sete

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Sete

—Papai!

Hija! — o senhor e a delegada se abraçaram apertado. Não se viam há uns dois anos. —Que saudades eu estava...

—Eu também, papai. — a morena se afastou minimamente para poder analisar melhor o senhor. —Como está? Tudo certo?

—Estou ótimo! Cadê minha neta? Vocês estão bem?

—Estamos sim, senhor Mills. Ah! Por favor, não solte gracinhas sobre o Daniel na frente da Lizzie. Se contenha. — pediu em meio a uma repreenda, enquanto guardava a pequena mala do homem em seu carro.

Henry soltou uma risada.

—Eu jamais faria isso! — fingiu ofensa.

—Eu o conheço muito bem, papai. — Regina semicerrou os olhos segurando a risada. —Vamos, Zelena também nos espera.

—Agora!

Henry Mills, um senhor perto dos setenta anos, mas com uma alma jovem. Aposentado, mas ainda afrente da empresa que suou muito para construir. O senhor nunca aceitou muito bem o relacionamento da filha com Daniel, sabia bem da sexualidade da delegada sem ela nunca ter falado nada, então quando descobriu sobre o noivado não entendeu absolutamente nada, mas também não protestou, somente deixou que Regina tomasse as rédeas da própria vida. Henry sempre foi muito supersticioso, acreditava em tudo, desde os Deuses à sonhos. Por isso quando sentiu uma energia ruim perto de Daniel, acreditou fielmente que ele não era a pessoa que faria sua garotinha feliz. Não lembrava de ter tido um bom sonho em que o homem estivesse presente.

—Falo sério, papai, Daniel é importante demais para a Lizzie, não comece com essas coisas de energia ruim perto dela. Ela o ama demais e ficará com uma pulga atrás da orelha se ouvir você falando algo do tipo.

—Mas se eu encontrá-lo não fingirei simpatia, nem juntos estão mais para eu ter de aturá-lo. — Regina respirou profundamente e assentiu.

—Justo.

🚓

Emma encarava um ponto da sala do apartamento, seu olhar estava perdido. Sentia eles arderem mas não conseguia desviar a atenção ou se mexer. Ouvia a risada de Regina saindo abafada, assim como o áudio da tv que estava ligada passando um seriado. Seu coração ficara acelerado de repente, assim como sua boca seca.

—Essa cena é tão fofa...

A voz de Regina soou mais alta, então acordou do transe e olhou para a televisão, vendo do que se tratava.

—Com licença. — falou baixinho, pedindo para a delegada levantar já que tinha a cabeça apoiada nas pernas da loira.

Regina sentou-se no sofá sem se dar conta do estado de Swan, que saiu meio apressada até o banheiro.

Emma se encarava no espelho com o olhar perdido, sentia falta de ar, sua boca estava seca e a cabeça girava. Sentia vontade de chorar, mas por qual motivo? Ela estava bem assistindo... O que Regina pensaria ao vê-la chorar tão de repente?

Swan encostou-se na porta e escorregou até estar sentada no chão, abraçou os joelhos e fechou firmemente os olhos. Se recusava a chorar, sentia a ardência mas não derramava uma única lágrima, não queria...

—Emma? — a voz rouca junto a uma batidinha na porta lhe chamou atenção.

Engolindo o nó na garganta, a loira respirou fundo.

—Oi! Já estou indo. — se esforçou, mas a voz falhou e soube que Regina percebeu assim que ouviu um resmungo da mulher mais velha.

—Amor, tá tudo bem?

Paixão Quase Impossível -  Cenas De Um Crime Onde histórias criam vida. Descubra agora