doze

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Doze 

Regina despertou por volta das sete da manhã. Passou horas no telefone com Swan, conseguindo dormir tranquilamente ao final da chamada.

Bem... não lembrava de ter desligado.

Com pressa pegou o celular e abriu o aplicativo de mensagens.

Emma: desliguei depois que adormeceu. Espero que tenha tido bons sonhos, meu amor.

Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios. Fechou os olhos e soltou a respiração, sentindo-se extremamente amada e apaixonada. Digitou rapidamente uma mensagem de bom dia, desejando um dia leve para Emma e levantou.

Talvez a conversa na noite anterior tivesse aberto seus olhos.

Talvez hoje fosse diferente.

Talvez... ela não tivesse culpa.

Andou até a janela e a abriu, podendo ver o dia lindo que estava fazendo. O sol não estava forte, mas também não fazia frio extremo; estava na temperatura perfeita. Observou a baixíssima movimentação na rua, pôde ver uma mulher passeando com seu cachorrinho, um casal de vizinhos fazendo corrida mas estava tudo calmo.

Inspirou profundamente o ar meio gelado da manhã e fechou os olhos, torcendo para que a sensação boa que estava ao acordar perdurasse pelo restante do dia.

Após terminar sua higiene matinal e arrumar a cama, a delegada deixou o quarto e seguiu até o final do corredor. Deu batidinhas na porta até ter permissão para entrar.

—Bom dia... — falou com a voz suave.

—Bom dia. — ambas sorriram docemente.

Regina se aproximou e sentou-se na beirada da cama, e passou a observar a correria da filha para organizar o material do dia. Não entendia o porquê de não deixar os livros no colégio.

—Tome. — estendeu o papel com sua assinatura. No entanto, quando Lizzie foi pegar demorou um pouco para soltar. —Realmente quer ir?

—Quero sim. — só então soltou o papel e observou a filha o guardar na mochila.

—Durante sua viagem é provável que Emma e eu dê um tempo daqui. Talvez o chalé.

—Eu acho ótimo, mamãe. — Regina sorriu. A mais nova fechou o zíper da mochila e sentou ao lado da delegada. —Precisamos conversar? — pergunta brincando com a pulseira que usava.

Conhecia muito bem sua mãe para saber que aquele visita ao seu quarto não era incomum, mas o seu silêncio sim.

Olhou profundamente nos olhos de Regina e franziu a testa, voltando a expressão anterior rapidamente.

—Nunca aconteceu nada. Foram poucas vezes e era quase imperceptível, tá? Nada aconteceu. — reforça. —Eu já ia contar naquela noite, suas perguntas só anteciparam.

Regina segurou carinhosamente a mão da filha para que a mesma parasse de mexer a pulseira – coisa que ela parecia nem ter se dado conta que estava fazendo.

—Eu vou ver o contato de uma psicóloga. Nós duas iremos, a ideia é ser a mesma mas em horários diferentes. — anunciou atenta às expressões. —Você concorda?

—Sim, mamãe.

—Mesmo? Por quê preciso que me diga a verdade.

—Estou dizendo. Eu realmente quero fazer isso. — ambas sorriram.

—Ok... vou preparar um café rápido e te deixo na escola, ok?

Lizzie assentiu e Regina deixou o quarto.

Paixão Quase Impossível -  Cenas De Um Crime Onde histórias criam vida. Descubra agora