A Luna Suprema: Filha da Lua

Capítulo 16 - Ágata

Estou ansiosa com a viagem, primeiro porque vou voltar pra casa por assim dizer e também porque estou levando Nicolas comigo, tô nervosa por apresentar ele a Marisa e também conversar com ela sobre eu ser Filha da Lua, mas também quero que essa viagem seja uma viagem de casal.

Nicolas insistiu que no nosso carro viesse  somente nós dois, os guardas estão em outros carros a nossa frente e atrás é uma segurança pesada, afinal ele é o Supremo, mas dessa forma  sozinhos no carro temos a privacidade.

Na aldeia eu já tive minha própria casa, mas quando eu saí rumo ao Sul vendi pra uma família local que tinha acabado de ganhar o segundo filho e precisavam de uma casa maior, ou seja, vamos ficar na casa de Marisa.

– Você está indo só como meu companheiro ou também avisou o Alfa de lá que iria?

– Tive que avisar, mas deixei claro que ficaria na aldeia e que não estava a trabalho, por que?

– Porque ele provavelmente vai querer me ver também e de toda forma se Marisa sabia ele também deve saber.

– Queria evitar encontrar com o filho dele, você mantém contato com ele?

Minha Deusa, ele está com ciúmes de Alberto ainda? Eu já  até me esqueci,  realmente só contei como um suspeito de ser quem está nos atacando pra não deixar nada escapar, mas a essa altura já nem o cogito mais, Alberto não teria capacidade pra tudo isso e nem tamanha maldade.

Não contei pra justificar meu passado, apesar de tudo o Alfa e família dele sempre me acolheram e tivemos uma boa relação.

– Nicolas me prometa que não vai ser um macho possessivo? Alberto foi alguém do meu passado e não só porque a gente ficou, mas porque é alguém da minha Alcatéia, alguém com quem cresci e ainda sou amiga, mas não, não mantenho contato.

– Prometo ... prometo tentar, mas em fim, tínhamos programado conversas de encontros, então vamos lá, qual sua cor, estação do ano e comida favorita?

– Preto, outono e pão fresco com carne hahaha

Vamos todo o caminho conversando sobre nós e descobrindo algumas coisas sobre o outro, sei que o conhecer mais essencial será com a convivência no dia a dia, a primeira prova do temperamento de Nicolas está na porta da casa de Marisa com um enorme sorriso quando eu desço do carro, Alberto.

Escuto Nicolas rosnar e respirar fundo, logo Marisa vem me abraçar.

– Ágata, quanto tempo, entrem eu preparei um café da tarde pra nós.

A abraço de volta e Nicolas ainda não desceu do carro e quando  desce é até engraçado ver a cara de todo mundo ali, não tinha dito que meu companheiro é o Supremo.

– Bem eu disse que queria te apresentar meu companheiro, Nicolas Voccix essa é a Marisa, a mulher que me criou, qualquer reclamação fale com ela.

– Supremo que honra, seja bem vindo.

Marisa o cumprimenta se curvando. Alberto ainda está parado agora com sorriso maior no rosto, Nicolas me abraça forte e estica a mão pra cumprimentar Marisa.

– Dona Marisa enquanto estiver na sua casa como companheiro de Ágata pode me chamar e me tratar apenas como Nicolas, eu que fico honrado por ser recebido.

– Certo, mas então sem o dona, ainda estou na flor da idade.

Todos rimos e Alberto se aproxima e sorrio largamente ao ver a marca no seu ombro, ele  achou sua companheira, sinto Nicolas relaxar o abraço e não contenho uma risadinha que ninguém além de nós entende, ele bufa.