Capítulo 38

267 25 0
                                    




Abraçados dentro do quarto, os dois permaneceram por alguns minutos chorando, emocionados. Gustavo olhou pra ela e a beijou. Maiara retribuiu o beijo, com o coração disparado e as mãos trêmulas. Gustavo empurrou-a pra trás e se jogou em cima dela suavemente, no sofá-cama do quarto de hóspedes, que se encontrava atrás de Maiara. Ele desceu as mãos pelas coxas dela e as apertou com força. Maiara trepidou e cruzou as pernas ao redor da cintura dele.  Gustavo enfiou a mão por dentro da saia dela e puxou a calcinha, apenas afastando-a pro lado, sem tirá-la. Mordeu o lóbulo da orelha dela e penetrou-a com cuidado, lentamente, como se estivesse em câmera lenta. Maiara fechou os olhos e cravou as unhas nos ombros dele, por cima da camiseta que ele nem tirou. Ofegantes, os dois gemiam olhando um para o outro e, mesmo extasiados de prazer, conseguiam compartilhar a emoção daquele momento mágico, único e repleto de alegria e expectativa. Medo e insegurança ainda não habitavam seus corações. Apenas uma sublime felicidade e cumplicidade pairavam.

                Olhando pro teto, Gustavo estava deitado em cima do peito de Maiara, ainda suado e ofegante. Com as pernas pra cima, apoiadas no encosto do sofá-cama, ele estava com a calça jeans aberta, deixando a cueca a mostra. Anestesiado, ele apenas refletia e sentia as mãos de Maiara acariciar seus cabelos.

                - De todos os presentes que já ganhei em toda a minha vida, você me deu o melhor! Eu vou ser pai, meu Deus!! É inacreditável... – ele sacudiu cabeça. – Quando você soube? Foi hoje?

Ela respirou fundo, torcendo fortemente para que ele não ficasse magoado de ter sido poupado dessa notícia por tanto tempo.

                - Não, na verdade eu... já sei faz um bom tempo. Eu estou de quase três meses, eu acho... Pelas minhas contas, porque não fiz nenhum exame ainda.

                - TRÊS MESES? Mas como...? – ele coçou a cabeça, pensativo e olhou pra ela. - Foi naquela noite, na redação...?

Maiara afirmou com a cabeça.

                - Sim, só pode ter sido...

                - E você soube quando?

                - Dois dias antes de viajarmos. Gustavo, por favor! Não fique chateado comigo por eu não ter te contado lá, me desculpa por ter escondido de você! Eu queria que você soubesse quando já estivéssemos bem resolvidos... Não queria simplesmente contar. Você me entende?

Ele concordou com a cabeça.

                - Eu entendo... Eu só espero que isso não tenha motivado sua decisão a respeito de... nós dois. – ele falou seriamente.

                - De maneira alguma! Quando tomei a decisão sobre nós, eu ainda não sabia da gravidez. – ela abaixou a cabeça. – Você acredita em mim?

                - Eu tenho motivos pra duvidar?

                - Espero que não.

Ele acariciou o rosto dela por alguns segundos.

                - Como vai ser agora?

Maiara refletiu um pouco.

                - Não vai mudar nada. Vamos viver um dia de cada vez, como nos propomos fazer.

                - Mas agora envolve uma outra pessoa... Cara, isso é surreal! – ele esfregou o rosto. – É maravilhoso e assustador ao mesmo tempo! Eu quase ainda não acredito que está acontecendo...

Maiara sorriu.

                - Eu já estou mais familiarizada com a ideia... Apesar de que ainda não consigo me enxergar como "mãe" ... É estranho... Não sei explicar!

A aposta -  Adaptação maiotoOnde histórias criam vida. Descubra agora