38.

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                                    Isabella

Ô de casa. — Escuto uma voz masculina abrindo a porta.

— Papai. — A Ísis correu pra abraçá-lo.

Chegou a hora que eu não queria, da Ísis ir passar as férias com o pai.

— Oi princesa. — Ele beija ela. — Oi princesa mãe. — Ele me abraça e ri.

Primeiro natal que eu passarei longe da Ísis, o Lucas me implorou pra deixar ela durante todo esse tempo. E eu deixei, eu entendo ele, fica muito tempo longe da filha, quando tem a oportunidade quer ficar por perto o tempo todo.

— Como tá o coração mamãe babona? — Ele pergunta enquanto senta no sofá.

— Em pedaços. — Digo e ele ri

— Fica tranquila, você sabe que eu sou o melhor papai do mundo e nada saíra fora do controle.

— Eu sei, mas vou sentir tanta saudade, primeira vez que ela vai passar tanto tempo longe de mim.

— Vai da tudo certo. Quem sabe não posso levar ela pra viagem que o Neymar está programando.

— Você vai?

— Não, mas se eu for, irei levar a Ísis por alguns dias só. Não tem problemas, né?

— Pode. Dessa vez eu sei que é uma coisa mais familiar.

— Você vai?

— Talvez, não sei ainda.

Ficamos conversando por algum tempo e brincando, é legal um pouco a Ísis ter essa imagem de nós dois juntos em paz.

Ele é um ótimo pai, e uma ótima pessoa. Quero passar uma imagem pra Ísis de paz e amor, que mesmo estamos separados, o respeito prevaleceu.

— Chegou minha hora, minha mãe tá me esperando. — O mesmo diz levantando do sofá com a Ísis no colo.

Me levanto, pego as malas da Ísis e o entrego.

— Tchau mamãe. — Ela me abraça.

— Mamãe vai sentir saudades, viu? É pra me ligar todos os dias. — Dou vários beijos nela. — Lucas, por favor. Toma cuidado, não deixa comer muita besteira, nem descuida dela quando vocês estiverem na praia, da o remédio de vitamina dela certinho pra ela não adoecer, por favor! Tem várias instruções de remédio na mochila, é só ler e você vai saber.

— Relaxa dona Isa, eu sei cuidar da Ísis, as coisas não irá sair fora do controle, te prometo. Vou te ligar todos os dias pra você conversar com ela. Fica tranquila, minha mãe e as meninas estarão lá, e você já sabe o enjoo delas com a Ísis, pode ir curtir suas férias que ela está em boas mãos.

Sorrio pra ele e dou mais uns beijos e abraços na Ísis. Não queria chorar, mas hoje eu estou uma manteiga derretida, nunca passamos tanto tempo longe, meu coração dói só de pensar na saudade.

Começo a organizar as minhas malas, eu vou pra Patos amanhã, e volto na segunda. Vou mesmo só pra passar o natal e volto rapidinho.

Meu celular apita e vejo que é o Neymar.

"Festinha da Rafa hoje a noite, vamos??"

"Quem sou eu pra recusar uma festa, né? Vou sim!"

Eu amava uma festa, só não vou tanto por conta da Ísis, mas sempre que tenho oportunidade, vou.

Escuto a porta abrindo e vou até a sala ver quem é.

Refém - Antony dos Santos Onde histórias criam vida. Descubra agora