Capítulo 13

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Donnie cantarolava tranquilamente na cozinha, preparando uma refeição para a alfa que estava no seu quarto. Ele sorria, era o que ele sempre quis ter a mulher somente para si. Terminou de provar, animado para alimentar a alfa que ainda dormia, mas, pelos barulhos ela podia ter acordado. Donnie, colocou tudo em uma bandeja, e seguiu para o quarto quando abriu a porta ele deixou a bandeja cair no chão espalhando toda a comida.

O inibidor estava quebrado no chão, as correntes estraçalhadas sobre a cama e a janela totalmente destruída, ele caiu de joelhos vendo o seu céu nublado sobre a buraco na parede. Ele se levantou e caminhou olhando para o chão, não houve reação duas mãos o empurraram pelo cheiro ele sabia que era S/n.

Os olhos estavam em vermelho, com suas presas à mostra. A alfa apenas respirou fundo, sentindo bastante dor no corpo quando viu o ômega cair no andar abaixo batendo a cabeça desmaiando em seguida. S/n vasculhou a mansão, por um telefone e por sorte encontrou um, mandando uma mensagem para o celular dos gêmeos. Friamente caminhou até o jardim, indo ao corpo desfalecido no meio das margaridas, checou se tinha pulso. Donnie ainda estava vivo, ela o amarrou mesmo sabendo que ele não ia longe com aquela perna quebrada.

Sabia que estava com febre, e com muita dor no corpo, devido aos inibidores ela tinha perdido suas forças, Donnie se aproveitou para fazer o que quisesse com ela. Rosnou lembrando dos chutes que ela levou na barriga para abortar o filhote, sorte que sua alfa o protegeu. Tossiu, sentiu gosto de sangue e quando tocou seus lábios e viu o líquido vermelho, ela tinha que se apressar, não ia morrer daquele jeito.

Ficou sentada no meio do jardim, olhando para o céu escuro, passou a mãos nos cabelos, olhando para sua perna que estava machucada devido a brutalidade que tinha quebrado aquele maldito inibidor, conseguiu um pouco de força devido a falha do próprio inibidor. Ouviu um helicóptero chegando mais perto, o jardim era enorme e o veículo pousou ali dentro, Klaus e Kuan saltaram para fora correndo até a alfa que estava com um semblante pálido os deixando preocupados.

― FINALMENTE JOVEM MESTRE! ― Eles a abraçaram, Klaus jogou uma capa sobre os ombros da mulher, que apoiou para o ômega desmaiado no chão. ― A senhorita está bem? Parece pálida!

― Vou viver, já estive pior Klaus! ― Riu, ele concordou poucos sabiam que S/n já esteve à beira da morte quando ainda estava no treinamento da família Wulkan, ele sempre se perguntava o que aconteceu naquele tempo. Antes de ser preparada, S/n tinha uma personalidade feliz e pura, depois, ela tornou-se sombria e fria (O que mudou um pouco com a chegada de Law).

― Levem ele, o que aconteceu quando estivesse fora? Law está bem? ― Kuan pegou o ômega, os quatro seguiram para o veículo, S/n sentia-se inquieta com alguma coisa, foi quando se deu conta que aquele sentimento não era dela e sim de seu ômega.

― Ele saiu da cadeia, depois de matar muita gente lá dentro! ― Kuan disse jogando o ômega de qualquer jeito no banco do Helicóptero, sentando-se no outro fecharam as portas e ele ganhou altura voando de volta para a mansão Wulkan. S/n olhava para baixo dando-se conta que o lugar era perto da cidade, ela passou a mão no rosto com raiva.

Os gêmeos sabiam que ela não estava bem, ela estava ficando cada vez mais pálida. A alfa sentia sua adrenalina pouco a pouco saindo do seu corpo, lhe dando conta de coisas que ela não pensou na hora tudo que ela queria era sobreviver pelo filhote e voltar para os braços de Law.

Tudo parecia em câmera lenta a sua volta, sem cor. Ela nem viu quando chegou na mansão, olhou para Klaus que lhe falava alguma coisa, mas não conseguia ouvir, só seguiu em automático, sendo levada para fora do Helicóptero. Não sentia nada andando para a entrada da mansão, os sons abafados no seu ouvido morosamente tornaram-se altos quando ela observou o rosto do Law diante de si. O cheiro do ômega a despertou, ele tocou seu rosto, tudo parecia irreal aos seus dedos.

― S/n? Ela está em choque! S/N? ― Ele segurava seu rosto, franziu o cenho, ele estava muito quente, sua pele pálida tinha algo errado com ela. ― Olha para mim!

― Desculpa... ― Ele viu uma lágrima escorrer o seu olho antes de desmaiar nos braços do ômega, que entrou em pânico.

― S/N! ... ― Law não conseguia escutar o seu coração, ele a deitou no chão e começou a fazer massagem cardíaca, seus olhos embaçados enquanto os demais olhavam a cena sem acreditar. ― S/n, por favor...Por nosso filhote! ― Sussurrou, quando escutou um fraco bater no seu peito.

― Tragam uma maca, vamos levar ela para o setor médico! ― Eles não discutiram com o ômega, apenas o ajudaram a levar para o setor médico que S/n tinha feito para que Law pudesse trabalhar ali se quisesse. O ômega ligou para Marco que saiu da clínica indo até a mansão Wulkan.

Law deixou seus sentimentos de lado para cuidar da alfa, cuidadosamente ele tirou sua roupa, o ômega ficou sem reação do que viu no seu corpo, hematomas de várias cores, machucados por suas pernas, braços, seios etc. Como médico ele sabia que era impossível sobreviver tanto tempo, ele caiu do lado da maca apertando a grade chorando. Ele tocou na barriga lisa da mulher, ele sabia que o filhote ainda estava vivo, conseguia sentir seu cheiro.

― Law? ― Ouviu a voz de Marco, que entrou um pouco em choque, ele nunca tinha visto ômega chorar. ― Vai tomar um pouco de ar, deixe-me examinar! ― O ômega concordou, saindo para fora do setor onde o corredor estava lotado com os subordinados.

Ficaram ali, esperando Marco terminar de fazer seu exame, Law não conseguiriam fazer nada. Ele estava sentado no chão com suas mãos na cabeça, se ele não tivesse ido preso, ela ficaria bem (não que ela não fosse forte). Ele sabia que tinham usado inibidores nela, tinha um leve adocicado no seu corpo.

Os minutos tornaram-se horas na visão do ômega, que só levantou a cabeça quando seu amigo Marco tocou seu ombro, com um semblante sério, todos a volta olhavam para os médicos, o loiro respirou fundo.

― Law, escuta... Preciso fazer uma cirurgia urgente, tentaram abortar seu filhote, a evidências de violência sexual, tortura e muitas outras coisas, ela estava chapada de inibidores, nem na prisão se usa tanto assim.... Você precisa ser forte e me ajudar, se não vai perder os dois! ― O ômega, rosnou ele ia matar, esfolar, estripar quem fez aquilo.

― Pode ir jovem mestre, vamos cuidar do ômega nós mesmos! ― Law olhou para o beta e depois para os alfas que estavam furiosos, ele levantou acalmando seu ômega, precisava salvar sua mulher primeiro, para se vingar depois.

― Não, deixem isso com a S/n, quando ela acordar! ― Eles concordaram, vendo o eles levaram a alfa para a sala de cirurgia, vendo a luz vermelha acender.

Minha alfa! - Imagine Law Trafalgar.Onde histórias criam vida. Descubra agora