Pov. Narradora
O tempo foi passando e a medida que o horizonte se iluminava com o nascer do sol, o contorno familiar de Berk surgiu à vista, Camicazi estava exausta, suas queimaduras ardiam e sua perna doía, ela não teve tempo de olhar o motivo, mas um ferimento sangrava fortemente em sua coxa e em seu abdômen.
Enquanto as águas agitadas do oceano acolhiam o barco frágil que se aproximava de Berk, Bocão que estava indo pescar com seu filho e sempre atento à linha do horizonte, foi o primeiro a avistar a embarcação. Seus olhos se arregalaram com surpresa e preocupação, e ele correu para fora do barco e Gustav seguiu ele rapidamente.
Gustav: O que houve?
Bocão: Vá buscar ajuda, Stoico ou Astrid, seja quem for, mas seja rápido. ─ Liv, que estava voando com Spirit, passava por ali e desceu ao lado do padrinho. ─ Graças aos deuses, Liv, vá chamar seu pai e Astrid.
Liv: O que houve? ─ O loiro apontou para o barco que se aproximava cada vez mais. ─ Essa não.
Enquanto isso, dentro do barco, Camicazi lutava para manter-se de pé, seus dedos ainda firmes no leme, mas sua resistência estava se esgotando rapidamente.
A visão reconfortante do porto de Berk e Bocão se aproximando do barco, foi o suficiente para que seu corpo finalmente cedesse à exaustão, e ela desmaiou no convés, sua respiração fraca e superficial.
Bertha: FILHA, FALA COMIGO! ─ A mulher correu até sua filha enquanto uma das mulheres assumiu o leme. ─ Eu sabia que você não estava bem, como pode ser tão teimosa quanto eu.
Durante a viagem, os cuidados com os feridos foram realizados como podiam, mas Camicazi não aceitou cuidados e garantiu à mãe que ela estava bem, que precisava manter o barco estável até chegarem em Berk.
Bocão: O que houve, Bertha?
Bertha: Caçadores invadiram nossa ilha no meio da noite.
Gustav: Santo Odin!
Bertha: Só conseguimos escapar graças a Camicazi, não quero imaginar o que teria acontecido se ela não tivesse um plano de fuga.
Bocão: Só restaram vocês? ─ Ele observou o barco e pode contar em torno de 20 mulheres e 5 crianças. ─ Sinto muito por todas vocês.
Bertha: Ela precisa da Gothi, desmaiou de exaustão.
Gustav: Não foi apenas exaustão. ─ Ele apontou para a coxa da loira, que estava úmida e vermelha. ─ Ela está sangrando.
Bocão: Cadê a Liv? ─ Ele olhou para o porto e avistou sua afilhada chegando com Stoico, logo atrás Erick vinha com Astrid e Rhaenyra. ─ ASTRID!
Astrid: O QUE HOUVE?
Bocão: CHAMEM O SOLUÇO, O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL! ─ Os aldeões arfam surpresos, a notícia da volta de soluço ainda não tinha sido revelada para ninguém, apenas Melequento contava a sua versão dos fatos como um maluco, então eles não entendiam o motivo da frase do ferreiro. ─ CAMICAZI ESTÁ MORRENDO, ELE PRECISA VIR PARA CÁ!
Astrid nem desceu das costas de Tempestade, ela só deixou Rhaenyra com Erick e voou em direção a enseada, o fato da herdeira de Berk ter um dragão, assim como seu irmão e a filha do chefe já tinho sido uma grande notícia para a aldeia quando eles retornaram da ilha Drager.
Mas agora, o fato do primogênito de Stoico estar vivo, causou um grande burburinho entre todos que estavam no porto naquele momento.
Stoico: PAREM DE FOFOCAR E AJUDEM A TIRAR AS MULHERES DO BARCO, OU PRETENDEM ESPERAR TODAS MORREREM?
Os aldeões obedeceram seu líder rapidamente e entraram no barco para erguer as mulheres até o cais, já que era uma embarcação simples e seria impossível elas subirem sozinhas.
Bertha olhou para trás, para o mar que testemunhara sua angústia e sua coragem, sabendo que, apesar das cicatrizes físicas e emocionais, haviam triunfado sobre a escuridão que ameaçava engoli-las. E com essa certeza, ela liderava sua tribo, não apenas para sobreviver, mas para prosperar, erguendo-se como símbolos de resistência e esperança em um mundo caótico.,
Enquanto as ladras do pântano eram socorridas e retiradas do barco, Astrid se apressou em direção à enseada, ela sabia que cada segundo era precioso e que a situação exigia a rápida intervenção de Soluço.
Voando por cima da trilha familiar, Astrid alcançou a entrada da enseada e Tempestade por ser um dragão, conseguia passar pela barreira facilmente, o que agilizou a entrada até a cabana.
Astrid: Vamos lá, garota, temos que achar o Soluço.
Sem hesitar, elas atravessaram o portal mágico que levava ao santuário, um ambiente tranquilo e sereno contrastava com a urgência do momento e o coração acelerado da dupla preocupada.
Astrid: Sabe onde ele pode estar?
Tempestade: "Sei, deve estar na forja."
Astrid: Me leva até lá, por favor.
A Nadder acenou com a cabeça e voou o mais rápido que podia, desviando dos dragões no caminho e ignorando Pula Nuvem que quase foi atropelado por elas.
Astrid: SOLUÇO! ─ Astrid chamou e sua voz ecoou pelo santuário. ─ SOLUÇO, APARECE POR FAVOR!
Soluço: O que aconteceu? ─ Ele saiu de dentro de sua caverna, Rhuan logo atrás do pai e vários dragões apareceram, os gritos ativando seu senso protetor com seu príncipe. ─ Astrid? O que faz aqui?
Astrid: Precisa vir comigo, vamos pra Berk.
Soluço: O que ? Eu não posso ir para Berk, Astrid, você sabe que...
Astrid: A ilha das Ladras do Pântano foi atacada.
Rhuan: O que?
Astrid: Bertha e Camicazi acabaram de chegar em Berk, machucadas e com um pequeno grupo de sobreviventes.
Soluço: Como elas estão?
Astrid: Péssimas, Camicazi desmaiou assim que chegaram em Berk.
Soluço: Vamos pra lá agora, preciso vê-las imediatamente!
Rhuan: Pai, as minhas visões... ─ O menino começou a hiperventilar, a mão sobre o peito e se apoiou no pai. ─ Elas estão começando a se realizar, Corona também deve ter sido atacada.
Soluço: Mas Eret disse que os ataques seriam só no final do mês.
Rhuan: Eles devem ter adiantado os planos, devem saber que temos espiões.
Soluço: Parece que a guerra começou, mas eles escolheram a família errada para atacar.
Fim (1009 palavras)
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Soluço: O Príncipe dos Dragões
FanfictionSoluço, morador de Berk, sempre era subestimado por todos, mas principalmente, pelo seu pai, que era o chefe da tribo. Quando ele tinha 7 anos, foi levado de sua aldeia por um dragão, e adotado pelo rei dos dragões. Agora sendo conhecido como Soluç...