Pov. Narradora
Rhuan: VOCÊ NÃO ME PEGA, KIRA. ─ Rhuan corria ao lado da Hel, que estava em sua forma natural, que era a forma mais bela de acordo com o Rhuan. O ruivo acabou se distraindo e acabou batendo em alguém sem querer e caindo sentado no chão. ─ Foi mal, moço.
Melequento: Olha por anda, pirralho.
Rhuan: Educação enfiou no cu né.
Melequento: Quem você pensa que é. ─ A voz dele morreu ao ver os olhos draconianos e as escamas na pele do menino, que continuava no chão olhando para o viking. ─ Você... você é um monstro.
Rhuan: Eu já pedi desculpas, mal educado.
Melequento: Quem você pensa que é, pra falar assim comigo?
Rhuan: Uma pessoa civilizada. ─ Rhuan apoiou os braços sobre os joelhos enquanto gesticulava para o rapaz. ─ E também mais educado que você.
Hel: Rhuan, você tá bem?
Rhuan: Tô sim, só esbarrei nesse babaca. ─ Rhuan segura na mão de Hel que o ajuda a se levantar. ─ Vamos, Hel, meu pai deve estar esperando a gente.
Melequento: Que tipo de aberração é essa? ─ Melequento sussurrou, mas o que ele não sabia era que a audição de Rhuan era excelente, assim como de Hel e Rhaenyra, que estava afastada observando a situação. ─ Essa ilha é esquisita demais.
Rhuan: Quem você está chamando de aberração?
Melequento: Esse monstro, olha isso, metade cadáver e metade viva. ─ Rhuan sentiu o ódio crescer dentro de si e segurou o braço de Hel, que se mostrava forte, mas o ruivo sabia como essas palavras a machucavam. ─ Que nojo, sabia que não devia ter vindo para essa ilha.
Rhaenyra se aproxima deles e abraça Hel que ainda mantinha sua postura,no fundo a menina sabia que essas situações nunca iriam acabar, ela sempre seria tratada como um monstro.
Melequento sorriu ao ver que a menina segurava as lágrimas, ele nem reparou que era a Rhaenyra que estava abraçando a menina, Rhuan ao perceber isso não aguentou mais e acertou um soco na boca do estômago do Melequento.
Ele arfou surpreso pelo golpe repentino e antes que se recuperasse, Rhuan acertou um chute em sua perna fazendo com que ele desse alguns passos para trás e quase caísse.
Rhuan: Pede desculpas pra ela, AGORA.
Melequento: Agora você morre, pirralho idiota.
Melequento tenta avançar para cima de Rhuan, mas o menino não desviou o olhar nem por um segundo, o mais velho ergueu a mão pronto para acertar o menino, porém sentiu seu braço ser agarrado por alguém.
Melequento: Mas quem... Me larga, agora. ─ Melequento se soltou do aperto e se virou para olhar quem o tinha segurado, mas se arrepende logo em seguida ao receber um soco no olho seguido de um chute na costela, ele caiu no chão e logo sentiu algo acertar seu nariz, ele olhou confuso ao ver que uma flor havia crescido ao seu lado. ─ O que diabos está acontecendo?
Soluço: Se você ameaçar meu filho de novo, vai levar algo bem pior que um soco.
Melequento: Quem foi... Soluço? ─ Melequento olha surpreso para o primo a sua frente, como isso era possível ele se perguntava, todos achavam que ele tinha morrido a anos, mas mesmo depois de tanto tempo ele ainda reconheceria aquele menino que ele atormentava quando criança, afinal, nunca esqueceria aquele olhar de ódio. ─ Você deveria estar morto.
Soluço: Então, você acabou de apanhar de um fantasma e de uma criança. ─ Rhuan e Rhaenyra riram com escárnio, enquanto ainda abraçavam Hel cada um de um lado. ─ Que vergonha, Melequento, continua sendo o mesmo mimado e egocêntrico de sempre.
O berkiano se levantou e tentou revidar o soco que levou, mas foi acertado por uma rasteira de Hel que havia se afastado dos amigos e agora olhava para ele agora com ódio no olhar.
Hel: Fique longe da minha família, a não ser que você queira ver se existe vida após a morte. ─ Melequento encarou a menina com raiva, mas logo sua expressão se tornou um misto de pavor e nojo, ao ver o chão ao seu redor se abrindo e vários cadáveres surgindo e tentando agarrá-lo. ─ Gosta do que vê? Vai se tornar realidade muito em breve, a menos que você suma da minha frente imediatamente.
O moreno se arrastou para longe e saiu correndo como pode, ele não precisava saber que era apenas uma ilusão feita por Hel. Rhuan e Rhaenyra comemoram e abraçaram Hel novamente, a menina estava começando a se acostumar com aqueles abraços recorrentes.
Soluço: Covarde, não mudou nada mesmo.
Hel: Você está bem, Rhuan?
Rhuan: Não podia estar melhor, é impressão minha ou você disse que eu sou sua família?
Hel: Eu, é que... me desculpa. ─ Hel ficou vermelha ao perceber que falou aquilo na hora do ódio que estava sentindo pelo Melequento. ─ Eu falei aquilo sem pensar.
Rhuan: Tá tudo bem, você também é minha família.
Rhaenyra: Todos nós somos uma família.
Hel sorriu para os dois e dessa vez, ela quem iniciou o abraço em grupo que foi retribuído com muita alegria e entusiasmo, Soluço sorriu observou os três e logo acena para o resto do grupo que se aproximava.
Soluço: Vamos, pequenos, eles estão nos esperando e Rhuan, estou muito orgulhoso de você, assim como da Rhaenyra. ─ Soluço bagunça o cabelo das crianças que sorriem para ele. ─ De você também, Hel, seja bem vinda a família, se bem que você já fazia parte dela há um tempo.
Hel sorri feliz em ouvir aquilo de Soluço, ela abraça o mesmo que retribui o abraço, aquela família tinha esse costume de se abraçar sempre que estavam felizes.
Isso talvez fosse influência do Soluço quando novo e alguns de seus traumas de infância? Talvez, mas ninguém precisava saber disso, estavam felizes em agradar o menino quando crianças e esse costume se manteve até os dias de hoje.
Astrid: Onde vocês estavam? ─ A loira foi a primeira a se manifestar quando Soluço chegou com as crianças. ─ Demoraram pra voltar.
Soluço: Rhuan acabou caindo, mas está tudo bem, podemos ir?
Liv: Claro, venham comigo, é por aqui.
Liv e Erick lideram o caminho do grupo, levando eles até onde seus dragões estavam escondidos e as crianças conversavam em voz baixa sobre o que haviam feito com Melequento a pouco.
Astrid: Eu vi o Melequento correndo, tão rápido quanto o Bocão fugindo de um dia de banho. ─ Os dois riram da comparação, todos em Berk sabiam a luta que era aquele dia. ─ Depois eu quero saber a verdade.
Soluço: Garanto que você vai amar a história. ─ Soluço sorriu, Astrid sempre sabia quando ele estava mentindo desde que eles eram pequenos, e pelo visto isso ainda não mudou. ─ Mas sei que nossos filhos vão preferir contar tudo nos mínimos detalhes.
Continua... (1144 palavras)
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Soluço: O Príncipe dos Dragões
FanfictionSoluço, morador de Berk, sempre era subestimado por todos, mas principalmente, pelo seu pai, que era o chefe da tribo. Quando ele tinha 7 anos, foi levado de sua aldeia por um dragão, e adotado pelo rei dos dragões. Agora sendo conhecido como Soluç...