(M)Ace, Surra

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- Desculpe, o que disse?

- Eu disse pra me atacar, não quer aprender a dar socos mais fortes?

- É mas... Eu preciso te atacar mesmo?

- Vai quebrar minha costela? - Ace põe uma das mãos na cintura, completamente impaciente.

- Não, mas é que...

- Ai vai logo!

- Tá bom. - Me preparei em posição de luta, observando bem seu peitoral, desferi um golpe, o que o fez começar a tremer enquanto segurava o lugar em que eu havia o acertado. - Tá tudo bem? Eu te machuquei?

- Machucar?! - O moreno começou a rir exageradamente. - Você bate que nem uma mulherzinha!

- Foi por isso que pedi sua ajuda, idiota! Para de rir.

- Desculpa, desculpa... - Disse limpando as lágrimas que se formavam em seus olhos, e respirando fundo. - Muito bem, vamos começar, primeiro vamos falar sobre os seus dedos.

- O que tem eles?

- É que quando você vai dar um soco em alguém, os dedos tem que estar pra dentro da mão, claro, se você não quiser quebrar um dedo. - Ace pega uma de minhas mãos. - Tente.

Logo em seguida escondi a ponta de meus dedos na palma.

- O certo seria você não deixar nenhum dedo fazendo curvas, então aperta bem essa mão aí. - O moreno começou a arrumar a posição dos dedos e a do meu braço também. - Não se esqueça da posição do punho, sempre tem que estar alinhado com o braço e antebraço. Entendeu?

- Sim senhor. - Brinquei e ele abriu um sorriso mas logo o escondeu quando rapidamente olhou para o lado.

- Muito bem, tente agora. - Disse voltando a atenção a mim novamente e se posicionando na minha frente.

- Lá vou eu. - Logo em seguida, o bati com apenas um soco, mas acabei acertando o lugar errado, já que sem querer foi em seu rosto e ele caiu no chão desacordado. - Ace!

Corri até seu lado o olhando no chão, desmaiado.

- Que droga, eu disse que não precisava levar surra minha idiota. Me espere aqui, vou atrás do Marco e dos outros. - Me levantei e comecei a correr até o Moby Dick atrás de qualquer pessoa que fosse para pelo menos me ajudar a carregá-lo de volta.

Mais tarde, eu havia explicado tudo o que havia acontecido pra Marco e ele riu e zombou de Ace falando que aquilo foi loucura, e que por sorte ele não havia sofrido nenhuma lesão grave, apenas um corte em seu nariz.

- Muito obrigado Marco.

- Sem problemas, se cuide. - Disse enquanto saia da sala.

Logo em seguida Ace se levanta, ficando sentado na maca.

- Ai! Ai ai... Meu nariz...! - Disse tocando o lugar que doía.

- Não toque seu idiota! - Peguei suas mãos. - Ainda está com remédio, então não toque até que seque. - Logo soltei.

- O que aconteceu?

- Eu te acertei um soco na cara, e você desmaiou no chão, aí pedi ajuda e aqui estamos nós.

- A gente precisa treinar a mira dos seus socos também.

- A culpa é minha agora?! Foi você que quis ser saco de pancadas seu idiota! - Disse enquanto tirava seu chapéu e bagunçava seus cabelos.

- Ai! Para! Eu já entendi! Seu bruto!

- Idiota.

Alguns segundos depois ele riu de mim.

- O que foi?

- Me diz, você tava todo preocupado comigo não é? Que fofo. - Disse com um sorriso zombeiro.

- Se você não parar vou bater de novo. - Disse levantando a mão para cima, o que o fez se encolher.

- Tá bom! Tá bom! Já parei! Fala sério, você não vai machucar uma pessoa machucada vai?! Vai ficar com o peso na consciência.

Respirei fundo e me sentei num banco que havia ao lado da maca.

- Descanse, Marco disse que você bateu a cabeça também, então mais tarde você pode acabar com dores ou enxaqueca. Por hoje não vamos mais treinar ok?

Ace apenas assentiu com a cabeça e se deitou de lado, enquanto me olhava sorrindo.

- O que foi dessa vez?

- Nada, é que você está mais bonito do que a primeira vez que te conheci.

Meu coração errou uma batida.

- Você está louco? Sabia que a gente não devia ter treinado daquele jeito, e agora você não tá batendo bem da cabeça.

- S/n, é sério. - Ace se sentou na cama me olhando nos olhos enquanto sorria. - Eu gosto de você.

Meu corpo todo se arrepiou com aquelas palavras, e aqueles olhos tão gentis me olhando enquanto falava aquilo calorosamente. Logo fui até ele e o abracei forte o que ele retribuiu de bom grado.

- Desculpe Ace, eu não sei se estou certo dos meus sentimentos, mas muito obrigado por gostar de mim...

- O que? - Logo nos afastamos e ele me olhou por um momento até abrir um sorriso largo. - Um desafio? Gosto de desafios. Muito bem S/n, que assim seja!

- Espera o quê? Não está triste?

- Se tudo o que tenho que fazer é te conquistar, então vou tentar até que você seja meu. Eu juro, eu não vou desistir de você. - Ace segura minha mão e a beija, ainda me olhando nos olhos.

Não vou mentir que suas palavras e seus gestos sinceros já haviam me conquistado, mas eu queria mais daquele homem, queria ver do que ele era capaz para me ter. O interesse ascendeu na hora em meu peito, e a vontade de desvendar aquele home me subiu a mente, me tornando um obcecado quando o assunto era sobre Ace e um viciado nele.

One Piece - CenáriosOnde histórias criam vida. Descubra agora