Capítulo 11

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S/n segurava a mão de Law, quando abriu os olhos migrou seu olhar para a alfa que suspirou aliviada. O médico se sentou, sentindo seu peitoral desnudo mostrando sua tatuagem de coração, ainda estava um pouco cansado e fraco devido ao uso do poder de alfa.

― Você acabou apagando no chão, fiquei preocupada! ― O ômega olhou para a alfa sem ter uma expressão definida, sabia que a mulher a sua frente estava furiosa, ele mesmo estava ardendo em ódio.

Ele suspirou, levando a mão feminina até os lábios a beijando, deixando um sorriso vagar no rosto que agora se iluminava com a certeza de que ele estava bem.

― Você não deveria fazer muita loucura! ― O ômega disse, vendo a alfa virar sua cabeça de lado tentando entender o que ele queria para lhe falar aquilo, foi quando tocou sua barriga lembrando exatamente. ― Sim, por estar grávida... Você esqueceu?

― Bom, sim! ― Disse o vendo rir da situação.

― Só você, para esquecer de carregar um filhote! ― Ele sentou-se melhor na cama. ― O que vai fazer com o "sogro"?

― Não sei, tenho que esperar a bondade dos anciões! Bando de filho da puta! ― Disse apoiando seu cotovelo nas coxas. ― Engraçado é ele veio me ameaçar! Quando passei o inferno para ser uma líder da família Wulkan.

― Do que está falando? ― S/n segurou a mão de Law, olhando em seus olhos, a alfa estava pronta para contar um pouco sobre o que sua família escondia.

― Os Wulkan tem um segredo... Quando um alfa nasce para ser herdeiro eles matam a mãe do filhote... Como é primeira vez que nasce uma alfa mulher no clã, eles mudaram um pouco as regras! Mas minha infância foi um inferno sem fim... até conseguir chegar aqui! ― Falou, Law apertou sua mão furiosa.

― Então é verdade sobre seu clã, ter vários testes para um líder corrompido nascer? ― Ela riu, seus olhos brilharam em vermelho.

― Não é só verdade, quer conhecer onde fiquei minha infância quase toda? Mas antes vamos ver meu velho pai! ― Ele concordou, saíram do quarto seguindo para o salão onde estava ajoelhado seu pai que tinha levado uma boa surra, ela sentou-se na cadeira a e ao seu lado Law olhava para o salão com vários membros do clã, alguns se destacavam com suas vestimentas vermelhas com o brasão da família.

― Senhor deseja um pouco de chá ou torta? ― Law olhou para o secretário da franziu o cenho.

― Papai, como está lindo? Tem um presente para você! ― Fez sinal para seus subordinados, que trouxeram com eles duas caixas embrulhadas com papel presente, eles colocaram na frente do alfa que franziu o cenho.

― O que é isso? ― Ele apontou para as caixas, já sentado olhando desconfiado.

― Meu presente para o senhor! Acredito que podemos sanar nossas diferenças! ― Ela falou calmamente, quando ia tomar um pouco de chá Law tirou das suas mãos a fazendo encarar o mesmo.

― Você não pode tomar esse chá, faz mal para o filhote! ― Ele rosnou, tomando no seu lugar, fazendo a mesma rir com a proteção do ômega. ― Vai demorar muito? Você precisa de vitaminas também...

― Mestre está grávida? ― Kuan perguntou chamando a atenção de todos ali.

― Sim, de acordo com Law, sim! ― Disse, olhando para a comoção. ― Depois comemoramos!

― É um alfa ou ômega? ― Perguntou, estavam curiosos sobre o filhote.

― Possivelmente um ômega! ― Law falou, oferecendo uma torta para S/n que comeu a contragosto, sentindo-se enjoada com o sabor pastoso.

― Será a segunda vez que nasce um ômega no clã! ― Disse alguém, o ômega riu com a careta que a mesma fazia comendo a torta, o filhote não gostava de doces ao que parecia.

Um grito foi ouvido e a alfa olhou na direção do seu pai. Ele estava com o semblante horrorizado, tirando um sorriso da mulher.

― O QUE É ISSO S/N? ― Ele levantou-se em pânico.

― São meus presentes! Gostou? ― Olhou para o mesmo que foi segurado por dois alfas, eles jamais o deixariam chegar perto da sua mestre.

― VOCÊ É UM MONSTRO... SÃO OS CRÂNIOS DA SUA MADRASTA E SEU MEIO IRMÃO! ELES QUERIAM UMA CRIATURA MALDITA COMO VOCÊ!

― Sim pai, como um covarde como você não conseguiu completar os requisitos, me tornei o que o clã queria! ― Riu, levantou-se e foi até onde seguravam o seu pai. ― Desculpe não ter lavado os restos mortais deles, pedi as presas para eles desenterraram de uma vala nos fundos da casa!

Fez sinal para o jogá-lo na cela novamente, enquanto o via berrando descontroladamente. Ela sentiu os braços do ômega em volta de si, ele tinha um brilho prateado em seu olhar.

― Você vai se deitar! ― Rosnou, a empurrando suavemente para fora do galpão.

― Law, não está muito possessivo? ― Ela não reclamou.

― É meu ômega no modo controlador! ― Disse por fim.




***




Os flashes das câmeras dos médicos legistas brilhavam no quarto de hotel, os policiais olhavam para a cena com repulsa. Sobre a cama havia um cadáver retalhado. Os alfas olhavam uns para os outros com uma inquietação aparente.

― Então você afirma que aquela alfa na cama é sua amiga? ― O ômega estava fora do quarto conversando com outro policial com seu semblante abalado, o alfa anotava o que o outro falava.

― Sim... Ela estava fugindo de seu ex criminoso, ele é possessivo e controlador! ― Voltava a chorar, segurando um lenço, vendo que o policial suspirava compreendendo o que estava acontecendo.

― Como é o nome desse possível suspeito? ― Olhava para o ômega a sua frente choroso.

― Trafalgar Law! Ele é uma criatura muito cruel... Ele é assim com sua nova namorada! ― Disse, fazendo o policial franziu o cenho ele já tinha ouvido aquele nome em algum lugar.

― E o seu nome? Sabe onde está no momento? ― O alfa perguntou.

― Me chamo Donnie Chicago... Ele está com a família Wulkan! ― O detetive suspirou, quando é que ficaria surpreso com o nome de S/n brilhando em seus bloquinhos de anotações.

― Certo, vamos trazer ele sobre custódia! ― Falou irritado, mesmo a polícia gostava de se envolver com as famílias, entretanto estava rolando uma guerra entre os clãs. E todos suspeitavam que S/N fosse o estopim de tudo.

Donnie sorriu observando o alfa se afastar, ele finalmente ia conseguir o que queria sua S/n de volta. 

Minha alfa! - Imagine Law Trafalgar.Onde histórias criam vida. Descubra agora