Capítulo 7 - "Alguns traumas a gente leva pra vida toda"

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Oii, deu a louca na autora e estou fazendo atualização dupla.

Poderia dar a desculpa que é comemoração ao dia dos pais? Podia, mas ia ser muita cara de pau, até pra mim kkksk

A explicação é, me deu vontade e pronto.

E estou deixando avisado desde já, chorei escrevendo esse capítulo e não foi pouco.

Não me responsabilizo por choros e não pago terapia pra ninguém kskksk

Espero que gostem, boa leitura.

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Pov. Narradora

Na manhã seguinte, Soluço acordou bem cedo e deixou Banguela dormindo junto à Skye no ninho. O jovem príncipe mal podia esperar para falar com os gronkels e ir logo para a sua mais nova forja, ele sabia que daria bastante trabalho produzir a prótese para a sua mãe, mas Soluço estava determinado a fazer tudo que estivesse ao seu alcance para que Skye ficasse feliz, da mesma forma que ela sempre o deixou feliz desde o seu primeiro dia no Santuário.

Ao chegar à caverna do líder dos gronkel, Soluço encontra com uma filhote ─ que ele havia feito amizade na sua festa de aniversário há alguns anos ─, ela era filha de Torden, o gronkel de maior confiança de Manny e um de seus amigos mais antigos.

Soluço: "Bom dia, Batatão, não imaginei que estaria acordada tão cedo."

Batatão: "Bom dia, Hicc, hoje vou ajudar meu pai na pescaria, por isso já estou de pé."

Soluço: "Falando nisso, seu pai está? Preciso muito falar com ele, é um assunto sério e de extrema importância".

Torden: "Estou aqui, príncipe. O que vossa alteza deseja falar comigo?"

Soluço: "Por favor, Toddy, apenas Hicc". ─ Soluço ainda não havia se acostumado totalmente com os dragões o chamando de príncipe e sempre insistia para que todos o chamassem apenas de Hicc ou Soluço. ─ "Eu preciso da sua ajuda para conseguir bastante ferro gronkel."

Torden: "Posso ajudar com todo prazer, mas para que um filhote precisa de ferro gronkel?"

Conto resumidamente sobre os acontecimentos de ontem, desde o navio encalhado até a forja que agora estava na caverna próxima a minha casa, Torden e Batatão ouviram tudo com atenção e o adulto logo suspirou profundamente.

Torden: "Pobre família, ninguém merece passar pelo Flagelo de Odin, nem mesmo o pior dos vikings."

Soluço: "Realmente, eu antes tinha uma doença com sintomas semelhantes, mas não deve chegar nem perto da angústia que aquela família passou." ─ Eu me sento numa rocha que estava perto de mim, brincando com meus dedos. ─ "Ficar longe das pessoas que ama, sabendo que pode morrer a qualquer instante junto com sua filha, deve ter sido horrível."

Batatão: "Você ainda sente falta de sua casa, Hicc?"

Torden: "Batatão, não é educado ficar perguntando sobre essas coisas."

Soluço: "Está tudo bem, tio Toddy." ─ Eu endireito a minha postura e me encosto na parede de gelo atrás de mim. ─ "E respondendo a sua pergunta, Batatão, a minha casa agora é aqui, mas eu sempre vou sentir falta de Berk."

Batatão: "Mas você não é feliz aqui conosco?"

Soluço: "Claro que sim, sou muito feliz, mas nunca vou me esquecer de onde eu vim, nem me esquecerei da minha mãe e das pessoas que me amavam." ─ Sinto meus olhos se enchendo de lágrimas e olho para o teto, tentando disfarçar e evitar o choro. ─ "Eu posso ir até o fim do mundo, mas nenhum lugar vai ter o que tinha em Berk, nunca mais vou comer a comida da minha madrinha, ver as brincadeiras do meu padrinho, sentar no colo da minha mãe quando estiver triste, sentir o abraço da Astrid todas as manhãs, sentir a brisa do mar ou ver o pôr do sol no penhasco Hauk Av Smerte."

Soluço: O Príncipe dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora