Juro Nunca Mais Amar ( Concluída).

💐Capítulo 07💐

Naquele instante Lan Zhan só queria fugir, talvez mudar de país quem sabe?! Mas, isso não seria uma coisa sensata à se fazer. Teve muita paciência na vida pra se deixar levar por uma fúria e ser lembrado como um estúpido, porque perante um ômega, os alfas nunca devem agir com tanta brutalidade, mas , existe excessões e Meng Yao fazia parte dessas excessões.

Seu instinto dizia pra ele bater no maldito até à morte, afinal, anos atrás tinha sido humilhado, devastado, traído, seus direitos de alfas ainda valia. Seu lado humano racional não deixava, pensava em seus filhos, mesmo não merecendo, sua mente vagava em seus dois tesouros.

Sua essência de desgostos não deixava dúvida sobre o desprazer em ver aquele ser, sua cara lavada, aquele riso debochado, enganava qualquer um, menos ele.

- Não está aqui por causa das crianças, ficou anos sem os procurar , isso porque vivíamos na mesma cidade. - Tentou manter sua postura e calma, porque sua cabeça latejava de dor.

- Não seja cruel, um mamã não pode sentir falta dos seus filhos e do alfa que um dia lhe pertenceu?- Com um jeito descarado tocou nos ombros do alfa que segurou seu pulso com força.

- Entre nós nunca haverá mais nada e , quanto as crianças, perdeu este direito no dia em que assinou aqueles papéis abrindo mão deles. Agora seja sincero comigo, o que quer?

- Me solta! - fez bico ou sentir livre do aperto alheio e direcionou para o diretor. - Está vendo como seu funcionário age?- Tentou se fazer de vítima.

- Senhor, eu não estou aqui, o professor Lan, disse que estou invisível neste local e por isso se sente confortável com a minha invisibilidade. - Falou sério e quase rindo, porque ele sabia da vida do alfa e de como ele sofreu, diretor Park, estudou com ele alguns anos, até se formar e se mudar para Gusu, onde consolidou sua carreira, porém sempre mativeram contato. Sempre foram amigos mesmo à distância, nunca deixaram de se falar, quando soube que Lan Zhan viria para Gusu, pediu para lhe procurar, arrumou uma vaga como professor em sua escola.

Meng não disse mais nada apenas tentava persuadir o alfa , usando seu charme, achando que o mesmo ainda nutria sentimentos por ele, pelo fato de não ter arrumado ninguém durante todo este tempo. Que toda essa raiva era orgulho ferido. Agora que não tinha mais um tostão no bolso, precisava usar seu poder de sedução com gestos e palavras.

- Lan Zhan! Baby! -Apelou para o apelido carinhoso, sempre que o chamava desta forma, o alfa se derretia. Vendo como o alfa fechou os olhos, continuou se aproximando ainda mais. - Baby! Não....- Antes de tentar mais uma , um estalo fez ele cair no chão.

- Nunca! Está ouvindo? Nunca mais me chame assim, e espero nunca mais ter que olhar nesta sua cara novamente. - Olhou para o diretor com os olhos vermelhos de raiva. - Chame a polícia. Não quero ele perto de mim e nem dos meus filhos.

Saiu da sala ouvindo o ômega protestar, xingar e ameaçar. Ele seguiu rumo a sua sala, o ômega não tinha este direito. Quando viu sua sala, não teve coragem de abrir a porta de entrar. Pelo vidro da lateral, Wei Ying o viu e não gostou quando o alfa se afastou.

- Pessoal, preciso resolver algo, continuem as atividades não me demoro. - Saiu procurando o Lan e o encontrou chorando no banheiro. O alfa com as mãos no rosto, virado para a parede, precisando de um ombro amigo e Wei Ying seria este apoio, passou uma das mãos nas costas tentando acalmar o outro. O Lan vira de frente para o ômega e o abraça forte, chorando muito.

Sem perguntar nada deixou o alfa desmoronar sua dor em lágrimas e por mais que não quisesse, sentia que aquilo não doía só no outro, nele também. Um sentimento estranho, de cuidar, querer bem , se apoderou dele. Mas, não era fraterno. Era uma sensação de posse, poder, queria o proteger de todas as formas.