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Por um longo tempo, Hob meio que se esquece de sua leitura de marca, decidindo que Willhelmine poderia estar certa sobre tudo, de alguma forma. Ele se torna um soldado, um mercenário, e talvez esse seja seu destino, seu futuro, uma vida inteira a serviço da Coroa, lealdade que passaria por amor - para ser honesto, ele não gosta particularmente de nenhum lorde sob qual luta, mas isso parece muito mais plausível que... o quê? Conhecer um príncipe em seu dia de folga!?

Okay.

Nem em sonhos.

Então Hob luta, vê a morte praticamente todo o dia e ainda continua vivo, sua fome pela vida apenas aumenta a cada camarada que ele sobrevive no campo de batalha. Foda-se a marca, fodam-se as almas gêmeas - tudo que ele verdadeiramente quer é mais um dia, e mais outro, e mais outro de novo, até os fins dos tempos.


Então ele não realmente liga para a marca, ou sua alma gêmea, ou naquelas primeiras palavras que a velha leu para ele, tantos anos atrás, quando está sentado com os seus camaradas de armas na Taverna do Cavalo Branco e brinca, sem pensar, sobre viver para sempre.


~~•~~


Hob sente a aproximação antes de estar totalmente consciente disso, um arrepio descendo por sua espinha, cortando o zumbido agradável da terrível cerveja que eles servem aqui. Um murmúrio de premonição, a promessa de algo maior que ele.

E então ele percebe a aproximação de um homem, uma sombra no canto de sua visão, e sua cabeça se vira num instante para colocar seus olhos no estranho - e que palavra apropriada, para alguém tão estranho, mas bonito, deslumbrante e incri- inspirador.

(Algo no peito de Hob se torce e soluça e voar para uma vida trêmula.)

Sua marca, sob mangas compridas, parece quase zumbir com a sensação, e ele se recorda das palavras da Leitora com surpreendente clareza, sua descrição de cabelos meia-noite, olhos estrelados, a pele como a lua de tão pálida - ele pensou ser exagero, o jeito que os poetas cantam sobre seus amores, mas é verdade! Ele jura que consegue ver constelações nos olhos do homem, sentir o gosto do ar noturno pairando sobre ele.

Ele não usa coroa, mas seu traje é fino, terrivelmente fino, e uma pedra preciosa vermelha do tamanho do punho de uma criança - Jesus Cristo, como ninguém ainda não roubou esse homem cego? - pendurada ao redor do seu pescoço - e o jeito que ele olhar para Hob, aqueles escuros e vastos olhos e o sorriso superior brincando no horizonte de seus lábios - esse homem é um lorde, esse homem governa grandes reinos, Hob pode sentir isso em seus ossos.
Um grande rei, aqui, na taverna do Cavalo Branco, pairando sobre Hob como o crepúsculo se aproximando. É como um conto de fadas.

(oh, foda ele de lado. A velha estava certa no final de tudo)


Quando o estranho fala, Hob já sabia as palavras que ele iria dizer.



"Eu ouvir você dizer que não tem intenção de morrer?" Diz o homem, diz a alma gêmea do Hob, a voz rica e sombria como um bom vinho e carne defumada e o ronronar de um gato selvagem, e Hob está perdido.

Parte dele quer simplesmente deslizar de joelhos no chão sujo e prometer seu coração e vida ao seu Único, e ele entende agora, ele entende, porque todo mundo que encontrou sua alma gêmea fez um grande negócio com isso. É uma revelação. É como voltar para casa. Hob sente que pode chorar.

Passing Stranger!(You Do Not Know How Longingly I Look Upon You)Onde histórias criam vida. Descubra agora