A culpa é nossa- Parte I

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Quem é vivo sempre aparecesse....... Capitulo novo fresquinho para vocês ❤️
Por Danilo
Eu tinha poucas certezas na vida, mas a principal delas, era que eu não aceitaria aquela proposta! Sei lá, eu sei que deu a entender que eu diria sim ao que Maraísa me propusera, todavia, eu estava achando inconsequente demais, ainda mais depois dela se negar a ir morar comigo.

Havia acabado de sair da casa dela e, dirigia de forma lenta pelas ruas de Belo Horizonte, pensando em uma infinidade de coisas, remoendo nossa conversa, refletindo sobre minha relação com Maraísa. O que nós éramos um para o outro? O que seríamos futuramente? Então, sentindo um misto de raiva, tristeza, magoa e ódio ,percebi que talvez ela não fosse tudo isso que eu almejava. Sei lá, ela parecia segura demais, completamente correta com as coisas, todavia, persistia no erro de negar tudo que sentíamos um pelo outro. Tudo bem que eu fora um idiota mas, ela também havia feito várias coisas que me magoaram.

Essa brincadeira de verdade e desafio nunca deveria ter acontecido! Eu nunca deveria ter ido para a merda do interior! Por que o destino sempre me fazia cruzar o caminho com ela?

Nervoso, bati com as mãos no volante com uma certa força, ignorando que eu estava dirigindo uma avenida sinuosa, naquele momento, eu tinha a necessidade de socar alguma coisa e, o volante foi a primeira a minha vista.

[Flashback on]

"Então combinamos assim? 1 mês sem se beijar e sem ir para a cama? Esse é o preço por tudo que eu aprontei com você nos últimos dias?" Eu perguntei para uma Maraísa que estava sentada no sofá, as pernas cruzadas, os cabelos negros bagunçados lhe caindo sobre os ombros, o olhar cansado. "E tudo que nós tivemos é de certa forma jogado no lixo? A gente vai ter que recomeçar a nossa história do zero?" Completei. Ela suspirou. No fundo eu sabia que ela estava se sentindo um caco com essa proposta absurda, mas continuava se fazendo de durona.

"A gente não precisa esquecer os momentos bons que vivemos juntos, foram poucos, mas o suficientes para ficarem eternizados na memória!" Ela disse séria. Ótimo! Ela quis deixar bem claro que, eu fui babaca a maior parte do tempo, todavia, ela se esqueceu de dizer que também tinha sua parcela de culpa em tudo que vivemos.

"E vamos morar juntos?" Eu perguntei e ela olhou para baixo, visivelmente embaraçada com tudo.

"Eu te respondo isso outro dia!" Ela falou na lata, ignorando que eu estava seguindo como a um empregado todas as objeções dela. Todavia, eu não iria deixar barato, se ela achava que só ela podia mandar estava muito enganada.

"Maraísa! Você prometeu!" Disse a encarando "Sério, não é nada demais! Eu só quero morar com vocês, ficar com a minha filha e com a mulher que eu amo!" Completei e ela suspirou pesadamente "Me de um motivo plausível para a gente não morar juntos?" Finalizei e ela me olhou séria.

"Tesão" Ela disse e eu senti sua face se enrubescer. De uma forma completamente despretensiosa, comecei a rir da situação e, ela fez o mesmo, colocando as mãos no sofá. "Eu não consigo ficar em um mesmo ambiente de você sem te desejar, da forma que eu te desejo!" Ela disse e eu senti que ela fez uma força sobre-humana para não se levantar e ir até mim, mas eu fui até ela, porque eu não era obrigado a aguentar tudo isso calado, eu tinha que mostrar para ela que não precisávamos de tantas regras, afinal de contas, não estávamos em nenhum convento.

"Quatro paredes e nós, fazendo amor lento, fazendo amor veloz!" Disse sentando exatamente ao seu lado, sentindo minha perna encostar na sua, de forma que ela soltou um suspiro ofegante, mas não se afastou.

"O que a gente faz, é diferente dos iguais!" Ela falou completando minha frase "A gente briga igual casal e se pega como amante" Finalizou me olhando se forma séria.

Quebra cabeça do destino [DANISA]Onde histórias criam vida. Descubra agora