Capítulo 21: Sol Escurecido

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SELENA ON:

Acordei em um lugar escuro e frio, poderia dizer que é um pouco sombrio. .

Olho para os lados e não vejo nada além de uma grande escuridão em cima de mim... tem uma luz fraca que não sei dizer da onde vem e nem o que está produzindo ela.

Gritei alto, porém, sem nenhuma resposta.

O tempo foi se passando e a minha mente estava a mil:

Eu morri?

Estou no inverno?

Entre outras coisas...

Depois de um tempo me sentei e me permitir chorar. O sentimento de confusão e solidão está tão presente em mim.

Quando eu já havia desistido de tentar entender o que estava acontecendo comigo e aceitei o meu destino, escutei passos que ficaram mais altos mostrando que alguém estava vindo na minha direção. Sei que o esperado por qualquer pessoa nessa situação seria pânico, medo e confusão, mas algo no som me causava um sentimento de alívio só de saber que não estava sozinha ali.

Sem nem pensar no que poderia ou em quem poderia está ali comigo, a figura parou bem na minha frente e ficou a me encarar:

— Prazer.

Eu sinto que deveria saber quem era a pessoa que estava na minha frente, porém não conheço. Era uma menina morena com os cabelos ondulados cheios e curtos um pouco acima do ombro. Ela era baixa, no máximo 1.50. Fiquei calada não por motivo de medo ou surpresa, e sim porque não sabia o que falar mesmo.

— Me chamo Sol.

Ela falou isso como se significasse algo pra mim, porém eu estava totalmente perdida, então falei a única coisa que veio na minha cabeça:

— Me chamo Selena — dei de ombros e ela bateu com a mão no rosto e eu fiquei só olhando pra ela.

E do nada me deu um estalo. Me lembrei do nome e da descrição da Alisson. Aquela na minha frente era a Sol: olhar frio e de indiferença dela não me deixava me enganar.

— Ai meu Deus — a ficha caiu e com ela a minha mão foi na boca e um sentimento de confusão tomo conta de mim. E agora, o que eu faço, Isso é real?!

— Sei que você tem um monte de perguntas, da pra ver pela sua cara — ela me olha com atenção — Mas não estou aqui para tirar suas dúvidas, e sim pra te contar quem eu sou, ou melhor, quem eu já fui.

SOL ON:

— Solange minha filha, vamos logo!

Levanto da cama com a minha mãe me acordando. Me chamo Solange mas conhecida como Sol... Tenho 17 anos e uma vida relativamente boa. Acho que posso descrever assim.

Moro com a minha mãe. Uma mulher elegante e uma ótima dona de casa, e com o meu pai, um coronel respeitado, um homem de bons valores morais. Também moro com meu irmão mais novo de 7 anos, um pirralho adorável, e a minha irmã de 12 anos, uma garota com a autoestima tão elevada que nenhuma palavra do mundo pode deixar ela de mal humor. Bom, minha família é uma família relativamente "normal".

O ano é 1940 e estamos no verão. Me levantei, tomei um banho, coloquei meu vestido e as minhas sandálias. Não quero me gabar mas sempre ando na moda! Minha casa era relativamente normal, posso chamar ela assim: 3 quartos, sala, cozinha, banheiro, sala de jantar e um lindo jardim na frente da casa com flores roxas preferidas da minha mãe.

Meu pai tinha saído cedo para resolver uns probleminhas no trabalho. Só estava minha mãe e eu em casa. Minha mãe percebeu que meu pai tinha esquecido a mala com uns papéis importante, então ela falou comigo:

Cinco Versões de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora