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"plantei uma semente de saudade na sua mente."

Isabella

Acordo com meu celular apitando, olho e vejo e é a Bruna querendo saber sobre meu jantar de ontem, ô mulher curiosa.

A respondo, e como não consigo voltar a dormir mais, levanto, abro todas as cortinas do apartamento e o dia estava lindo, ensolarado, ótimo pra pegar um sol.

Preparo meu café da manhã, coloco uma roupa de academia e desço. A alguns dias eu enrolei pra ir até a academia, e perco completamente a minha rotina.

Voltando ao apartamento, vejo um garoto de cabelos cacheados iguais ao Lorenzo, as vezes é alguma doideira da minha cabeça.

Amanhã é meu dia de campanha com a Virgínia, são dois dias de campanha, e eu tô muito ansiosa, diferente de ontem que eu estava completamente desanimada.

Tomo um banho e fico curtindo preguiça no sofá vendo alguns stories, até que meu interfone toca e eu levanto pra atende-lo

"-Oi, bom dia! Isabella, tem uma encomenda que acabou de chegar pra senhora aqui embaixo, como não tinha autorização não deixamos subir.

-Tudo bem, André. Vou ir buscar!"

Estranho, não pedi e não estava esperando nada. Mas talvez seja alguma marca mandando alguma coisa, então desço pra pegar.

— Bom dia, Isabella. Aqui está a encomenda da senhora. — o André, me entrega um gigante buquê de flores e uma caixa de chocolate.

— André, tem certeza que isso é pra mim? — Pergunto assustada.

— Sim! Um motoqueiro entregou dizendo que um rapaz pediu pra trazer, tem até um bilhete no buquê.

— Ah sim! Muito obrigada, André.

Me ajeito e entro no elevador pra rapidamente verificar sobre quem mandou esse buquê, e eu realmente não faço ideia.

O elevador para no primeiro andar pra alguém entrar, andar onde fica a academia, piscinas e outras coisas da área de lazer.

Como o buquê estava grande, vejo um homem de cabelo loiro entrar, como era parecido com alguém que eu conheço, abaixo o buquê pra eu verificar.

Antony? Puta merda, não é possível.

— Isabella? — Ele pergunta.

— Antony? — Pergunto.

— O que faz aqui? — Ele pergunta curioso enquanto olha pro buquê.

— Eu moro aqui, ou melhor tenho um apartamento aqui pra ficar quando venho, e você?

— Bem que o Lorenzo disse que viu uma mulher parecida com você. — Ele sorri. — A minha irmã mora aqui, ela está grávida e eu vim visitá-la.

— Eu também vi um menino parecido com ele mas não tinha tanta certeza. — Dou um sorriso sem graça

— Pelo visto tem alguém muito apaixonado por você, bom. Pelo tamanho do buquê. — Ele diz sem graça.

— Eu não faço ideia nem de quem seja.

— Talvez seja do jogador que você andou jantando. — Ele ri debochado

— E ser for? Você não tem nada a ver com isso.

— Não, realmente não tenho. Até porque eu que criei expectativas que você seria diferente.

— Eu que o diga. Se gostasse tanto assim de mim, não teria ficado com uma mulher que você tinha acabado de conhecer na festa.

— Quem te contou isso?

Finalmente para no meu andar, e eu desço. O ruim é que ele também.

— Eu vi com os meus próprios olhos, Antony.

— Mas você não pode dizer muito se depois de 5 minutos estava agarrada em alguém, que eu também vi com meus próprios olhos, e melhor, você olhou no fundo dos meus olhos e viu que eu tinha presenciado aquilo e não fez nada.

— Antony, eu posso até ter visto, mas eu estava bebada, tinha acabado de presenciar você beijando outra, estava de cabeça cheia. Não me recordo de ter te visto.

— Então nós estamos quites, Isabella. Você não reclama de mim, e nem eu de você. Mas até que eu tenho alguns motivos a mais.

— Quais motivos mesmo?

— Os motivos de eu sempre me deixar claro pra você que gosto de você e que queria ter algo sério, e ter feito de tudo pra ficar junto com você, me privado de mil coisas pra você na primeira oportunidade me dizer que entendi as coisas erradas.

— Não, Antony. Eu só não me senti preparada pra ter um relacionamento, eu tive 7 anos fudido de tentativas falhas, não é fácil confiar.

— Isabella, você não me deve nenhum tipo de explicações. Eu que criei expectativas, é apenas isso. Curte sua vida, você não me deve satisfações. Quero que você seja feliz, e é isso. — Ele diz com uma voz falha e vira as costas entrando em um apartamento que provavelmente seja o da irmã.

Que merda foi essa? Por que o destino tem essas coisas loucas de colocar nos dois sempre se trombando por lugares improváveis?

Entro no meu apartamento com um nó na garganta, não queria que meu encontro com o Antony tivesse sido assim. Sinto falta das brincadeiras dele, dos carinhos, dos beijos. De qualquer forma eu sentiria mesmo, moramos em países diferente.

Coloco o buquê em cima da mesa e pego o bilhete que dizia.

"Que você tenha um ótimo dia. Obrigado pela noite de ontem, você é incrível, morena!
                                                                    Y.A"

Puta merda, ele é muito fofo. Envio uma mensagem pra ele agradecendo as flores. E claro, postei nos stories pra dar um gosto de suspense nos seguidores e principalmente no Antony.

Não sou de fazer esses joguinhos, e nem gosto. Até porque sou uma mulher adulta e não preciso disso, mas só estou agradecendo pela as flores.

cena dos stories.

Posto e espero o direct lotar de especulações, por um lado isso é até bom por engajamento

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Posto e espero o direct lotar de especulações, por um lado isso é até bom por engajamento. Mas não preciso, nos últimos dias está fora do normal de engajado.

Em menos de 5 minutos, meu celular notifica, ele só me notifica de pessoas que eu sigo de volta.

"@antony00 curtiu seus stories"

Eu sabia que ele iria fazer exatamente isso, previsível.

Refém - Antony dos Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora