Medo bobo

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Gente, se o capítulo saiu, vocês podem agradecer a Mirela Prima_da_Maraisa porque, se não fosse ela, acho que eu nem voltaria aqui mais kkk. Enfim, aproveitem o capítulo ❤️

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Por Maiara

Uma vez eu e minha amiga Mirela fomos pegas colando na prova de matemática, automaticamente nossa prova foi zerada e a professora nos mandou para a sala do diretor. Honestamente, acho que nunca passei tanta vergonha em minha vida, todos os meus colegas que antes me respeitavam começaram a fazer piadas e a me olhar estranho, como se fosse algo de outro mundo colar em uma prova. Depois, desse dia, e de servir de chacota para todos da classe, jurei para mim mesma que jamais julgaria as atitudes do próximo. Sempre procuraria entender o motivo que levou aquela pessoa a ter determinada atitude. Meu juramento durou 3 semanas, antes de saber toda a verdade do meu suposto pai.
Ok, eu nunca fui o tipo de pessoa que se importa muito com esse negócio de família, minha mãe se foi cedo, meus avós, por mais que disfarçassem me viam como uma bastarda e, a única que realmente demonstrava afeto era minha tia Maraísa e, sua amiga Marília, a qual eu via como se fosse da família. Por isso, a ideia de ter um pai não me passava muito pela cabeça, eu sabia que era necessário um espermatozoide e um óvulo para que a fecundação ocorresse, por isso, entendia que, um ser do sexo masculino havia me feito juntamente com minha mãe. No entanto, isso é um assunto nojento demais para minha cabeça. Todavia, não posso deixar de pensar que, existem algumas características físicas que eu tenho que não são da minha mãe, como o cabelo a testa larga, o nariz afilado, os lábios finos e, os olhos castanhos claros, quase que como um mel. Por isso, ao me olhar no espelho vejo que, há partes do meu pai em mim, características de sua genética em meu corpo.

Mas eu nunca tive a curiosidade de conhecê-lo e, nunca quis perguntar para minha tia sobre esse assunto porque, isso a faria se recordar da minha mãe e, por mais que ela tente se fazer de forte, sei que ela não é de ferro. Tia Marília diz que, Maraísa tem se fechado em seu mundo desde que eu cheguei, conta que, a responsabilidade bateu com força nela e, certas características dela acabaram ficando para trás, como o hábito de frequentar shows e baladas noturnas. Ela também fala que sua amiga tem um bloqueio afetivo, um medo bobo de se entregar ao amor e, com isso, ela se isola em sua própria concha.

Eu confesso que nunca a imaginei com ninguém, sempre tive ciúmes dela e, pensar que alguém poderia entrar em sua vida e, ocupar meu lugar era algo bem ruim, contudo, entendo que minha tia merece ser feliz ao lado de alguém. Mas eu não a havia visto interessada por homem algum, sempre percebia que ela se esquivava a cada vez que alguém dava uma investida, o que me fazia pensar que ela parecia não se importar em estar solteira, como se aquilo fosse um estilo de vida.

Nunca vi os olhos dela brilharem, até que Danilo entrou em nossas vidas, fazendo com que seu comportamento mudasse da água para o vinho, ela até tentava disfarçar perto dele, como se tivesse medo de que ele percebesse que mexia com ela, contudo, para mim que a conhecia como a palma da mão era notório o quanto ele fazia com que ela ficasse desconcertada.

E como eu percebia isso? Simples, era só perceber que as mãos dela iam para os bolsos todas as vezes que eles se viam, uma forma dia esconder o quanto estava nervosa, por isso ela escondia as mãos e ficava as sacudindo dentro do bolso. Quando não era isso, ela ficava mexendo no cabelo, arrumava-o de um lado para o outro, sempre preocupada em deixá-lo o mais apresentável possível. E os sorrisos bobos que ela dava sem perceber?!

Ela estava apaixonada e, não conseguia esconder isso, mas como uma boba ela fugia, como se fosse proibido que eles tivessem alguma coisa, como se ela estivesse cometendo um crime por estar com ele. E eu não conseguia entender o por que disso, sendo que, ele também gostava dela, Mirela dizia que, todas as vezes que eles iam se encontrar, seu primo passava horas se embelezando no banheiro como se fosse um adolescente e que sempre procurava passar os seus melhores perfumes para causar uma boa impressão.

Quebra cabeça do destino [DANISA]Onde histórias criam vida. Descubra agora