Capítulo 6: Trio em Ataque

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Depois de um bom tempo sem ficar no celular porque até agora não estou entendendo mais nada do que está acontecendo, fora que dias anteriores minha mãe disse que me comportei igual uma criança pirracenta e só não levei uma bela de uma porrada na cara por causa daquele momento de boas notícias. Mas sei lá, será que bebi muito nesses dias ou alguém colocou droga na minha comida ou bebida pra eu agir assim segundo eles?! Não vou pensar muito, vou é me encontrar com minhas amigas para elas explicarem toda essa situação porque tá foda! Só estou mais tranquila porque agora descobrir que vou ter um irmãozinho e sempre foi meu sonho desde criancinha.

Mandei mensagem no grupo para a gente se encontrar no parque, só a Isabella me respondeu. Estranho. A Brenda só visualizou a mensagem e nem deu sinal de vida. Mandei mensagem no privado para a Isabella e ela só disse que iríamos conversar sobre toda essa situação pessoalmente e disse que estava muito chateada comigo e nem queria me ver mas daria uma chance para eu me explicar. Caralho, o que tá acontecendo?!


Cheguei lá no parque e vi de longe as duas em pé e de braços cruzados. Puta que pariu, acho que fiz merda mesmo...

Fui me aproximando bem devagar até estar perto. Elas estão com um olhar de ódio tão grande que baixei até a cabeça na hora de cumprimentar:

— É, o... — Isabella não deixou eu nem falar.

— Vai, se explica!

— Meninas, olha, juro que não sei o que está acontecendo!...

— Ah é, deixa eu refrescar sua memória — começou Brenda descruzando os braços e pondo as duas mãos na cintura — É, vamos lá, você agiu igual uma maluca naquele dia, quebrou o celular da garota, deixou ela desmaiada e... — pausa dramática — quando fui tentar te tirar, você me deu um tapa bem dado na cara! Nem minha mãe já levantou a mão assim pra mim! — ela se aproximou, agora eu tinha certeza quem iria levar tapa na cara sou eu.

— Olha Selena!... — respirou bem fundo, fechando os olhos e conteve o soco que tinha formado nas mãos.

— Eu queria dar uma explicação que fosse resolver tudo entre a gente — falei com muita sinceridade — só que eu realmente não me lembro de nada disso. Fora que meus pais também estão fazendo reclamações parecidas e eu também não consigo me lembrar de nada — lágrimas cairam sem o meu controle — acho que estou ficando maluca, não é possível! Uma hora eu estou no meu quarto e quando me dou conta estou em outro lugar e todos estão com raiva de mim!

Elas ficaram paradas me olhando sem falar nenhuma palavra. Não conseguir desviar o olhar. Um silêncio entre a gente começo a se tornar um buraco que me puxava. Brenda foi na direção de um banco e se sentou cobrindo o rosto com as mãos:

— Eu — ela hesita por um momento — eu te conheço tempo suficiente pra saber quando você esta mentindo. E da pra ver que não está, só não consigo entender...

Isa ficou parada do meu lado com uma cara de confusa:

— Então você é sonâmbula? — Isa pergunta do nada fazendo nós duas olhar pra ela ao mesmo tempo e começar a rir.

Depois disso o clima ficou mais leve. Elas me contaram tudo com detalhes e eu falei de tudo que aconteceu na minha casa:

— Eu juro pra vocês que nunca vi meus pais tão chateados comigo.

— Imagino — comentou a Isa — Mas é porque vocês também acabaram discutindo na sala da diretora acredito. Enquanto eu tava indo para o banheiro, escutei a fofoca pela metade mas não conseguir captar tudo — disse ela com expressão de chateação.

— Estava tão emputecida com a Selena que eu nem conseguir raciocinar direito para ir lá e entender.

— Mas como eu não me lembro disso, o que você ouviu Isa?

— Ouvir você gritando com seus pais como se eles não fossem seus pais, sei lá, parecia uma Selena completamente diferente do que nós conhecemos — parou reflexiva e continuou — você é mais paciente e se calaria naquele momento tenho certeza. Mas você começou a dizer que seu nome não é Selena, era alguém com a letra A, sei lá!

— Alice, Alexandra, Alisson, Andréia, Aline? — Brenda começou a citar nomes.


— Não, não, não era nenhum desses que eu me lembre... — fechou olhos fazendo esforço — É, a... — e ficou nessa por muito tempo e nada veio a mente.

— Isso só tá me gerando estresse e ansiedade...

Volto para casa bastante pensativa e reflexiva. Entro no meu quarto e me encontro em um estado de tristeza muito grande por não ter noção de nada e começar a me perguntar se tenho algum transtorno psicológico: será que sou bipolar ,tenho borderline, sou esquizofrênica, sou psicótica?! Minha mente está me matando...

Cinco Versões de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora