Capítulo 2: Aquele Gato

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A semana se arrastava e eu só pensava no sábado. Não teve nada de importante durante a semana ou pelo menos nada no qual eu me importe. Rir ao pensar nisso.

Quando finalmente chegou sábado, lembrei que não pedir permissão aos meus pais, então acordei cedo fui pra cozinha fazer o café deles, tinha que pedir com estilo:

— hummm, que cheirinho bom é esse? — pergunta minha mãe sentando na mesa.

— Café — Falei levando a xícara dela até ela.

— Café feito por você ? — meu pai apareceu logo atrás e sentou também.

— Sim — respondi rindo — e também tem bolo —  coloquei a xícara do meu pai e o bolo que comprei na padaria, junto com os pães na mesa.

— humm tudo isso, logo cedo feito por você — meu pai colocou a mão no rosto com ar de dúvida — isso tudo é amor?

— Ai pai, para — ri alto e me sentei — sabe que amo vocês!

— Tá Selena, o que você quer? — minha mãe perguntou.

— Nada mãe — fiz biquinho.

— Fala logo — mandou ela passando Manteiga no pão.

— Hoje tem uma festa que eu queria muito ir — falei rápido cortando o bolo.

— Quem vai? — perguntou meu pai.

— Bom, quem vai comigo... — parei porque estava mastigando — Isa e a Brenda.

— Ok, manda o endereço pra qualquer coisa eu ir te buscar — finalizou meu pai tomando seu café logo em seguida.

— Obrigada papai — sorrir pra ele.

Confirmei com as meninas. Vi um filme com os meus pais, na verdade eu dormir e quando percebi já era seis horas, então fui tomar meu banho. Fiquei super limpinha e fui ver uma roupa pra ficar mais gata ainda. Escolhi um vestido vermelho colado de alça fina, fiz uma maquiagem simples na boca e um vermelho vivo, uma gargantilha, um brinco, e pra terminar, um coque bagunçado com duas mexas na frente.

— Linda — me exalto olhando no espelho e quase esqueci meu salto.

Oito horas saí de casa pra me encontrar com as meninas. Meu pai me levou. Desci do carrão dele super me sentindo até porque ninguém precisava saber que era meu pai.

Nem precisei ficar na fila porque já tínhamos os ingressos. Na fila tava só quem iria comprar na hora. Não estava cheio e nem vazio. Fui na direção do bar para pegar algo e beber. Peguei uma caipirinha e fui admirar o lugar com as meninas: música boa, pessoas bonitas e tinha tudo pra ser uma noite do caralho!

A gente já começou a dançar e cada vez mais entrar no clima! O lugar foi ficando cheio e eu bebendo cada vez mais. E nessa empolgação eu vi naquela pouca luz um menino que mecheu comigo. Literalmente, ele chegou perto de mim, deu um cheiro no meu pescoço que fez tudo em mim se tremer, tudo de verdade! Foi para trás de mim mas meus olhos não saíram dele. Foi dançando comigo num ritmo tão bom que a minha calsinha ficou encharcada. Fui me esfregando nele bem lentamente. Quando me virou em direção a ele tão rápido que a única coisa que percebi foi seus lábios macios nos meu: Um beijo tão quente com gosto de menta  que me fez derreter se não fosse suas mãos firmes me segurando, e que por sinal, que pega!

Se eu pudesse falar eu diria que "sou toda sua" mas me faltava ar e noção das coisas. O beijo foi ficando intenso. Ele afundou as mãos no meu cabelo e me puxou mais para perto e quando me soltou, fiquei encarando ele e a minha única reação foi dar meu celular anotando o número. No momento que olhei em baixo pra mandar um oi no whatsapp, ele havia sumido e só me sobrou o seu contato salvo como Vitor.






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