Capítulo 5 - "Eu tenho um irmão?"

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Pov. Narradora

E assim se passaram 2 anos, Liv crescia mais a cada dia e ficava cada vez mais espoleta.

Valka continuava morando com o Bocão, ele sempre sendo muito atencioso e cuidando da Liv, assim como Stoico, ele realmente havia cumprido sua promessa e sempre esteve presente na vida da esposa e da filha.

Hoje mesmo ele havia ido à casa delas logo cedo, preparou o café junto com Bocão para as garotas que ainda não haviam descido. Liv, que estava no quarto que dividia com sua mãe, pulava animada na cama enquanto Valka terminava de se vestir.

Liv: Vamos logo, mamãe! O papai e o padrinho estão fazendo papa.

Valka: Vamos, meu amor, vem cá. ─ Liv se joga nos braços da mãe que a segura forte. ─ Liv, já disse para você não fazer isso, pode acabar se machucando.

Liv: Desculpa.

Valka beija a bochecha da pequena e a segura firmemente em seu colo enquanto saia do quarto, ela desce as escadas e logo coloca Liv no chão, já que assim que viu o pai, quase se jogou do colo da mãe para ir ao encontro dele.

Liv: PAPAI!

Stoico: Oi minha princesa, como você tá? ─ Liv abraça o pescoço do pai assim que subiu em seu colo, logo dando um beijo em sua bochecha. ─ Você está muito linda, meu amor.

Bocão: E eu não vou ganhar um abraço de bom dia? ─ Liv desce do colo do pai, correndo em seguida até o padrinho que havia se agachado ao lado do armário para receber o abraço da afilhada. ─ Quer me ajudar a terminar o café da manhã?

Liv: SIM.

Valka: Bocão, é perigoso deixar ela mexer no fogão.

Bocão: Fica tranquila, Val, eu sei cuidar de crianças.

Stoico: Olha só, uma criança cuidando da outra. ─ Bocão encara o melhor amigo seriamente, Valka tranca o riso.

Valka: Eu sei disso, mas é melhor reforçar para garantir.

Bocão: Não é como se eu fosse deixar ela fritar um ovo sozinha, né?

Valka: Não sei, você deixou o Soluço assar um pão quando tinha 4 anos.

Bocão: Em minha defesa, ele queria fazer uma surpresa pra você e eu ajudei ele o tempo todo.

Stoico: E isso nem foi tão ruim, ele ensinou o Soluço a fabricar uma espada aos 5 anos.

Valka: VOCÊ FEZ O QUE? ─ A mulher olha desacreditada para o amigo que segurava sua filha enquanto sorria nervoso. ─ Como, onde e por quê?

Bocão: Ele sempre ficava me olhando trabalhar e um dia disse que queria fazer uma sozinho. ─ Bocão mexia os ovos enquanto Liv colocava um pouco de sal na frigideira, do jeito que seu padrinho havia ensinado. ─ Ele me disse que era para dar de presente pra Astrid.

Valka: E você deixou ele fazer? Você é maluco, Bocão?

Stoico: Mas você ainda pergunta?

Bocão: Não vem bancar a inocente porque você me conhece desde que éramos adolescentes e sabe que sou doido. ─ Bocão gesticulava com a colher de pau que estava presa no lugar de seu gancho, enquanto com a outra mão segurava Liv firmemente para ela não cair. ─ E eu não podia dizer não, ele era o meu afilhado e só queria presentear a amiga.

Liv: Mamãe, quem é Soluço?

Os três adultos travam ao ouvir a pergunta da pequena criança na frente deles, eles não faziam ideia do que responder ou de como explicar a morte do Soluço para a sua pequena irmã, que nem teve a chance de conhecê-lo.

Soluço: O Príncipe dos DragõesOnde histórias criam vida. Descubra agora