Boa leitura ❤️❤️
Por Danilo
"Vamos Danilo!" Julian me chamou enquanto eu estava sentado no sofá de seu escritório "Está na hora de você descobrir se é pai ou não da Maiara" Ele falou olhando fundo em meus olhos. Eu o encarei de volta, ele havia pego alguns papéis e os colocado em uma pasta de couro preta. "Está preparado?" Ele me perguntou abrindo a porta de sua sala e deixando-a aberta para que eu passasse.
Não eu não estava nem um pouco preparado, no fundo eu estava mais nervoso do que uma noiva prestes a entrar no altar ou um aluno em dia de apresentação de trabalho para a escola. A verdade é que eu não sabia se o motivo do meu nervosismo era a possibilidade do teste dar incompatível com Maiara e eu não ser o pai dela ou se o motivo era ver Maraísa novamente.
Ok eu confesso que estava com saudades dela, até mesmo das suas grosserias e palavras duras comigo, afinal de contas fazia cerca de um mês que não nos falávamos e, eu sentia como se me faltasse algo. Como um viciado em academia que passa um dia sem treinar e sente como se lhe faltasse alguma coisa em seu dia. Era assim que eu me sentia em relação a ela, com saudades do mínimo contato que tínhamos.
Mas o pior não era sentir saudades, era saber que eu a havia machucado, deixando meu lado egoísta mais uma vez levar a melhor, entendia que ela tinha todos os motivos do mundo para não querer me ver mais, todavia, eu só não imaginava que a falta de contato com ela iria doer tanto.
Bruno, o seu advogado me procurou e, começamos a conversar, ele era um rapaz bom, todavia, eu sentia um ciúmes absurdo dele. Sim, porque ele tinha contato com ela e eu não, além do mais, sua sabia que tudo que era conversado entre nós dois era passado para ela. Resumindo, ele tinha algo que eu não tinha: Sua atenção.
"Anda Danilo! Vai me deixar plantado aqui com essa porta aberta?" Julian perguntou desviando-me de meus devaneios. Levantei-me e caminhei em sua direção, ele me encarava interrogativo, todavia, não disse nada, o que ao meu ver foi um alívio. Eu não queria, ou melhor, não precisava de ninguém para jogar mais uma vez na minha cara que eu estava com os pensamentos ocupados por quem não deveria.
Passei pela porta em silêncio, ignorando as falas do mais velho sobre como eu deveria me portar frente a Maiara, Maraísa e Bruno que também estaria presente. Senti meu sangue ferver por imagina-lo junto a ela e, desejei internamente que ele não fosse. Todavia eu sabia que ele estaria ali e do lado dela, da mesma forma que eu os havia visto no shopping há algum tempo atrás.
Eu me recordava vagamente dele junto dela e, me perguntava o motivo dela estar agindo assim, a razão por ela estar com tantos caras ao mesmo tempo, primeiro o tal Wendel e agora o Bruno. Mas quem sou eu para dizer alguma coisa? Maraísa está se comportando como eu sempre me comportei, tendo várias garotas e me aproveitando delas sem compromisso, apenas pelo prazer de transar sem sentimento envolvido.
Como seria transar com alguém por quem se sente mais do que atração física? Como deve ser a química com uma pessoa pela qual a gente realmente ama? Balancei a cabeça negativamente para afastar esse pensamento e, entrei no carro. Eu estava nervoso demais e, isso estava me fazendo ver coisas aonde elas não existiam.
Tamborilava uma música do Nirvana no volante enquanto dirigia em direção a clínica, ignorando completamente a presença de Julian ao meu lado com sua inseparável pasta preta em seu colo.
"Você sabe que Maraísa estará lá, não sabe?" Por um mísero minuto eu havia me esquecido dela e me concentrado única e exclusivamente na música que tocava na rádio, mas alguém tinha que me recordar do óbvio. Queria usar o sarcasmo e dizer que eu não sabia que a morena estaria lá e a informação havia me pego de surpresa, contudo, eu sabia disso desde sempre. "Por que eu me sinto em um monólogo, onde você não me responde?" Ele falou me encarando com o canto do olho, eu suspirei pesadamente.
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Quebra cabeça do destino [DANISA]
FanfictionEla estava bem. Ninguém imaginava que ela iria partir daquela forma, contudo, a perda de Juliana foi mais do que Maraísa podia imaginar. Ela era sua irmã, sua melhor amiga, sua confidente nas horas vagas. Por que ela? Por que justo ela? A dor da per...