Capitulo 16 - Obsessão

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Demétrius

Quando cheguei ao consultório, o primeiro paciente da manhã já me aguardava no saguão. Sei que não deveria me dispersar dos meus deveres, mas estar com Elisabeth fazia com que minha mente voasse. Não conseguia deixar de pensar nela, nem um minuto sequer e já sabia onde isso me levaria. O cheiro dela ainda impregnado em meu corpo já estava me enlouquecendo novamente. Era como se meu corpo e alma precisassem dela para viver.

"Deus, não posso estar pensando nisso...eu não posso me apaixonar por essa mulher."

As consultas do dia foram um completo desastre. A todo momento, meus olhos estavam em meu celular, aguardando por uma mensagem dela. Meus dedos coçavam pela necessidade de escrever algo para ela, mas consegui me conter.
A semana passou e nenhuma notícia de Elisabeth. Ela não apareceu para as sessões e eu não a procurei, por mais que meu corpo pedisse por ela.
As noites com Alexa eram uma tortura, por mais que tentasse, não era Elisabeth quem estava ali.

- Amor? - Ela me chama.
- Hum?
- O que você tem?
- Porque a pergunta?
- Já faz uma semana que você está aéreo! Estou te sentindo distante...
- Impressão sua, só estou cansado.

E assim, tentava levar esse relacionamento. Sei que não estava fazendo bem para nenhum de nós, mas por enquanto, era isso que eu tinha para oferecer, pelo menos até conseguir organizar os pensamentos.
Já passava da meia noite e eu estava sozinho em meu apartamento. Continuava rolando de um lado a outro. Levantei-me e me dirigi ao bar de casa, servindo-me uma dose de uísque, coisa que eu não costumava fazer. Meus pés quase abriram um buraco no chão de tanto andar de um lado a outro pela sala de estar. Passava a mão pelos cabelos enquanto tomava outro gole de meu uísque e nada parecia amenizar a ansiedade que me consumia. Foi então que uma súbita raiva e desespero tomou conta de mim e acabei jogando o copo de uísque contra a porta, quebrando-o em mil pedaços.

- ARGH.... - Gritei desesperado.

Não aguentando mais, peguei o celular que estava jogado no sofá e disquei o número dela, sem raciocinar. No terceiro toque ela finalmente atendeu.

- Alô? - Disse com voz sonolenta.
- PORQUÊ NÃO FOI ÀS SESSÕES? - Gritei.
- Hmm...quem fala? - Debochou.
- Você sabe quem está falando, Elisabeth! Não se faça de sonsa. - Respirei ofegante.
- Porque está preocupado com as sessões? - Ela levantou a voz.

Desliguei.

Joguei o telefone no sofá e gritei novamente.

- ARGHHH...MALDITA SEJA!

Andei de um lado a outro por mais alguns minutos até que decidi. Passei a mão na chave que estava sobre a mesa e sai de meu apartamento, batendo a porta com força. Eu sei que estava enlouquecendo, mesmo assim os pneus de minha caminhonete cantavam pelo asfalto quente.
Foi então que finalmente cheguei à sua porta. Meu peito subia e descia ofegante quando apertei a campainha. Alguns minutos depois, ela abre a porta, vestindo uma lingerie preta com algo transparente por cima.

- Você? - Perguntou espantada.
- Eu perguntei porque não foi às sessões?

Indaguei caminhando em sua direção. Atravessei a porta e Elisabeth caminhou para trás, como se estivesse assustada.

- Mas o que...

Ela tentou falar, mas eu agarrei sua nuca e puxei seu corpo junto ao meu. Minha boca engoliu seus lábios, reivindicando sua língua. Empurrei-a contra a parede, sentindo seu corpo bater contra algo gelado e ela gemeu.

- Hmm...

- Hmm

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Seduzindo Meu TerapeutaOnde histórias criam vida. Descubra agora