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Pov. Narradora
Enquanto o sol se punha sobre o horizonte distante, lançando tons alaranjados sobre o reino de Corona que agora poderia descansar em paz naquela noite, um destino cruel aguardava nas sombras da ilha das Ladras do Pântano.
Viggo e seus caçadores se aproximam sorrateiramente, como sombras sinistras deslizando pela vegetação densa. Não havia piedade em seus corações endurecidos, apenas a ânsia por pilhagem e destruição, assim como a vontade de trazer a vitória para seu lorde e manter suas cabeças sobre o pescoço, sabendo que a menor das falhas lhes custaria a vida.
Viggo: Chegou a hora rapazes, grupo A pode iniciar o plano.
Os caçadores assentiram com a cabeça e seguiram seu tenente até o topo das colinas, os arqueiros se posicionaram e atacaram os vigias que estavam no caminho, tomando seus lugares e tendo vista privilegiada da aldeia.
Viggo: Esperem só mais um pouco. ─ Viggo olhava atentamente para cima, esperando o sinal de seus homens, logo as flechas de fogo começaram a se acender ao redor da trilha e ele sorriu. ─ ATAQUEM!
Conforme as flechas acertaram as cabanas e as ladras que andavam pela aldeia, o caos se instaurou. Gritos ecoaram pela ilha enquanto saqueavam, incendiavam e derrubavam tudo em seu caminho.
As mulheres lutavam para se defender, mas os caçadores estavam atirando flechas envenenadas do topo da ilha e usavam espadas com magia que Ragnar havia lhes dado.
Bertha: FORÇA, MENINAS, NÓS VAMOS CONSEGUIR! ─ Ela gritava no meio do campo de batalha apunhalando seus inimigos e segurando seu escudo. ─ CAMICAZI!
Camicazi: ESTOU AQUI, MÃE! ─ Ela saiu de uma das casas incendiadas com duas crianças no colo. ─ Não vamos aguentar tanto mãe, precisamos tirar o máximo de gente daqui.
Bertha: Como? Eles trancaram todas as saídas da vila.
Camicazi: Eu tenho um plano. ─ Ela se virou para Kiara sua melhor amiga e acenou com a cabeça, a mulher logo entendeu e chamou as guerreiras que ainda estavam de pé para protegê-las. ─ Venham comigo, tenho um túnel em meu celeiro que pode nos livrar desse caos.
Bertha: Você comanda, minha filha, vamos logo atrás de você.
O grupo de mulheres começou a correr pela aldeia, 5 guerreiras as escoltando enquanto Bertha e Camicazi tentavam resgatar o maior número de pessoas que podiam.
Ao chegar em sua casa, elas entraram no celeiro e Kiara trancou a porta.
Camicazi: KIARA? O QUE ESTÁ FAZENDO?
Kiara: É SUA ÚNICA CHANCE, TIRA ELAS DAQUI ENQUANTO EU GANHO TEMPO!
Camicazi: Esse não era o nosso plano! ─ Ela batia na porta enquanto chorava. ─ Você tem que vir junto comigo!
Kiara: O meu plano é proteger vocês, sou a capitã da guarda por um motivo. ─ Kiara sinalizou para suas soldadas que voltaram para o campo de batalha. ─ E o seu dever como herdeira é tirá-las daqui.
Bertha: Ela tem razão, filha.
Kiara: Eu vou atrás de vocês assim que eu conseguir.
Camicazi: Eu te amo, Kiara. ─ Bertha se chocou ao ouvir aquilo, afinal, sua filha nunca havia lhe contado nada sobre isso. ─ Se essa pode ser a última vez que te ouço, quero que saiba disso.
Kiara: Eu também te amo, Cami, com todo o meu coração desde o dia que te conheci.
Camicazi: Se proteja, por favor.
Kiara: Farei o meu melhor.
Camicazi: Temos que ir, eles não vão demorar a aparecer. ─ Ela se afastou da porta limpando o rosto, ao chegar no fundo do celeiro ela abriu um alçapão e logo se afastou. ─ Não entrem, esse é apenas o disfarce.
As mulheres a seguiram até o outro lado do celeiro, onde parecia haver apenas uma parede de pedra, mas ao pressionar uma com força, uma passagem se abriu dando visão a um túnel escuro.
Camicazi: Essa é a nossa saída, tem um barco no final do túnel, corram até encontrá-lo.
Bertha: Me deem uma tocha, vou na frente e Camicazi venha por último para garantir que ninguém ficará para trás.
Camicazi: Segurem as crianças e ajudem as feridas, todas que estão aqui perderam suas mães nesta noite. ─ As mulheres que estavam bem ajudavam suas amigas e seguravam as pequenas, que choravam pela perda das mães e mesmo assim corriam para se salvar. ─ Que os deuses nos protejam!
Assim que a última mulher passou, Camicazi fechou a passagem e seguiu o caminho até a costa, com cautela elas colocaram todas no barco e deslizaram o barco para a água, atentas a cada passo pelo risco iminente.
Ouviam-se os clamores distantes das ladras sendo mortas pelos caçadores, mas a esperança ardia como uma chama frágil em seus corações enquanto empurravam o barco para a água, quando finalmente alcançaram o mar aberto em uma embarcação simples, mas agora sendo sua única chance de sobrevivência, todas suspiraram aliviadas momentaneamente.
Camicazi assumiu o leme, guiando o barco como podia contra as águas agitadas do oceano que testavam sua determinação, mas ela permaneceu firme, guiando-as em direção a Berk, o último refúgio seguro que conheciam.
Conforme se afastava, Camicazi olhou para sua terra natal e se arrependeu amargamente ao ver seu maior amor sendo assassinada por Viggo Grimborn, que comemorou a vitória erguendo a cabeça da capitã para seus homens verem.
Mas ela não podia se abater agora, seu povo precisava sobreviver e Berk era a única esperança, parecia que os deuses ouviram suas preces quando o vento começou a soprar mais forte, o mar se acalmou e logo o barulho da ilha estava longe delas.
Camicazi: Eu vou te vingar, Kiara, nem que seja a última coisa que eu faça na vida.
Continua... (934 palavras)
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Soluço: O Príncipe dos Dragões
FanfictionSoluço, morador de Berk, sempre era subestimado por todos, mas principalmente, pelo seu pai, que era o chefe da tribo. Quando ele tinha 7 anos, foi levado de sua aldeia por um dragão, e adotado pelo rei dos dragões. Agora sendo conhecido como Soluç...