Capítulo 11 🔥🔞

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Rodolffo

Juliette, olhava encantada com o local que escolhi para nos refugiarmos. Pensei que ali, seria o lugar ideal para a manter segura, longe de qualquer carro, que pudesse recriar o acidente.

Escolhi uma fazenda de cabanas, e para a nossa estadia, escolhi a cabana moderna em formato de "A". O contraste do rústico com o moderno, tornavam aquele lugar ainda mais perfeito, a cabana era cercada por uma densa natureza, e a cabana possuía grandes aberturas envidraçadas, proporcionando contato visual com o verde o tempo todo.

Na parte frontal, existia um deck, para melhor apreciação da vista, tanto do pôr do sol como das estrelas. Era um lugar muito romântico, e perfeito para passarmos o dia juntos.

Me aproximei dela, ainda do lado de fora da cabana, dando um beijo suave em seus lábios.

- Gostou? – perguntei, entre beijos.

- Eu amei. – respondeu passando seus braços pelo meu pescoço e pedindo passagem, para aprofundar o beijo.

Enquanto nos beijávamos, uma forte chuva começou a cair, nos deixando completamente encharcados. Juliette me soltou depressa, me puxando pelas mãos, e correndo para dentro da cabana.

Entramos na cabana rindo, a segurei pela cintura, e a abracei forte, feliz por tê-la em meus braços.

- Eu tô com frio. – Juliette disse tremendo, suas roupas pingando água. – Vou pegar toalhas pra gente. – ela disse, se afastando e indo até o quarto.

Retirei meus sapatos e minhas meias, antes de ir até a lareira. Vi a Ju voltar para a sala, com algumas toalhas nas mãos e enrolada em um roupão. Pensei que seria romântico, fazer amor com ela, deitados em cima do tapete felpudo e em frente a lareira.

Peguei uma caixa de fósforos, e me agachei, no momento que risquei o fósforo, meu pulso se chocou contra a pedra na lateral da lareira, e eu ouvi um estalo. Fechei os olhos e suspirei.

Virei meu braço devagar, e puxei a manga da minha camisa, vendo meu relógio quebrado, e os ponteiros parados em onze e vinte e cinco. Me escorei na lareira, sentindo minha perna fraquejar.

Sentia as lágrimas quentes escorrerem por minha bochecha, e o sentimento de impotência me invadir. Eu a tirei da cidade, mas mesmo assim, o destino me informava que eu a perderia no final da noite, não importava o que eu fizesse.

Me levantei com dificuldade, passando as mãos pelo meu rosto, secando as lágrimas que caíam. Não queria que ela me visse chorando, não queria que ela se preocupasse. Resolvi fazer, o que o barman me aconselhou, eu iria amá-la.

- "O que você faria se soubesse que não te resta muito tempo?" – perguntei ainda de costas, sentindo todo o amargor daquelas palavras.

- Hoje? – ela perguntou, e eu respirei fundo, antes de me virar de frente para ela.

- Na vida. – tentei sorrir. – "Se você tivesse apenas um dia, o que você faria?"

- Hmmm, deixa eu pensar. – Juliette fitou o teto e cruzou as pernas. – Meu último dia na terra... - ponderou. – Eu comeria muito chocolate, e todas as porcarias que me privei por causa do ballet. – respondeu rindo.

- Ah. – ela negou com a cabeça, e se aproximou de mim, passando seus braços pelo meu pescoço.

- "É uma resposta fácil e boba." – ela considerou, acariciando meus cabelos. – "Se eu tivesse apenas mais um dia de vida, eu o passaria com você."

- Mesmo? – precisei confirmar.

- Sim. – ela sorriu.

- Não tem mais nada, que queria fazer, um desejo? – insisti, faria tudo o que estivesse ao meu alcance, para realizar qualquer coisa que ela pedisse.

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