Capítulo 12

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Rodolffo

Meu coração estava apertado.

Estávamos na estrada, saindo de Pirenópolis e voltando para Goiânia. A Ju estava relaxada ao meu lado, e eu apertava o volante, me sentia apreensivo demais. A cada quilometro que me aproximava, mais eu sentia meu coração doer.

Fiz uma prece silenciosa, pedindo à Deus, que não deixasse aquele dia terminar do mesmo jeito. Eu não conseguiria suportar perdê-la pela segunda vez.

- Vou para Paraíba com você. - declarei, passando as mãos pelo rosto, secando as lágrimas finas que caíam.

A Ju me olhou, dando aquele sorriso iluminado, que eu tanto amava.

- Vai mesmo? - quis confirmar, e vi seus olhos marejarem.

- Vou, amor. - afirmei e ela sorriu ainda mais, se inclinando para me abraçar.

- Obrigada! - ela deu um beijo em minha bochecha. - Significa muito pra mim. - ela fez um carinho gostoso em meus cabelos, e eu fechei os olhos por um segundo, aproveitando. - Mainha vai ficar tão feliz, eu estou tão feliz.

Eu engoli seco, o medo de não poder levá-la a Paraíba, me consumindo, me arrependendo de todas as vezes que adiei essa viagem, de todos os momentos que poderia ter passado com ela e que priorizei outras coisas. Mas tentei disfarçar minha preocupação, sorrindo. Não queria preocupá-la, ainda mais horas antes da sua apresentação.

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Juliette havia acabado de sair do banho, e estava em frente ao espelho, passando seus hidratantes. Me aproximei dela, a abraçando por trás de cheirando seus cabelos, aspirando aquele perfume floral, que inebriava os meus sentidos.

- Preciso ir para o teatro mais cedo, Lara combinou de me buscar aqui. - ela informou, colocando a embalagem de hidratante de volta na bancada, e se virando de frente para mim. - Te vejo lá, certo?

- Não perderia por nada, meu amor. - respondi, enfiando meu rosto da curva do seu pescoço, e a beijando ali.

- Me arrepio inteira, quando ouço você me chamar de amor. - ela disse manhosa, arranhando de leve a minha nuca.

- Você é meu amor. - respondi, antes de colar nossas bocas, pedindo passagem para um beijo apaixonado.

Eu me perdi naquele beijo, tentando sorver cada gota dela, Juliette era deliciosa, e eu senti a necessidade de guardar seu gosto em mim, com as mãos, eu tentava guardar na minha mente cada centímetro do seu corpo. Eu ainda não sabia o que o resto da noite me reservava, e eu só queria que ela soubesse e sentisse, o quanto ela era importante, e o quanto eu a amava, o quanto eu a desejava.

- Amor... - ela interrompeu nosso beijo, ofegante e com os olhos carregados de desejo.

- Eu sei. - respondi acariciando seus cabelos. - A gente não tem tempo.

- Não. - ela concordou e selou nossos lábios. - Mais tarde? - ela perguntou e eu desejei muito que tivéssemos um "mais tarde".

- Mais tarde. - afirmei, tentando soar convicto de minhas palavras.

Ela sorriu, antes de se afastar dos meus braços, entrando no closet em seguida.

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Lembrei de ligar na floricultura, e encomendar um buquê de rosas vermelhas e pedir para que entregassem no teatro, eu nunca enviei flores antes, mas me pareceu apropriado para a ocasião. Queria que a noite dela fosse perfeita.

Um diaOnde histórias criam vida. Descubra agora