One Piece - Cenários

Ace, Época de carnaval

Carnaval, aquela época que você não sabe se ri ou chora. Evento que apenas um sem noção louco pra ser roubado vai.
E aqui estou eu, indo em direção do bloco no objetivo de encontrar meu grupo que marquei de me encontrar com eles 10 minutos atrás, me atrasei porque o trânsito estava insuportável mas eu cheguei.

Tentei ligar para cada um deles mas ninguém atendia, acho que vim aqui para nada. Um pouco brava, entrei numa loja de comida para tentar me animar, a loja era gigante e tinha uma decoração bem chamativa. Lá tinha gente fantasiada também, o que deixou tudo ainda mais divertido.

– Com licença?

– Ah, sim? - Me virei para um moreno que estava sentado encima do balcão.

– Por que está parada aí? Está atrapalhando a passagem do pessoal, por favor se não for pedir nada saia. - O menino cutucava a orelha e olhava para o teto.

Que arrogante, vou pedir algo só pra calar a boca desse moleque, sim eu entrei só pra olhar mas aí não faria sentido e as pessoas me achariam uma louca, então eu iria ter que pedir algo de qualquer maneira.

Caminhei até o moreno e me sentei no banco do balcão ao lado dele.

– Ah, então vai pedir? - Ele me olhou com um sorriso zombeiro. - O que quer?

– Me surpreenda. - O respondi sorrindo para ele também, o que fez sua feição mudar para surpresa por um momento mas logo voltou ao sorriso. - O que? Não consegue surpreender um cliente?

– Só um momento. - O moreno se virou e pulou para o outro lado da bancada de madeira e entrou por uma porta rapidamente.

Tomara que não seja nada caro, se não vou ter que voltar pra casa a pé. Ele voltou com alguns pães que tinham algum tipo de molho e queijo por cima e uma bebida um pouco suspeita.

– Pode comer. - Disse enquanto apoiava os braços no balcão e olhava para mim animado.

Não pensei duas vezes e já fui dando a primeira mordida no pão, que logo resultou na minha cara surpresa.

– Uau, isso é muito bom! - Disse apontando para o pão na minha mão.

– Gostou? Eu que fiz para o novo lançamento do cardápio. - Disse orgulhoso de si mesmo.

– Você? Sendo assim não tá tão bom assim.

Ele começou a rir do que eu falei, não havia reparado no seu rosto ainda ele é... Até que bonitinho.

– Gostei de você, nunca te vi por aqui, é de fora?

– Sim, sou da cidade ao lado, eu tinha vindo ver meus amigos só que não os achei.

– Que pena, é bem difícil achar alguém por aqui quando é carnaval mesmo.

Ficamos calados por um tempo enquanto eu comia. Logo o olhei de cima a baixo.

– O que foi? - Sorriu para mim.

– Você tá fantasiado?

– Assim você me ofende tá! - Comecei a rir dele. - Esse é o uniforme, para sua informação! - Disse fazendo biquinho.

– Foi mal aí! É que... É tão cafona sabe?

– Oi?! Tá legal garota, agora você tá expulsa desse estabelecimento! - Tentando conter o grande sorriso que se formava em seu rosto, o mordomo apontava para a porta enquanto me olhava divertido.

Começamos a rir muito alto da situação.

– Ai... - Respirei fundo - Enfim, quanto que fica a conta?

– Ah? Já vai?

– É, preciso ir antes que anoiteça, o sol já está indo embora - Disse enquanto olhava pela janela ao meu lado.

– Ah, bem, não se preocupe com a conta é por conta da casa!

– Quê? Tem certeza? Não é você que tá pagando por mim não né?

– Na verdade eu nem sou bom em cozinhar ou algo do tipo, eu só sei fazer esse pão - Riu um pouco. - Que bom que gostou, mas não se preocupe que é por conta da casa mesmo.

– Ok então, vou acreditar em você hein!

Logo um outro homem fardado se aproximou.

– Senhor Ace? Por que está trabalhando ainda? O seu horário já terminou faz um tempo já.

Olhei para ele surpresa. Eu estava o segurando aqui?

– Nossa! Eu sinto muito mesmo! - Levantei sem o olhar nos olhos. - Melhor eu ir logo...

– Não! Não se preocupe, por favor me deixe lhe levar até em casa. - Disse largando o avental na bancada e dando a volta nela.

– Ahn... Bem... - Eu deveria aceitar a ajuda de um desconhecido? Eu só sei que ele trabalha aqui e só descobri agora o nome dele. - Eu não sei...

– Tudo bem, não precisa aceitar se não se sentir confortável, posso pelo menos pedir um carro pra você no aplicativo se quiser, é por minha conta dessa vez.

– Não precisa! Por favor não se incomode comigo senhor...

– Não, não tem problema algum, vou atrás do meu celular rapidinho ok? Não sai daí! - O moreno começou a correr para dentro do local.

Achei muito fofo da parte dele, eu não quero ser arrogante ou algo do tipo, mas não posso negar que estou interessada em não pagar o Uber.
Logo o vi voltar saltitante com um sorriso no rosto e o celular em mãos.

– Muito bem, onde você mora? - Perguntou enquanto entrava no aplicativo.

Pensando bem...

– Que tal irmos a pé mesmo?

Ele me olha um pouco surpreso.

– Mudou de idéia?

– É que de carro vai ser um pouco ruim sabe? Nessa época do ano sempre tem engarrafamento.

– Tem razão, bem, como quiser então! - Ele sorriu para mim, e logo ofereceu seu braço. - Vamos?

Me levantei e retribui o sorriso.

– Claro! - Segurei seu braço e saímos do estabelecimento.