para me auxiliar.

— Você sabe como os bebês são feitos? — o ser degradante me perguntou seriamente essa questão. Por incrível que parecia, não sabia me responder porque meus pais nunca me explicaram e me deram essa informação.

— Não. O que isso tem a ver com a minha situação de agora? — fiquei com um olhar inchado de tanto chorar e não estava entendo nada.

— Te explicarei meu pequeno e inocente anjo, e você vai tá com o poder das mãos depois para decidir o que fará com o mistério que vou te revelar!... — ele ou ela, seja lá o que era, mas só sei que parecia uma criança pequena naquela forma, deu um sorriso tão grande, tão aterrorizante ao mesmo tempo, que a gargalhada me fez estremecer de tanto pavor por dentro.

...

Minha ficha caiu completamente e a venda dos meus olhos foram tiradas... O "brinquedo" não era brinquedo, a "gosma branca" não era o efeito do remédio, a "doença" não era um "vírus", a crise de raiva que meus pais estavam tendo não era pelo medo de me perder... O tio Paulo não era um "curandeiro" que os diferenciava dos médicos como ele mesmo se autodeclarava...

Saí de lá do meus quarto correndo direto para o banheiro para vomitar tudo o que estava sentindo e todo o efeito que essas revelações me fizeram depois de ter ouvido aquela criança com aparência trevosa me contar a verdade!...

Lágrimas caíram e segurei apertando minha barriga com força com o rosto predisposto pro vaso vendo toda aquela nojeira que eu tinha feito.

O ser apareceu atrás de mim mais uma vez, sussurrando no meu ouvindo e me propondo algo bem tentador e simplesmente aceitei pelo valor do momento para cessar meu sofrimento!

Só sei que sentir uma energização de virilidade muito grande invadindo meu corpo para pôr o plano em ação e executar a estratégia que estava em minha mente que agora de inocente passou para uma imaginação mais fértil.

...

Meus pais não estariam em casa naquele dia. Como meu tio estava morrendo de vontade de me "remediar" para eu ficar logo melhor, falei que também estava ansiosa para esse momento e farei para ele que faria movimentos bem bruscos, nem antes vistos por ele para intensificar mais ainda a "cura", para tanto o "paciente", eu, ficar feliz, quanto o "terapeuta", que é ele, para estar satisfeito!

Cinco Versões de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora