capítulo 04

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(pov krystian)

Estava de boas em casa descansando depois de pegar mais um cliente, estava cheio de dor nas pernas e no quadril, esse foi mais um dos diversos caras que não respeitam nossos limites e só pensam em satisfazer a si próprio.

Tomei um remédio para dor é meu anticoncepcional, bom uma coisa que vocês tem que saber é que eu posso engravidar, é mesmo tomando cuidado para isso não acontecer eu prefiro me previnir tomando o remédio também, até pq camisinhas estouram.

Fui até a sacada do meu apartamento é fiquei vendo a vista da cidade, eu moro antes da cobertura de um prédio classe media baixa, ganhei o mesmo de herança dos meus agora falecidos avós. Ambos moravam aqui a um bom tempo, é morreram juntos no hospital. Pode parecer estranho em  dizer isso mas aquela foi uma morte linda é tranquila... Ambos já tinham vivido tudo o que tinham que viver, é aproveitaram a velhice um ao lado do outro.

Lembro até hoje como foi que recebi a notícia da morte deles, minha tia havia me ligado enquanto eu estava na faculdade, dizendo que o meu avô tinha passado mal é estava no hospital, sai de lar indo direto para o hospital onde o mesmo estava. Quando cheguei lá só estava meus tios é meus primos, todos chorando. Fui até o quarto onde meu avô estava é vi ele deitado na cama com o rosto sereno é pálido, é minha avó estava na poltrona ao seu lado com os olhos também fechados é com a mesma aparência segurando sua mão.

Devem está se perguntando é meus pais pq não estavam lá.!

Bom meu pai assim que eu completei 14 anos, foi preso por tráfico humano e a minha mãe que estava envolvida até o pescoço na história... Fugiu para não sei onde é nunca mais retorno, foi melhor assim, eu fui morar com meus tios mas não fiquei muito tempo, já que o marido dela vivia me assediando é... Tentando me tomar para si, eu não aguentei é fui morar com os meus avós no apartamento que hoje vivo, fui surpreendido no dia da leitura do testamento deles, por sabe que eu havia ficado com praticamente tudo deles.

Quem não gostou muito obviamente foram meus tios, eles tentaram e tentam até hoje tomar parte de tudo o que é meu... Mas como nem tudo são flores, eu tive que começar a trabalhar para poder manter o apartamento é pagar as contas que vinham se acumulando.

Comecei a trabalhar como garçom em uma lanchonete aqui perto fiquei lá por um tempo, mas o salário mal dava para pagar a conta de luz mesmo eu economizando horrores. Então eu tive que sair vendo que não valia a pena.

Depois eu comecei a espalhar currículos pela cidade, até que fui chamado para trabalhar em uma loja de griff em um shopping. O salário era ótimo é deu para eu começar a me reorganizar é adiantar boa parte das contas e comprar comida.

Fiquei lá até o ano retrasado quando completei 20 anos mas a loja começou a passar por uns apertos é começaram a despedir funcionários é eu fui um deles, obviamente eles me pagaram pelo tempo que eu fiquei lá, era uma quantia alta em dinheiro mas eu sabia que não iria durar muito tempo então. Lá fui eu novamente começar a caça outro emprego.

Parecia que eu nunca iria arrumar nada, então em uma tarde eu estava tomando café em uma lanchonete junto com duas amigas minhas que na época eram garotas de programa. Seus nomes eram Mélanie é diarra.

Krys: eu juro gente, eu estou desesperado atrás de um emprego.. eu já deixei currículo em vários lugares mas ninguém me chama para nada. - falei triste, ambas me olharam - eu não sei mais o que fazer.

Mel: fica assim não amigo, uma hora alguém vai te chamar. Você deixou seu e-mail é seu número do celular escritos no currículo né. ? - eu assenti -

Diarra: já viu se aqui estão precisando ?

Krys: já inclusive foi aquela atendente que falou comigo. - aponto com os olhos para menina que estava no balcão é olhava para a nossa mesa com descaso por conta das meninas. Preconceito esse que hoje eu conheço muito bem.

O prostituto (nosh) Onde histórias criam vida. Descubra agora